Liber - Astrum Argentum

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estática dele é destruída. Ele se compreende não mais como um fixo ser terrestre, mas como a 'esvoaçante fagulha de luz' - uma pura vibração dinâmica. Esta concepção, formulada pela primeira vez em Liber CCXX, e já explicada neste Comentário, é em fato a primeira condição daquilo que os Budistas chamam Samma Dithi - correta perspectiva. Enquanto o homem se concebe como um ente, em vez de como uma energia, ele atribui a si próprio não, como supõe o profano, estabilidade, mas estagnação, que é a morte. Além disto, esta fagulha é praticamente identificada com a raptura da Boda Química. 3. Sim, gritou o Santissimo, e da Tua fagulha Eu o Senhor acenderei uma grande luz; Eu queimarei por completo a cidade cinzenta na velha terra desolada; Eu a limparei da sua grande impureza. 3. Já foi explicado que o absoluto abandono do falso ser é a primeira condição da existência do Verdadeiro Ser. Enquanto 666 parecia a si mesmo uma existência separada, ele permanecia impotente. No momento em que ele se compreende 'arremessado pelo grande vento da vossa perfeição' o Anjo lhe declara seu sucesso precisamente naquele plano de ilusão por ele abandonado. O sofrimento e fracasso de 666 nascem de sua contemplação de seus semelhantes, da imperfeição e miséria, do tédio da existência sobre este planeta. Ele verificara que seus esforços pessoais, longe de remediarem o dano, tendiam pelo contrário a aumentá- lo. Agora porém que a personalidade foi destruída, ela se torna eficiente. É impossível mudar qualquer estado fixo atuando sobre este em seu próprio plano. Quando muito, pode-se rearranjar seu caráter pela fórmula de ALIM (Veja-se Livro 4, Parte III, Cap. iv), a fórmula da feitiçaria. Não importa como manipulemos os dígitos de um número divisível por 9, ele continua um múltiplo de 9. (Considere-se atentamente a doutrina toda do número 9. As referências já foram indicadas neste Comentário). O mundo de Assiah é uma cristalização da idéia Atziluthica através de Briah e Yetzirah. Pode ser efetivamente modificado pela importação de alguma outra quintessência Atzilúthica. É portanto inútil para 666, como um ente de Assiah, a procurar consertar Assiah. Ele pode fazer isto apenas exaltando-se a Atziluth pela Consecução do Conhecimento e Conversação do Sagrado Anjo Guardião, e atuando sobre Assiah através de Briah partindo de Yetzirah. O Anjo espontâneamente promete a 666 que sua Vontade Real se tornará operativa. A diminuta fagulha da sua individualidade será incendiada em uma grande luz, e esta luz consumirá a impureza da 'cidade cinzenta na terra velha e desolada'. Este Livro foi escrito em Londres, e a aparente referência no primeiro caso é àquela cidade. O texto pode significar que de alguma forma 666 se tornará 'uma grande luz', um fenômeno portentoso prenhe de destruição aos olhos de seus habitantes. Nesta interpretação não é claro o significado de 'sua grande impureza', ou de que forma a manifestação de 666 a 'limpará'. O método apropriado do exegese que imediatamente ocorre é reunir as passagens nos Livros Santos que se referem àquela cidade e estudá-los à luz dos eventos históricos em que 666 tomou parte. Mesmo assim, a despeito de certos possíveis incidentes significativos, pareceria que um tal acontecimento ainda está no futuro. Não há, naturalmente, qualquer sinal seguro de esta interpretação é válida. Uma alternativa poderia ser procurada no valor numérico do equivalente grego de 'cidade cinzenta', ou pode vir a transparecer que alguma cidade em particular tem direito a ser designada como cinzenta. Mais, a alusão pode ser estritamente uma metáfora poética; 'cidade cinzenta' pode significar não mais que um lugar onde homens se reunem, um local sombrio, enevoado (Veja-se Cap. IV, vv. 59-60). 4. E tu, Ó profeta, verás estas coisas, e tu não ligarás a elas. 4. Cf. verso 21, Liber CCXX, iii, 16; também Cap I, v. 44. Parece ser sempre implicado que o trabalho de 666 será secreto em um senso peculiar da palavra. Vede Liber CCXX, Cap. I, v. 10. Eu devo operar mudanças importantes na sociedade humana, a parte a mudança cardial afetando o começo do Aeon de 56

