57. Este 'homem tolo' não pode ser conduzido à perfeição, pois ele é composto de Qliphoth ou excremento. Sua emancipação é precisamente de tais partes de seu ente; elas não são da sua essência. 58. Mas eu sou o Tolo que não liga ao Jogo do Mago. A mim a Mulher dos Mistérios instrui em vão; eu quebrei os grilhões do Amor e do Poder e da Adoração. 58. O Adepto se identifica com este Puro Tolo. Ele é indiferente à Ilusão da Existência Fenomenal causada pelo Mago (Pekht, Extensão, o Ato I, --, 2, --, Mayan). A Mulher dos Mistérios (Isis, Ato II, --, 3, --) não estraga a pureza dele com seus fantásticos reflexos da Verdade. Ele não está mais à mercê da Imperatriz, Ato III, --, 4, --; nem do Imperador, Ato IV, --, 90, Áries; nem do Microfante, Ato V, --, 6, Taurus. Isto é, nem as distinções sutís (I< II) da Verdade nem as suas imagens grosseiras (III, IV, V) podem causar injúria à sua perfeição do Zero. 59. Portanto é a Águia unida ao Homem, e a força de infâmia dança com o fruto do justo. 57-59. O 'homem tolo' é o homem natural, o profano. 'Tolo' neste sentido significa vazio, vaidoso, cheio de si. Ele é o 'pequeno louco', adiante comparado com o Louco, Ato O, --, do Taro, o qual é o primeiro Caminho de Kether. 59. O resultado é que os símbolos de Realeza e de Espiritualidade são agora equivalentes àqueles da vida plástica (Aquário e Escórpio) e manifestação vibratória. A força é encontrada no Ato XII, --, 40, -- (Veja-se verso 55); nela está pendurado, isto é, livre da terra, movendo-se alegremente (dança) o homem manifestado ou estendido (Ato VIII, --, 30, Libra: a forma positiva ou expressada do Ato O; Aleph e Lamed são a Chave de CCXX). 60. Eu baixei, Ó meu querido, às águas negras e brilhantes, e Te colhi como uma pérola negra de valor infinito. 61. Eu desci, Ó meu Deus, ao abismo do todo, e eu Te encontrei lá no meio sob o disfarce de Nada. 60-61. (Estes versos podem ser lidos como Estrofe e Anti-Estrofe; mas antes, quando o Anjo fala, nós somos informados de que é Ele falando.) As 'águas negras e brilhantes' são as do Akasa, o mênstruo de manifestação; a Pérola é a simétrica, redonda perfeição do Anjo, o qual é assim um símbolo tangível da Amorfidade de Nuit. (Quanto a 'negra', vede novamente Cap. I,vv. 18-20.) 62. Mas como Tu és o Último, Tu és também o Próximo, e como o Próximo eu Te revelo à multidão. 62. Se bem que assim ultimal, o Anjo está também em íntimo contato com o Homem. Isto explica a política de 666, revelada no resto do parágrafo. (Nota: Durante sua peregrinação na China, Crowley atingiu à recordação de suas encarnações passadas e definiu sua Vontade Mágica,ou Grande Obra, como conduzir a humanidade ao próximo passo em sua evolução espiritual, isto é: a obtenção do Conhecimento e Conversação do Sagrado Anjo Guardião. ---M.) 63. Aqueles que sempre Te desejam Te obterão, mesmo no Fim do seu Desejo. 63. O C.&C. do S.A.G. representa a suprema necessidade, e sua consecução coincide com a destruição final do Desejo (no sentido que os budistas dão a esta palavra). 64. Glorioso, glorioso, glorioso Tu és, Ó meu amante super - no Ó Ser do meu ser. 28
65. Pois eu Te achei igualmente no Mim e no Ti; não há diferença, Ó meu belo, Ó meu Desejável! No Um e nos Muitos eu Te encontrei; sim, eu Te encontrei. 64-65. O capítulo termina em um desabafo de exaltação lírica. "Todo número é infinito; não há diferença." "Portanto agora vós me conheceis por meu nome Nuit, e ele por um nome secreto que Eu lhe darei quando afinal ele me conhecer. Desde que Eu sou o Espaço Infinito, e as Infinitas Estrelas dali, fazei assim também. Nada amarreis! Que não haja diferença feita entre vós entre qualquer coisa e qualquer outra coisa; pois daí vem dor." (<strong>Liber</strong> CCXX, Capítulo I, vv. 4 e 22.) O C.&C. do S.A.G. dissolve todo pensamento na identidade da insignificância. Ele existe igualmente na Unidade de R.H.K. e em todo e qualquer detalhe de manifestação fenomênica. 29