16.04.2013 Views

Valorização de resíduos da indústria de Transformação de batata

Valorização de resíduos da indústria de Transformação de batata

Valorização de resíduos da indústria de Transformação de batata

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Lur<strong>de</strong>s Cavaleiro, Margari<strong>da</strong> Gonçalves, Benil<strong>de</strong> Men<strong>de</strong>s. <strong>Valorização</strong> <strong>de</strong> <strong>resíduos</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> <strong>batata</strong><br />

VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DE<br />

BATATA<br />

Lur<strong>de</strong>s Cavaleiro 1 , Margari<strong>da</strong> Gonçalves 2 , Benil<strong>de</strong> Men<strong>de</strong>s 3<br />

Resumo<br />

O resíduo resultante do <strong>de</strong>scasque <strong>da</strong> <strong>batata</strong> é rico em amido mas, o seu teor <strong>de</strong><br />

água e <strong>de</strong> compostos fenólicos dificulta a sua utilização como aditivo alimentar. Neste<br />

trabalho estudou-se o tratamento <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> <strong>resíduos</strong> com solventes orgânicos<br />

polares, a quente e a frio, <strong>de</strong> forma a remover parte dos compostos fenólicos e a maior<br />

parte <strong>da</strong> água. Utilizou-se acetona, metanol e metanol acidificado tendo-se obtido<br />

extractos com teores <strong>de</strong> compostos fenólicos entre 15 a 96 equivalentes <strong>de</strong> ácido<br />

gálico (mg/g <strong>de</strong> resíduo). Após a extracção o resíduo foi seco em estufa ou à<br />

temperatura ambiente tendo-se obtido um material vegetal seco e a<strong>de</strong>quado a<br />

incorporação numa ração animal.<br />

Palavras-Chave: Alimentação animal, Batata, Compostos fenólicos, Resíduos<br />

Abstract<br />

The residue from the potato peel is rich in starch but it has water content and a<br />

concentration of phenolic compounds thatlimits its use as a food additive. In this work<br />

we studied the treatment of such wastes with hot and cold polar organic solvents, in<br />

or<strong>de</strong>r to remove part of the phenolic compounds and most of the water. The solvents<br />

usedwere acetone, methanol and acidified methanol and the extracts obtained showed<br />

levels of phenolic compounds from 15 to 96 of gallic acid equivalents (mg / g residue).<br />

After extraction the residue was dried in an oven or at room temperature and yiel<strong>de</strong>d a<br />

dry plant material suitable for incorporation into animal feed.<br />

Keywords: Animal feed, Phenolic compounds, Potato, Wastes<br />

1Mestre em Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> Alimentar, Professora do Ensino Secundário, mlfccca@sapo.pt<br />

2 Doutora em Química, Professora Auxiliar do Departamento <strong>de</strong> Ciências e Tecnologia <strong>da</strong> Biomassa, Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Ciências e Tecnologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Nova <strong>de</strong> Lisboa, mmpg@fct.unl.pt<br />

3 Doutora e Agrega<strong>da</strong> em Engenharia do Ambiente, Professora Associa<strong>da</strong> com Agregação do Departamento <strong>de</strong><br />

Ciências e Tecnologia <strong>da</strong> Biomassa, Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências e Tecnologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Nova <strong>de</strong> Lisboa,<br />

bm@fct.unl.pt


1. Introdução<br />

Lur<strong>de</strong>s Cavaleiro, Margari<strong>da</strong> Gonçalves, Benil<strong>de</strong> Men<strong>de</strong>s. <strong>Valorização</strong> <strong>de</strong> <strong>resíduos</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> <strong>batata</strong><br />

O resíduo resultante <strong>da</strong> remoção <strong>da</strong> pele <strong>de</strong> <strong>batata</strong> é produzido em diversas<br />

<strong>indústria</strong>s transformadoras <strong>de</strong>ste tubérculo, mediante um processo mecânico abrasivo<br />

que ocorre sob um jacto <strong>de</strong> água.<br />

Este resíduo é rico em amido e compostos fenólicos, e mesmo após <strong>de</strong>cantação <strong>da</strong><br />

água em excesso continua a apresentar um elevado teor <strong>de</strong> humi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Assim, este<br />

tipo <strong>de</strong> produto <strong>de</strong>compõe-se rapi<strong>da</strong>mente se for armazenado à temperatura ambiente<br />

e a sua <strong>de</strong>posição em aterro implica custos para as empresas que os produzem.<br />