Horus e a proclamação da Lei de Thelema. Mais, eu verei, ao amenos até certo ponto, os resultados do meu trabalho, e importante que eu não me permita sentimentos de desencorajamento ou de satisfação na contemplação deles. 5. Agora está o Pilar estabelecido no Vazio; agora está Asi satisfeita por Asar; agora é Hoor baixado à Alma Animal das Coisas como uma estrela flamejante que cai sobre a escuridão da terra. 5. Este verso confirma a interpretação do verso 3. Existe uma referência bem diferente ao Equinócio dos Deuses. ABRAHADABRA, a Fórmula Mágica do Aeon (que não deve ser confundida com a Palavra da Lei do Aeon) representa o estabelecimento da coluna, pilar ou falo do Macrocosmo de 6 idéias positivas no vazio do Microcosmo de 5 Alephs. Aleph é um vazio ou cteis, sendo o Ato marcado O. O símbolo geral é repetido em termos particulares., Isis e Osiris governam respectivamente os dois Aeons (da Mãe e do Deus Sacrificado) pelos quais nós acabamos de passar. A satisfação de Asi por Asar indica que a operação deles está completada, sua conjunção tendo resultado na aparição de Horus (Herura-ha em seus aspectos gêmeos: a) Força e Fogo e b) Silêncio). O verso nos diz que se cumpriu aquilo que era a Grande Obra de 666 (em sua relação oficial com A .'. A .'., contrastada com sua carreira pessoal como magista) proclamar. A 'alma animal das coisas' , isto é, o Nephesch do Mundo. O Senhor do Aeon representa mais que um novo estágio na infiltração progressiva da escuridão da matéria pela luz. Ele age diretamente sobre o Mundo de Assiah. Note-se, em particular, a forma assumida por ele - aquela de 'uma estrela flamejante que cai sobre a escuridão da terra'. É como um meteoro ou um raio que ele invade o planeta (Note-se que ele é 'baixado'; do ponto de vista da terra ele aparece de modo terrível, mas do ponto de vista dos Deuses ele é imbuído de toda possível gentileza). 6. Através da meia-noite tu és deixado cair, Ó mina criança, meu conquistador, meu capitão cingido com a espada, Ó Hoor! e eles te acharão como uma nodosa brilhante pedra negra, e eles te adorarão. 6. O simbolismo da meia-noite e da 'nodosa brilhante pedra negra' sugere uma referência ao Ato XVIII, onde Khephra o Escaravelho, o Sol da Meia-Noite, aparece viajando em seu barco sob o Céu. (A pedra é em toda parte convencionalmente aceita como um símbolo do Sol). A despeito da promessa do símbolo - 'existe uma aurora em botão na meia-noite' - esta primeira aparição de Horus é escura e amedrontadora. No entanto Ele é achado sob esta forma e adorado. A natureza do símbolo se torna inconfundível pelos epítetos adicionais: uma 'criança' indica a irresponsabilidade e inocente arteirice. 'Meu conquistador' define-o como vencendo a oposição da inércia, ou naturais preconceitos, da 'velha guarda' dos profanos. (Cf. Liber CCXX, iii em geral, e particularmente vv. 3-9, 11, 17, 18, 28, 32, 46, 49-55, 59, 70-72). 'Meu capitão cingido com a espada'. Isto acentua o aspecto guerreiro em que Horus primeiramente aparecerá (Nota de M.: Este Comentário foi escrito mais de quinze anos antes da Segunda Guerra Mundial; a Primeira Guerra Mundial seguiu em nove meses a segunda publicação do Livro da Lei; a Guerra do Balkã seguiu em nove meses a primeira publicação). Tomando-se estes versos como se referindo diretamente à primeira publicação do Livro da Lei, em Londres, observe-se que nove meses após a publicação do Equinócio I, vol. 10, a guerra estalou de forma que Horus foi adorado precisamente sob este aspecto e da maneira bem irrazoável que havia sido predita. 57

