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'amor sob vontade' -- assim alcançando, em êxtase, uma nova concepção transcendendo os planos destes<br />
opostos.<br />
Assim, o meu obstáculo, principal é a crença que qualquer Idéia ativa possa ser 'maligna'; e é portanto o<br />
dogma principal dos Deuses-Escravos, o 'Pecado Original' oposto a uma Bondade Onipotente -- Ahrimanes<br />
e Aormuzdi como acima -- que ameaça a minha Vontade.<br />
Amennti -- o Oeste -- o Lugar da Morte -- é o ponto atribuído a Osiris em seu aspecto de Deus Sacrificado,<br />
isto é, na parlança moderna, a 'Jesus'. Para nós, 'A Palavra de Pecado é Restrição'. A única possibilidade<br />
de 'mal' é que a Vontade possa ser estorvada. Em contraste, para os escravos de 'Jesus', não há quase<br />
nenhum ato que não seja por natureza um 'pecado'. Mesmo a nossa 'retidão é como farrapos imundos', etc.<br />
ad mauseam -- et praeter! Para nós, portanto, 'Jesus' é precisamente a fonte e origem de todo 'mal', pois<br />
esta idéia é sinônima com a idéia de Restrição em todos os planos. A concepção cristã do pecado como a<br />
vontade do homem natural, o 'Velho Adão', é a base de todo conflito interno -- de insanidade moral.<br />
É verdade que alguns escritores, chamando-se a si mesmos de cristãos, têm-se declarado pelo Antinomismo;<br />
mas a ortodoxia os tem sempre condenado; é evidente que as doutrinas deles implicam o panteísmo. Os<br />
sofismas de Paulo demonstram com suficiente clareza quão profundamente falsos para conosco mesmo<br />
apenas desviar a mente do dilema implícito nas teses que a 'Salvação' emancipa do 'Pecado', mas ao mesmo<br />
tempo o 'Santo' é moralmente obrigado pelas 'Leis de Deus'. As passagens sobre isto seriam risíveis se a<br />
História não as tivesse estigmatizado como atrozes.<br />
45. Ó minha adorável, minha deliciosa, a noite inteira eu verterei a libação nos Teus altares; a noite inteira<br />
eu queimarei o sacrifício de sangue; a noite inteira eu balançarei o turíbulo do meu deleite diante de Ti, e o<br />
fervor das orações intoxicará Tua narinas.<br />
45. Aqui existe uma identificação deliberada das mesmissimas palavras da Invocação do Sagrado Anjo<br />
Guardião com essas apropriadas a uma fervente rapsódia endereçada a uma rameira.<br />
46. Ó Tu que vieste da terra do Elefante, cingido com a pele do tigre, e engrinaldado com o lotus do espírito,<br />
inebria Tu a minha vida com Tua loucura, para que Ela pule quando eu passe.<br />
46. 'A Terra do Elefante': a Índia. A preferência é a Dionísio -- a Bacchus Diphues. O símbolo do Ato O já<br />
foi explicado em detalhe. Note-se a ênfase dada aqui aos seus atributos: o viril ardor animal, a coragem e a<br />
ferocidade do tigre; a voluptuosa feminilidade passiva, sensual (engrinaldado), entretanto espiritual, do<br />
lotus; no entanto, destes -- cuja Boda Química é aquela de Nuit e Hadit -- Ele é imune. (Ele é Inocência e<br />
Silêncio -- o Bebê no Ovo de azul). Eu O invoco para que 'inebrie a minha vida' com Sua 'loucura'; para que<br />
me inspire com o seu êxtase essencial.<br />
HINO A BACCHUS<br />
Salve, filho de Semela!<br />
A ti seja, a ti e a ela,<br />
Louvor, e vida eterna, e divindade bela!<br />
Vergonhosa traição!<br />
Da esposa olímpica a mão<br />
Cruel trama teceu contra a doce paixão!<br />
Vede! em rugidora flama<br />
Desce Zeus! e como clama<br />
Em Tebas, corpo em fogo, a nobre, a real dama!<br />
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