Os <strong>resíduos</strong> ricos em pele <strong>de</strong> <strong>batata</strong> po<strong>de</strong>m ser utilizados na alimentação animal e<br />

humana, na produção <strong>de</strong> fertilizantes orgânicos, na fabricação <strong>de</strong> papel reciclado e na<br />

produção <strong>de</strong> bioenergia via digestão anaeróbia (Pires e Mattiazzo, 2011). No entanto a<br />

incorporação <strong>de</strong>stes <strong>resíduos</strong> na alimentação está limita<strong>da</strong> pelo seu teor <strong>de</strong> compostos<br />

fenólicos e glicoalcalói<strong>de</strong>s bem como, pelo elevado teor <strong>de</strong> água que dificulta a sua<br />

incorporação neste tipo <strong>de</strong> produtos.<br />

Por outro lado, a pele <strong>de</strong> <strong>batata</strong> é rica em compostos fenólicos que po<strong>de</strong>m ter<br />

interesse como aditivos antioxi<strong>da</strong>ntes para óleos vegetais (Moh<strong>da</strong>ly et al., 2010), como<br />

é o caso do óleo <strong>de</strong> soja (Zia-ur-Rehman et al., 2004). A inibição <strong>da</strong> peroxi<strong>da</strong>ção<br />

lipídica durante os processos <strong>de</strong> preservação ou processamento <strong>de</strong> carnes são outra<br />

aplicação possível <strong>de</strong>stes extractos (Kanatt et al., 2005).<br />

Este tipo <strong>de</strong> aplicações permite além disso substituir os antioxi<strong>da</strong>ntes sintéticos<br />

butilhidroxitolueno (BHT) e butilhidroxianisole (BHA), em relação aos quais existem<br />

crescentes evidências <strong>de</strong> efeitos nocivos para a saú<strong>de</strong>, nomea<strong>da</strong>mente efeitos<br />

cancerígenos (Umemura et al., 2006).<br />

Neste trabalho estudou-se a extracção <strong>de</strong> <strong>resíduos</strong> <strong>de</strong> <strong>batata</strong> com solventes<br />

hidrossolúveis que removem simultaneamente uma fracção substancial dos<br />

compostos fenólicos existentes na pele <strong>da</strong> <strong>batata</strong> e a maior parte <strong>da</strong> água presente no<br />

resíduo.<br />

2. Materiais e Métodos<br />

O resíduo <strong>de</strong> <strong>batata</strong> utilizado neste trabalho foi fornecido por uma <strong>indústria</strong> <strong>de</strong><br />

produção <strong>de</strong> <strong>batata</strong> frita e transportado em contentor refrigerado. Imediatamente após<br />

a recepção no laboratório foi dividido em sub-amostras, que foram <strong>de</strong> segui<strong>da</strong><br />

congela<strong>da</strong>s a -20 ºC. Cerca <strong>de</strong> 20 g <strong>de</strong> resíduo <strong>de</strong> <strong>batata</strong> foram dispersos em 100 mL<br />

<strong>de</strong> solvente utilizando um homogeneizador eléctrico. A mistura foi incuba<strong>da</strong> no escuro,<br />

a 20 ºC, durante 3h ou aqueci<strong>da</strong> a refluxo durante o mesmo período <strong>de</strong> tempo. A<br />

mistura foi filtra<strong>da</strong> sob vácuo e o resíduo sólido foi colocado sobre papel absorvente e<br />

seco durante 24 h, à temperatura ambiente (~28 ºC) ou em estufa <strong>de</strong> convecção, a 70<br />

ºC. Os solventes utilizados foram acetona, metanol e metanol acidificado com HCl em<br />

concentrações <strong>de</strong> 0,1 % (v/v) e <strong>de</strong> 1 % (v/v).<br />

Os solventes dos extractos foram eliminados em evaporador rotativo e o resíduo foi<br />

pesado e redissolvido em 10 mL <strong>de</strong> acetona ou <strong>de</strong> metanol. O teor <strong>de</strong> compostos<br />

fenólicos dos extractos concentrados foi <strong>de</strong>terminado pela reacção <strong>de</strong> Folin-Ciocalteu,<br />

optimiza<strong>da</strong> para esta matriz: uma alíquota do extracto concentrado (0,5 mL) foi<br />

mistura<strong>da</strong> com 0,5 mL <strong>de</strong> reagente <strong>de</strong> Folin-Ciocalteu (2N) e 4 mL <strong>de</strong> Na2CO3 (5 %<br />

p/v) e foi incuba<strong>da</strong> no escuro, à temperatura ambiente. A absorvância <strong>da</strong> mistura foi<br />

<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> a 765 nm contra um branco <strong>de</strong> metanol ou acetona.<br />

Construiu-se uma recta <strong>de</strong> calibração utilizando soluções <strong>de</strong> ácido gálico em<br />

metanol na gama <strong>de</strong> 25 mg/L a 250 mg/L que foram submeti<strong>da</strong>s às mesmas condições<br />

reaccionais. O teor <strong>de</strong> compostos fenólicos dos extractos foi expresso em equivalentes<br />

