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JE590DEZ09 - Exército

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34<br />

democraticidade e transparência deste processo e,<br />

ainda, às forças de segurança que operam à margem<br />

deste quadro de referência), tornando-os mais<br />

adequados aos desafios que os países têm que<br />

enfrentar: o desenvolvimento humano sustentável e<br />

a consolidação da paz.<br />

A governação do sector de segurança, de todas<br />

as entidades com um mandato legítimo para o exercício<br />

da força, e de todas as estruturas que a exercem à<br />

margem da lei ou mesmo competindo com o poder<br />

legítimo, num quadro de governação democrática de<br />

provisão de segurança humana é, por conseguinte, o<br />

No que diz respeito<br />

à Polícia, que após<br />

a crise de 2006<br />

tem recebido o grosso<br />

da atenção<br />

e dos recursos, é,<br />

mais uma vez<br />

Portugal que,<br />

ao lado da UNMIT<br />

e da UNPOL, mais apoia<br />

o processo de reforma<br />

fim último.<br />

Em Timor-Leste, a agenda de reforma é uma agenda<br />

típica de cenários de reconstrução pós-conflito,<br />

com tarefas como desarmamento, desmobilização e<br />

reintegração de antigos combatentes, desminagem,<br />

combate ao tráfico de armas ligeiras, justiça transitória,<br />

reforço do estado de direito, reforma da Polícia e das<br />

Forças Armadas, boas práticas para o sector de<br />

segurança e construção de um enquadramento<br />

legislativo adequado.<br />

A Reforma do Sector<br />

de Segurança em Timor-Leste<br />

O Sector de Segurança em Timor-<br />

Leste<br />

O sector de segurança em Timor-Leste é o produto<br />

de factores resultantes da ocupação indonésia, da<br />

UN Photo - Martine Perret<br />

A construção da Polícia Nacional de Timor Leste foi outra<br />

das prioridades do mandato da UNTAET.<br />

desmobilização da resistência, da actuação da<br />

Administração Transitória das Nações Unidas<br />

(UNTAET) na construção de um estado timorense e<br />

das decisões pós-independência.<br />

A construção das forças armadas de Timor-Leste<br />

foi feita com a desmobilização dos antigos<br />

combatentes das FALINTIL – que actuava na<br />

clandestinidade e em que muitos dos seus elementos,<br />

embora tivessem alguma experiência de combate, não<br />

tinham treino militar nem disciplina ou coesão, típicos<br />

de uma força organizada. Para além disso, alguns<br />

combatentes não “puderam ser integrados no novo<br />

exército, deixando-os ressentidos por terem sido<br />

deixados de fora e a sentirem-se desprezados 1 ”.<br />

Decidir quem ficava e com que posto no pequeno<br />

exército timorense foi uma fonte constante de<br />

tensões 2 .<br />

E mesmo a criação de forças armadas foi uma<br />

decisão pressionada pela evolução dos acontecimentos.<br />

Sérgio Vieira de Mello, o administrador<br />

transitório de Timor-Leste, reconheceu que antes de<br />

Setembro de 1999 a opção da equipa das Nações<br />

Unidas que acompanhava Timor era por um modelo<br />

tipo Costa Rica 3 . E, quando a violência de Setembro<br />

eclode, essa opção é afastada sem que essa equipa<br />

estivesse preparada para decidir o que fazer com as<br />

forças de guerrilha das FALINTIL, e para sequer<br />

pensar como criar um aparelho militar para um pequeno<br />

pobre país vizinho de um gigante 4 .<br />

A construção da Polícia Nacional de Timor Leste<br />

(PNTL) foi outra das prioridades do mandato da<br />

UNTAET 5 . Também aqui as Nações Unidas tinham<br />

experiência, mas não tinham doutrina ou filosofia<br />

própria, e tiveram que criar a PNTL com indivíduos<br />

sem experiência relevante e com elementos que

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