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JE590DEZ09 - Exército

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42<br />

Bárbara era filha única de Dióscoro, um rico<br />

comerciante. Ambos eram pagãos. Cioso da beleza de<br />

sua filha, para que ela não tivesse contacto com algum<br />

jovem diferente do tipo que pretendia para seu genro<br />

e para que não sofresse a influência do Cristianismo,<br />

Dióscoro mandou construir uma torre na sua<br />

propriedade e para lá enviou Bárbara. A vigiá-la,<br />

colocou pajens e damas de companhia, seus leais<br />

seguidores, alegando que a filha precisava de<br />

recolhimento para se entregar aos estudos.<br />

Após a instalação de Bárbara na torre, Dióscoro<br />

partiu para uma longa viagem de negócios pelas ilhas<br />

do mar Egeu, permanecendo fora de casa<br />

aproximadamente um ano. Entretanto, Entrementes, o<br />

velho cristão preceptor de retórica, instruía Bárbara<br />

nas verdades cristãs, o que a levou a aceitar o<br />

Cristianismo, a pedir e a receber o baptismo.<br />

Quando o pai voltou encontrou Bárbara,<br />

exuberante nos seus 20 anos, mas logo foi informado<br />

das transformações ocorridas na vida da filha,<br />

incluindo a sua recusa em casar, o que o terá levado a<br />

repreendê-la severamente. Bárbara, conhecendo a ira<br />

do pai, fugiu de casa, mas rapidamente foi encontrada.<br />

Sabendo pela própria filha que se tornara cristã,<br />

acusou-a perante as autoridades e entregou-a para<br />

ser presa. Houve tentativas fracassadas para fazê-la<br />

mudar de ideias, incluindo torturas horríveis. Bárbara,<br />

todavia, permanecia impassível. Foi então condenada<br />

à decapitação.<br />

Alguns historiadores afirmam que o próprio<br />

Dióscoro teria solicitado ao governador Marciano para<br />

ser o executor da sentença. Outros, referem que o<br />

governador, surpreso diante da obstinação de Bárbara,<br />

teria insinuado que o pai era o principal acusador da<br />

filha e fosse também o seu algoz, o seu executor.<br />

Bárbara foi então decapitada pelo próprio pai,<br />

Dióscoro.<br />

Conta-se, então, que após a execução da mártir,<br />

no alto de uma colina, uma tremenda tempestade se<br />

abateu sobre o local. Naquele instante, seu pai foi<br />

atingido por um raio, tendo morte imediata. Por isso,<br />

devido às circunstâncias em que ocorreu o seu<br />

martírio, Santa Bárbara é invocada como protectora<br />

contra tempestades, temporais e tormentas.<br />

O martírio de Bárbara aconteceu em Nicomédia, a<br />

4 de Dezembro, provavelmente no ano de 235, primeiro<br />

ano do reinado do cruel Maximino.<br />

Santa Bárbara foi homenageada desde os tempos<br />

antigos, pelos sírios, gregos e latinos. Inicialmente,<br />

como uma protectora das obras e torres fortificadas,<br />

tornando-se padroeira dos militares, após a invenção<br />

da pólvora. Foi a divina protectora dos soldados que<br />

detinham a força e os depósitos das armas de guerra,<br />

bem como dos marinheiros que tinham à sua guarda<br />

os explosivos existentes a bordo dos navios.<br />

Fonte: almocreve.blogs.sapo.pt<br />

Bárbara foi decapitada pelo próprio pai, Dióscoro.<br />

De salientar que, embora a pólvora negra fosse já<br />

conhecida pelos chineses nos primeiros séculos da<br />

Era cristã, apenas era utilizada em fogos de artifício,<br />

aparecendo na Europa como pólvora e como um meio<br />

de destruição só no século XIV.<br />

Foi precisamente na primeira metade deste século<br />

que se iniciou o culto dos militares à gloriosa Santa<br />

Bárbara. Os artilheiros escolheram-na como a Santa<br />

Padroeira no início de 1529. O Papa Pio XII, em 4 de<br />

Dezembro de 1951, proclamou solenemente Santa<br />

Bárbara de Nicomédia, Celestial Padroeira dos<br />

Artilheiros, Marinheiros, Engenheiros e Bombeiros,<br />

estendendo-se mais tarde o culto da Santa aos doentes<br />

e a todas as pessoas com deficiência, tais como os<br />

leprosos e os moribundos.<br />

Na iconografia cristã, Santa Bárbara é geralmente<br />

apresentada como uma virgem, alta, majestosa, com<br />

uma palma que significa o martírio, um cálice como<br />

símbolo de sua protecção em favor dos moribundos<br />

e, ao lado, uma espada, instrumento da sua morte.<br />

No século VI, as relíquias de Santa Bárbara foram<br />

transladadas para Constantinopla. No século XII, a<br />

filha do Imperador Bizantino Aleixo Comenes, a<br />

princesa Bárbara, após contrair matrimónio com o<br />

príncipe russo Miguel Izyaslavich, transladou-as para

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