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A aspiração em direção a Ele é masculina. No momento de consecução, isto é substituído por passividade,<br />
tal como foi explicado em capítulos prévios. A aspiração paralela a vontade do Anjo de comungar. Mas<br />
superficialmente a vontade d'Ele é de caráter diverso. Sua natureza vai ser explicada agora.<br />
11. Existem ricaços vaidosos sem vintém que ficam à porta da taverna e tagarelam de seus feitos de<br />
bebedores de vinho.<br />
11. A taverna é o templo de intoxicação espiritual. Do lado de fora estão os Irmãos Negros, vangloriando-se<br />
de suas próprias consecuções.<br />
12. Existem ricaços vaidosos sem vintém que ficam à porta da taverna e insultam os hóspedes.<br />
12. Eles são vaidosos de sua riqueza, isto é, egoístas e mesquinhos, no entanto sem vintém, isto é, suas<br />
consecuções são sem valor. Também, eles insultam esses que alcançaram o Conhecimento e Conversação<br />
do Sagrado Anjo Guardião: o Irmão Negro, a despeito de toda a sua arrogância, sabe (como Klingsor) qual<br />
é a sua verdadeira condição, e portanto ele blasfema a Loja Branca.<br />
13. Os hóspedes brincam sobre sofás de madrepérola no jardim; o barulho dos homens tolos está escondido<br />
deles.<br />
13. Os sofás simbolizam repouso. A madrepérola é a opalescência dos fenômenos quando são observados<br />
pelo Iniciado (compara-se o simbolismo do Arco-Íris). Note-se que os hóspedes estão no jardim, não na<br />
taverna. Isto pode significar que eles passaram além do estágio em que o ato é único a um estágio tal como<br />
descrito nos vv. 8 e 9. Os homens tolos: veja-se Cap. III, v. 57. O barulho é um símbolo de distração e falta<br />
de harmonia. Está 'escondido deles' - uma frase mais enfática do que 'não é ouvido por eles'.<br />
14. Apenas o taverneiro teme que o favor do rei lhe seja retirado.<br />
14. O taverneiro é o Guardião dos Mistérios, e o rei a autoridade pela qual as vidas dos homens são<br />
governadas. É o dever do taverneiro não só proteger os hóspedes da malícia dos Irmãos Negros, mas<br />
também impedir que essa malícia profane o sacramento. (Levi tem uma passagem sobre este ponto. Ele diz<br />
que quando o arcano foi divulgado na época da Revolução Francesa, tornou-se impossível pô-lo em prática.<br />
Os adeptos consequentemente brigaram entre si, e o resultado foi caos. Nós não devemos supor que isto seja<br />
apenas mera parte do assunto do voto de sigilo. Nem implica em dizer que a publicação dos métodos de<br />
consecução leva ao desastre. Foi simplesmente o quarto poder da Esfinge que, de algum modo, foi perdido.)<br />
14. Parece estranho que o Magister, em meio à sua raptura, com as palavras de seu Anjo ainda lhe soando<br />
nos ouvidos, não encontrasse algo menos incôngruo a replicar. A dificuldade é explicada facilmente. Por<br />
um lado, seu êxtase é inefável. Por outro, é perfeito, de forma que não pode falar dele. Em terceiro lugar,<br />
ele percebe que parte do preço de sua consecução é a sua responsabilidade como Guardião dos Mistérios.<br />
Ele portanto chama a atenção do Anjo para aquilo que poderíamos descrever como a situação política.<br />
11-14. Agora fala o Adepto, ou antes, fala o Mestre do Templo.<br />
15. Assim falou o Magister V.V.V.V.V. a Adonai seu Deus, enquanto eles brincavam juntos à luz das<br />
estrelas de encontro à profunda poça negra que está no Lugar Santo da Casa Santa sob o Altar do<br />
Santíssimo.<br />
15. As circunstâncias do diálogo são cuidadosamente explicadas. Ele é o Mestre do Templo, V.V.V.V.V., não<br />
o mero Adepto que simplesmente conseguir união. O Anjo é ainda mais especificamente identificado com o<br />
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