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7. Meu profeta profetizará a teu respeito; em tua volta dançarão as donzelas, e brilhantes bebes lhes<br />
nascerão. Tu inspirarás os orgulhosos com infinito orgulho, e os humildes com um êxtase de abjeção; tudo<br />
isto transcenderá o Conhecido e o Desconhecido com algo que não tem nome. Pois é como o abismo do<br />
Arcano que é aberto no secreto Lugar de Silêncio.<br />
7. 'Meu profeta', como em v. 4, refere-se a 666. Cf. <strong>Liber</strong> CCXX, Cap. I, v. 26, etc. Este título é-lhe dado com<br />
mais frequência que qualquer outro. O termo 'profeta' ou 'sacerdote' é contrastado com 'A Besta', cuja<br />
conexão é com a minha função em Tiphereth, implicando minha hombridade, minha realeza, minha mestria<br />
do êxtase, e como cumprindo a função a que se refere o Apocalipse, tanto quanto a confusão causada pela<br />
deliberada corrupção do texto daquele livro nos permite calcular.<br />
O título 'profeta' refere-se à função de serviço aos Deuses proclamados em <strong>Liber</strong> CCXX, e de administrar os<br />
sacramentos (a nova Magia, fórmula AB....A etc.). O título 'príncipe' pode ter conexão com a atribuição a<br />
tiphereth, desde que Microprosopus é o Vau de Tetragrammaton, Vau tendo o valor de 6, e correspondendo<br />
aos quatro príncipes (às vezes chamados Imperadores) do Tarot.<br />
A 'profecia' aqui mencionada é antes de mais nada CCXX, Cap. III, este livro mesmo, e vários outros<br />
poemas, ensaios e rituais. <strong>Liber</strong> 418, Aethyr I.<br />
O segundo parágrafo indica Horus em seus aspectos ativo e adulto. O estudante é referido à completa<br />
exposição do significado da letra Aleph, em particular àquela parte em que se explica que 'o bebê no ovo de<br />
azul', Harpócrates, no qual todo poder é latente d(ele sendo Harpócrates, Bacchus Dephues, Zeus,<br />
Baphomet, Parsifal como o 'Puro Louco', o Grande Louco das Lendas Célticas, a traquinas criança<br />
HErmes, etc.) no primeiro estágio de inocência pantomorfa, desenvolve-se ao chegar à puberdade em<br />
Parsifal o cavaleiro-andante, que obtém a Coroa ao ganhar a Filha do Rei (um mistério sobre o qual foram<br />
fundados os costumes temporais de muitas raças primitivas. Veja-se Sir James Fraser, 'The Golden Bough').<br />
O Hermes fálico, o Baphomet do Ato XV, Zeus que assume a forma de uma besta para impregnar várias<br />
mulheres (a Mulher Escarlate no Ato XI. Veja-se também as lendas da Bela e a Fera, do Diabo de Sabbath,<br />
do Minotauro, Hércules - a princípio disfarçado como desarmado e ambissexual), muitas lendas asiáticas.<br />
O Senhor do presente Aeon, dois em um (Vau, Hé, Ato VI, nascido da união de Yod e Hé), tem sido o<br />
assunto de profecia através da história. Sua natureza, funções e relação com os outros Deuses é assim<br />
matéria de conhecimento geral entre iniciados e mesmo simples letrados. Ao mesmo tempo, sua presente<br />
aparição é, num certo sentido, um fenômeno original. Pois Ele é representado em CCXX como terceiro em<br />
relação a Nuit e Hadit, não como primeiro; Nuit e Hadit estando completamente além da compreensão de<br />
quem quer que seja, com exceção da 'Besta & sua Noiva e os vencedores da Ordália x'. (CCXX, III, 22) Ele<br />
é portanto mostrado como nascendo espontâneamente. Não existe referência a Isis e Osiris, os tradicionais<br />
pai e mãe de Horus na teologia dos egípcios.<br />
'À tua volta dançarão as donzelas, e brilhantes bebês lhes nascerão.' Isto lembra o costume quase universal<br />
de circunambulação ou dança em redor do lingam, 'maypole' (Nota de M.: o equivalente na tradição<br />
portugo-brasileira é o 'poste de S. João), ou qualquer outro símbolo apropriado da faculdade criadora. A<br />
voz do escândalo sugere que mulheres que adotam este rito tornam-no efetivo através de precauções<br />
fisiológicas.<br />
Mas mesmo assim, a congruidade dos dois métodos é evidente, e a filoprogenitividade é tão justificada de<br />
seus filhos quanto a Sabedoria. Os puritanos afirmavam com razão que o Maypole era um lingam, e que a<br />
festa daquele dia (Nota de M.: "Festa de S. João", e a "Festa Junina" em geral, principalmente em cidades<br />
do interior do Brasil e Portugal, onde a tradição está menos deturpada) era um festival de Priapus.<br />
A seção restante do verso é extremamente obscura. A humildade parece ser desencorajada pelo Livro da Lei<br />
como incompatível com a correta compreensão de nós mesmos como uma estrela, um rei, um ente divino ou<br />
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