Horus e a proclamação da Lei de Thelema. Mais, eu verei, ao amenos até certo ponto, os resultados do meu<br />

trabalho, e importante que eu não me permita sentimentos de desencorajamento ou de satisfação na<br />

contemplação deles.<br />

5. Agora está o Pilar estabelecido no Vazio; agora está Asi satisfeita por Asar; agora é Hoor baixado à Alma<br />

Animal das Coisas como uma estrela flamejante que cai sobre a escuridão da terra.<br />

5. Este verso confirma a interpretação do verso 3. Existe uma referência bem diferente ao Equinócio dos<br />

Deuses. ABRAHADABRA, a Fórmula Mágica do Aeon (que não deve ser confundida com a Palavra da Lei<br />

do Aeon) representa o estabelecimento da coluna, pilar ou falo do Macrocosmo de 6 idéias positivas no<br />

vazio do Microcosmo de 5 Alephs. Aleph é um vazio ou cteis, sendo o Ato marcado O.<br />

O símbolo geral é repetido em termos particulares., Isis e Osiris governam respectivamente os dois Aeons<br />

(da Mãe e do Deus Sacrificado) pelos quais nós acabamos de passar. A satisfação de Asi por Asar indica<br />

que a operação deles está completada, sua conjunção tendo resultado na aparição de Horus (Herura-ha em<br />

seus aspectos gêmeos: a) Força e Fogo e b) Silêncio).<br />

O verso nos diz que se cumpriu aquilo que era a Grande Obra de 666 (em sua relação oficial com A .'. A .'.,<br />

contrastada com sua carreira pessoal como magista) proclamar.<br />

A 'alma animal das coisas' , isto é, o Nephesch do Mundo. O Senhor do Aeon representa mais que um novo<br />

estágio na infiltração progressiva da escuridão da matéria pela luz. Ele age diretamente sobre o Mundo de<br />

Assiah.<br />

Note-se, em particular, a forma assumida por ele - aquela de 'uma estrela flamejante que cai sobre a<br />

escuridão da terra'. É como um meteoro ou um raio que ele invade o planeta (Note-se que ele é 'baixado';<br />

do ponto de vista da terra ele aparece de modo terrível, mas do ponto de vista dos Deuses ele é imbuído de<br />

toda possível gentileza).<br />

6. Através da meia-noite tu és deixado cair, Ó mina criança, meu conquistador, meu capitão cingido com a<br />

espada, Ó Hoor! e eles te acharão como uma nodosa brilhante pedra negra, e eles te adorarão.<br />

6. O simbolismo da meia-noite e da 'nodosa brilhante pedra negra' sugere uma referência ao Ato XVIII,<br />

onde Khephra o Escaravelho, o Sol da Meia-Noite, aparece viajando em seu barco sob o Céu. (A pedra é<br />

em toda parte convencionalmente aceita como um símbolo do Sol). A despeito da promessa do símbolo -<br />

'existe uma aurora em botão na meia-noite' - esta primeira aparição de Horus é escura e amedrontadora.<br />

No entanto Ele é achado sob esta forma e adorado.<br />

A natureza do símbolo se torna inconfundível pelos epítetos adicionais: uma 'criança' indica a<br />

irresponsabilidade e inocente arteirice. 'Meu conquistador' define-o como vencendo a oposição da inércia,<br />

ou naturais preconceitos, da 'velha guarda' dos profanos. (Cf. <strong>Liber</strong> CCXX, iii em geral, e particularmente<br />

vv. 3-9, 11, 17, 18, 28, 32, 46, 49-55, 59, 70-72).<br />

'Meu capitão cingido com a espada'. Isto acentua o aspecto guerreiro em que Horus primeiramente<br />

aparecerá (Nota de M.: Este Comentário foi escrito mais de quinze anos antes da Segunda Guerra Mundial;<br />

a Primeira Guerra Mundial seguiu em nove meses a segunda publicação do Livro da Lei; a Guerra do<br />

Balkã seguiu em nove meses a primeira publicação).<br />

Tomando-se estes versos como se referindo diretamente à primeira publicação do Livro da Lei, em Londres,<br />

observe-se que nove meses após a publicação do Equinócio I, vol. 10, a guerra estalou de forma que Horus<br />

foi adorado precisamente sob este aspecto e da maneira bem irrazoável que havia sido predita.<br />

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