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Liber - Astrum Argentum

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Abismo pode sempre ser tomado como significando 'ausência de apoio'. É a forma ou meio de manifestação<br />

de tudo que não está assim manifestado. Alternativamente, pode ser que o abismo é aberto, quer dizer,<br />

tornado passível de investigação.<br />

'Tudo isto' não tem nome porque é a 'ultimal unidade demonstrada' (vede CCXX, III, 37) de Horus. Sua<br />

identidade absorve estes diversos fenômenos absolutamente por igual. Na perfeita pureza da criança, ou<br />

puro louco (Parsifal, ao lhe perguntarem seu nome, responde 'Eu não sei'), todas as diferenças desaparecem<br />

para sempre; ver CCXX, I, v. 4 e vv. 22-23. Este verso 7 pode portanto ser sumarizado mais ou menos como<br />

segue:<br />

A proclamação de Horus por 666 habilitará toda pessoa a executar sua função legítima ou Real Vontade, e<br />

assim fazendo, a alcançar a perfeição de sua própria natureza, enquanto que a ilusão de dividualidade é<br />

inteiramente destruída. Tal como está escrito, <strong>Liber</strong> CCXX, I, 44-45:<br />

'Pois vontade pura, desembaraçada de propósito, livre da ânsia de resultado, é toda via perfeita.<br />

'O Perfeito e o Perfeito são um Perfeito e não dois; não, são nenhum!'<br />

8. Tu chegaste aqui, Ó meu profeta, por graves caminhos. Tu comeste do excremento dos Abomináveis; tu te<br />

prostraste diante do bode e do Crocodilo; os homens maus fizeram de ti um joguete; tu vagaste como uma<br />

maneira pintada, sedutora com doces perfumes e pintura chinesa, pelas ruas; tu escureceste os cantos dos<br />

teus olhos com Kohl; tu tingiste teus lábios de vermelho; tu emplastraste tuas bochechas com esmaltes de<br />

margim. Tu bancaste a desavergonhada em todo portão e cada beco da grande cidade. Os homens da cidade<br />

te seguiram desejosos de te abusar e te bater. Eles mastigaram as douradas lantejoulas de fino pó com as<br />

quais tu adornaste os teus cabelos; eles fustigaram tua carne pintada com seus açoites; tu sofreste coisa<br />

indizíveis.<br />

8. A essência desta rapsódia é clara; entretanto, o plano em que melhor pode ser interpretada diferirá de<br />

acordo com o grau de iniciação alcançado pelo leitor.<br />

De um modo geral, porém, pode ser parafraseada: 'Tua alma foi submetida à contaminação da ilusão<br />

material e fenomenal. Cf. Cap. II, vv. 4-6, 7-16; III, vv. 4-12, 40-48; IV, vv. 2-3, 5, 33-37, 42-44. Veja-se<br />

também <strong>Liber</strong> VII, diversas passagens, as quais podem ser descobertas pelo reto engenho do Adepto<br />

Exempto.<br />

9. Mas Eu queimei dentro de ti como uma pura chama sem óleo. À meia-noite Eu brilhei mais do que a luta;<br />

durante o dia Eu excedi completamente o sol; nos atalhos pouco trilhados do teu ser Eu flamejei, e desfiz a<br />

ilusão.<br />

9. A despeito do acima, o Sagrado Anjo Guardião tem sempre habitado o ente do Adepto, não necessitando<br />

nem mesmo a nutrição representada pelo 'óleo'. (Para este símbolo veja-se o Livro 4, Parte II, Capítulo 5).<br />

(Nota de M.: Veja-se também Cap./ IV, v. 36, e o comentário).<br />

O Anjo excede igualmente Sol, Lua e Agni, os três princípios que (no simbolismo Hindu) entram em curso<br />

sucessivamente durante cada vinte e quatro horas, assim determinando o caráter do Dhyana alcançado em<br />

qualquer período do dia.<br />

10. Portanto tu és completamente puro diante de Mim; portanto tu és Minha virgem eternamente.<br />

10. A relação do homem com o seu Anjo independe de seus atos 'qua' homem. Seu Nephesch, considerado<br />

como em relação com o não-Ego, é incapaz de interferir com o seu verdadeiro Nephesch.<br />

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