Liber - Astrum Argentum

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Nenhum poema por si só poderia ser mais que uma ilustração imperfeita da idéias abstrata de 'poesia'; no entanto, somente através dessas imagens concretas se pode alcançar alguma compreensão do que a palavra significa. 7. Além disto, eu tive a visão de um rio. Nele havia um botezinho; e neste, sob velas de púrpura, estava uma mulher dourada, uma imagem de Asi lavrada do ouro mais fino. Também, o rio era de sangue, e o bote de aço brilhante. Então eu a amei; e, desatando meu cinturão, atirei-me à correnteza. 8. Eu recolhi-me ao botezinho, e durante muitos dias e noites a amei, queimando lindo incenso diante dela. 8. Ele se identifica com o consciente puro, imune ao curso do Pensamento, no entanto flutuando nesse curso, e se devota a este Ideal, com fervor poético e religioso. 9. Sim! Eu lhe dei da flor da minha juventude. 9. Ele consagra a sua energia criadora ao Ideal 10. Mas ela não se moveu; apenas, pelos meus beijos eu a conspurquei tanto que ela enegreceu perante mim. 10. Este processo destrói a beleza superficial do Ideal. Sua pureza é correspondida pelo contato da mortalidade. 11. Entretanto eu a adore, e dei-lhe da flor da minha juventude. 11. A despeito do seu desapontamento, o Aspirante persistem em 'amor sob vontade'. Ele se dá completamente à Verdade, mesmo agora quando ela parece tão escura e medonha. 12. Também aconteceu que através disto ela adoeceu, e corrompeu-se diante de mim. Quase eu me atirei à correnteza. 12. O Ideal agora se decompõe em formas repulsivas, não mais reconhecíveis como o objeto do amor dele. O Aspirante é tentado a abandoná-la, e a buscar refúgio do Consciente afogando-se nesses pensamentos que o rodeiam, e que continuamente tentam a atenção dele. 13. Então, no fim do mercado, seu corpo era mais branco que o leite das estrelas, e sua boca rubra e quente como o ocaso, e sua vida de um branco em braza como o calor do sol do meio-dia. 13. Esse desespero subitamente se desfaz. Seu ideal aparece em sua verdadeira forma, uma mulher vivente em vez de uma imagem de ouro inanimada. A substância dela é a gora mais pura que a luz das estrelas; seus lábios - o instrumento da sua fala e das suas carícias - são cheios de vida e calor como o ocaso - isto é, eles prometem repouso, amor e Beleza (Rathor, deusa do Oeste). Ela está viva com a pura energia do centro do sistema ao qual o Aspirante pertence: isto é, ela é a realização da idéia criadora de que até agora ele havia sido apenas uma parte. 14. Então ela se ergueu do abismo de Idades de Sono, e seu corpo me abraçou. Eu me derreti por completo em sua beleza, e alegrei-me. 12

14. A escuridão do passado desaparece quando seu Ideal possui o Aspirante; e seu Ego se dissolve no êxtase de união com ela; ele se torna a essência de toda Alegria. 15. Também o rio tornou-se o rio de Amrit, e o botezinho era a carruagem da carne, e suas velas o sangue do coração que me carrega, que me carrega. 15. Agora então mesmo os pensamentos do Aspirante se tornam imortais; sua consciência é compreendida como o veículo da sua vida física - em vez de vice-versa, como supõem os profanos. Suas paixões já não são idênticas com a vida individual dele. Assim, não há conflito com a Natureza. A Vontade é ela mesma o Ente. 16. Ó mulher serpente das estrelas! Eu, mesmo eu, Te fiz de uma pálida imagem de ouro fino. 7-16. O rio é a corrente de pensamento. O bote é o consciente. As velas de púrpura são as paixões que dirigem o curso do consciente, e a mulher é o ideal puro que procuramos fazer o ocupante constante e o guia da nossa vida consciente. Esta 'mulher', se bem que feita de ouro, é apenas uma imagem sem vida. O rio é de sangue; isto é, a corrente dos pensamentos deve ser identificada com objeto de nossa vida, não ser o mero campo de reflexão de toda impressão casual. O bote é de aço; isto é, a consciência deve ser capaz de resistir à intrusão de todo pensamento indesejado. Amando este ideal, o Aspirante se livra de tudo que o prende (vergonha, egoísmo, etc... - 'desatando o cinturão') 16. Minha concepção pessoal de Nuit é o resultado da Operação de Magia que eu executei para dar vida ao ideal que originalmente eu tinha em meu coração, adore, e resolvi realizar. A passagem inteira descreve a maneira de se lidar com qualquer idéia de forma a realizá-la em perfeição. 17. Também o Santo veio sobre mim, e eu vi um cisne branco flutuando no azul. 17. O cisne é a Consciência estática do Adepto. Está pousado no espaço infinito, suportado pelo Ar - i.e., o campo de propagação do pensamento. 18. Entre suas asas eu me sentei, o os aeons fugiram. 18. No Êxtase, o tempo não conta. 19. Então o cisne voou, e mergulhou, e subiu; no entanto não fomos alhures. 19. O Êxtase move-se de uma sublimidade de Dita a outra; mas não há progresso possível para a perfeição, portanto não existe fito a ser alcançado em tais movimentos. 20. Um meninote louco que montava comigo falou ao cisne e disse: 20. O meninote é a razão humana, que exige mensuração como condição primária de consciência inteligível. Sabendo que o tempo está passando, ele não pode compreender por que este movimento todo não acercou o cisne de algum ponto fixo, ou por que a relação entre o ponto de partida e a presente posição do cisne não é um constante motivo de ansiedade para este. O meninote não pode compreender movimento sem referência a coordenadas fixas. 21. quem és tu que flutuas e voas e mergulhas e sobes no inano? Vê, todos estes aeons passaram; de onde vens tu? Aonde vais? 13

