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JE590DEZ09 - Exército

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22<br />

A rede ATM 16 deixou de funcionar, lançando o caos nos principais Centros Comerciais.<br />

3. Entre as 22h00 e as 00h30, surgiu uma avaria<br />

simultânea nos sistemas de controlo de trânsito das<br />

principais cidades do País, do qual resultaram inúmeros<br />

acidentes que vitimaram 50 pessoas e feriram<br />

gravemente outras 150.<br />

Também os Bancos portugueses, durante<br />

auditorias de rotina, conduzidas pelas equipas<br />

internas, detectaram dispositivos sniffer no seu principal<br />

sistema de transferência de fundos, temendo a<br />

Administração dos Bancos que indivíduos não<br />

autorizados possam agora tentar entrar num sistema<br />

que se considerava invulnerável.<br />

Durante o dia 17 de Maio, a comunicação Nacional<br />

especulou sobre a extensão das vulnerabilidades de<br />

Portugal no Ciberespaço, essencialmente sobre as<br />

origens dos ataques de iWar sofridos até ao momento<br />

e sobre as capacidades Nacionais para enfrentar a<br />

Crise. Simultaneamente, com as notícias surgidas, a<br />

rede ATM 16 deixou de funcionar por volta das 17h00,<br />

lançando o caos nos principais Centros Comerciais e<br />

paralisando praticamente todo o comércio local.<br />

Uma reunião governamental de emergência foi<br />

realizada às 21H00 do dia 18 de Maio, para estudar<br />

algumas das possíveis recomendações imediatas e<br />

de médio prazo para uma resposta concertada a esta<br />

“Crise no Ciberespaço” que actualmente afecta Portugal.<br />

A reunião abriu com um briefing do Serviço de<br />

Informações de Segurança que enfatizou a incerteza<br />

existente na determinação da fonte ou das fontes dos<br />

ciberataques, seguido por algumas recomendações<br />

do Gabinete Nacional da Segurança que fez notar que<br />

nesta altura não havia “nenhuma maneira de saber ao<br />

certo” se o conjunto de acções registado configura<br />

ou não:<br />

(1) um teste à capacidade portuguesa de<br />

Ciberdefesa desenvolvido por um ou mais actores;<br />

(2) ou o início de uma campanha de iWar orientada<br />

para perturbar com alguma antecedência a coesão do<br />

Governo Português e o funcionamento das<br />

Instituições Democráticas.<br />

Durante a reunião, o Primeiro-Ministro alertou<br />

repetidas vezes os elementos da Comunicação Social<br />

presentes para a necessidade de manter a calma e de<br />

diminuir toda a especulação relativamente à extensão<br />

das vulnerabilidades de Portugal no Ciberespaço (em<br />

virtude da mitigação dos principais riscos já ter sido<br />

realizada), quer ao que diz respeito às origens dos<br />

ataques de iWar sofridos até ao momento, em especial<br />

aqueles que tiveram origem no Território Nacional.<br />

Fizeram notar que futuras decisões relacionadas com<br />

a crise podiam tornar-se cada vez mais difíceis se existir<br />

um pânico generalizado, acrescido pelo empolamento<br />

dos efeitos dos ataques por parte dos meios de<br />

comunicação.<br />

Após encerramento da reunião, o Primeiro-<br />

Ministro solicitou ao Ministro da Defesa Nacional<br />

que coordenasse um grupo de peritos de Segurança<br />

da Informação, de Redes Informáticas e de Computer<br />

Network Operations, com o objectivo de gerar ideias<br />

novas e criativas capazes de minorar num curto espaço<br />

de tempo, os problemas de iWar que suscitam uma<br />

maior preocupação na presente Crise no Ciberespaço.<br />

Descreveu-lhe as suas principais preocupações e<br />

pediu-lhe possíveis recomendações para os<br />

problemas encontrados, de modo a garantir a<br />

segurança dos Sistemas de Informação que as<br />

Organizações Governamentais utilizam ou<br />

provavelmente virão a utilizar, reflectindo o seu impacto<br />

no domínio Diplomático/Político, no ambiente da<br />

Informação Nacional, na área Militar e no domínio<br />

Económico (DIME).<br />

Uma Possível Resposta…<br />

Arquivo JE<br />

Após a realização de diversas reuniões, a equipa<br />

de peritos sugeriu, entre outras, as seguintes propostas<br />

fundamentais para o médio prazo:<br />

1. Proceder à implementação de uma Certificção<br />

de Segurança da Informação nas Organizações consideradas<br />

mais críticas e importantes face à avaliação<br />

da sua informação e à identificação e avaliação dos<br />

riscos de segurança existentes;<br />

2. Desenvolver e aplicar uma metodologia de auditoria<br />

aos Sistemas de Informação implementados,<br />

que garanta a sua real Segurança da Informação, com<br />

base em indicadores de segurança mensuráveis;<br />

3. Desenvolver um manual de boas práticas de

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