Nenhum poema por si só poderia ser mais que uma ilustração imperfeita da idéias abstrata de 'poesia'; no<br />

entanto, somente através dessas imagens concretas se pode alcançar alguma compreensão do que a palavra<br />

significa.<br />

7. Além disto, eu tive a visão de um rio. Nele havia um botezinho; e neste, sob velas de púrpura, estava uma<br />

mulher dourada, uma imagem de Asi lavrada do ouro mais fino. Também, o rio era de sangue, e o bote de<br />

aço brilhante. Então eu a amei; e, desatando meu cinturão, atirei-me à correnteza.<br />

8. Eu recolhi-me ao botezinho, e durante muitos dias e noites a amei, queimando lindo incenso diante dela.<br />

8. Ele se identifica com o consciente puro, imune ao curso do Pensamento, no entanto flutuando nesse<br />

curso, e se devota a este Ideal, com fervor poético e religioso.<br />

9. Sim! Eu lhe dei da flor da minha juventude.<br />

9. Ele consagra a sua energia criadora ao Ideal<br />

10. Mas ela não se moveu; apenas, pelos meus beijos eu a conspurquei tanto que ela enegreceu perante mim.<br />

10. Este processo destrói a beleza superficial do Ideal. Sua pureza é correspondida pelo contato da<br />

mortalidade.<br />

11. Entretanto eu a adore, e dei-lhe da flor da minha juventude.<br />

11. A despeito do seu desapontamento, o Aspirante persistem em 'amor sob vontade'. Ele se dá<br />

completamente à Verdade, mesmo agora quando ela parece tão escura e medonha.<br />

12. Também aconteceu que através disto ela adoeceu, e corrompeu-se diante de mim. Quase eu me atirei à<br />

correnteza.<br />

12. O Ideal agora se decompõe em formas repulsivas, não mais reconhecíveis como o objeto do amor dele.<br />

O Aspirante é tentado a abandoná-la, e a buscar refúgio do Consciente afogando-se nesses pensamentos<br />

que o rodeiam, e que continuamente tentam a atenção dele.<br />

13. Então, no fim do mercado, seu corpo era mais branco que o leite das estrelas, e sua boca rubra e quente<br />

como o ocaso, e sua vida de um branco em braza como o calor do sol do meio-dia.<br />

13. Esse desespero subitamente se desfaz. Seu ideal aparece em sua verdadeira forma, uma mulher vivente<br />

em vez de uma imagem de ouro inanimada. A substância dela é a gora mais pura que a luz das estrelas;<br />

seus lábios - o instrumento da sua fala e das suas carícias - são cheios de vida e calor como o ocaso - isto é,<br />

eles prometem repouso, amor e Beleza (Rathor, deusa do Oeste).<br />

Ela está viva com a pura energia do centro do sistema ao qual o Aspirante pertence: isto é, ela é a<br />

realização da idéia criadora de que até agora ele havia sido apenas uma parte.<br />

14. Então ela se ergueu do abismo de Idades de Sono, e seu corpo me abraçou. Eu me derreti por completo<br />

em sua beleza, e alegrei-me.<br />

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