<strong>de</strong> ácido gálico em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> miligrama /grama <strong>de</strong> extracto.<br />

2


Lur<strong>de</strong>s Cavaleiro, Margari<strong>da</strong> Gonçalves, Benil<strong>de</strong> Men<strong>de</strong>s. <strong>Valorização</strong> <strong>de</strong> <strong>resíduos</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> <strong>batata</strong><br />

3. Resultados e Discussão<br />

O rendimento mássico <strong>de</strong> extracto bruto seco obtido na extracção a quente foi em<br />

média superior para o metanol do que para a acetona e, aumentou com o aumento na<br />

concentração <strong>de</strong> ácido clorídrico (Figura 1). No caso <strong>da</strong> extracção a frio não se<br />

observaram diferenças significativas do rendimento <strong>de</strong> extracção para os vários<br />

solventes utilizados.<br />

Figura 1 – Rendimento mássico (% m/m) <strong>de</strong> extracto bruto seco para as extracções do resíduo<br />

<strong>de</strong> <strong>batata</strong>, efectua<strong>da</strong> a quente e a frio, com diferentes solventes.<br />

Estes resultados parecem indicar que na extracção a frio se efectuou apenas a<br />

solubilização dos componentes do resíduo que se encontram numa forma “livre”,<br />

sendo portanto solvata<strong>da</strong>s pelo solvente, pelo que não se observaram diferenças<br />

significativas entre acetona, metanol e metanol acidificado.<br />

Já no caso <strong>da</strong> extracção a quente observa-se uma diferença mais acentua<strong>da</strong> entre<br />

um solvente prótico como o metanol e um solvente aprótico como a acetona e obtevese<br />

um aumento no rendimento <strong>da</strong> extracção na presença <strong>de</strong> ácido. Verificou-se ain<strong>da</strong><br />

que no caso do metanol, a extracção a quente apresentou um rendimento<br />

significativamente superior ao rendimento <strong>da</strong>s correspon<strong>de</strong>ntes extracções a frio.<br />

Assim, o extracto bruto obtido a quente parece conter componentes que se encontram<br />

ligados à matriz do resíduo através <strong>de</strong> ligações químicas susceptíveis <strong>de</strong> hidrólise por<br />

efeito <strong>de</strong> temperatura, meio ácido e solventes próticos.<br />

O teor <strong>de</strong> compostos fenólicos presentes no extracto bruto variou entre 15 a 23<br />

equivalentes <strong>de</strong> ácido gálico (mg/g) nas extracções efectua<strong>da</strong>s a frio e entre 42 a 96<br />

equivalentes <strong>de</strong> ácido gálico (mg/g) nas extracções efectua<strong>da</strong>s a quente (Figura 2).<br />

O extracto bruto com maior teor <strong>de</strong> compostos fenólicos totais foi o obtido a quente<br />

com metanol puro. Assim, a temperatura e a utilização <strong>de</strong> solventes próticos parece<br />

favorecer a extracção <strong>de</strong> compostos fenólicos mas o mesmo não se verifica no que diz<br />

respeito à utilização <strong>de</strong> ácido. Consequentemente, os compostos extraídos<br />

preferencialmente com ácido, serão outro tipo <strong>de</strong> metabolitos <strong>da</strong> <strong>batata</strong>, que não<br />

apresentam um centro fenólico.<br />

Observou-se ain<strong>da</strong> que o extracto bruto obtido na extracção a frio é<br />

significativamente menos rico em compostos fenólicos do que o extracto obtido a<br />

quente.<br />

3


Lur<strong>de</strong>s Cavaleiro, Margari<strong>da</strong> Gonçalves, Benil<strong>de</strong> Men<strong>de</strong>s. <strong>Valorização</strong> <strong>de</strong> <strong>resíduos</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> <strong>batata</strong><br />

O resíduo obtido após a extracção foi seco durante 24h, em estufa a 70 ºC ou à<br />

temperatura ambiente (~28 ºC) obtendo-se em qualquer dos casos, um material <strong>de</strong><br />

granulometria regular e com baixo teor <strong>de</strong> água que apresenta características físicas<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s à incorporação em rações animais.<br />

Equivalente <strong>de</strong> Ácido Gálico<br />

(mg/g <strong>de</strong> extracto)<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Extracção a frio<br />

Extracção a quente<br />

Acetona 100% Metanol 100% Metanol HCl 0,1%Metanol HCl 1%<br />

Solventes <strong>de</strong> Extracção<br />

Figura 2 – Teor <strong>de</strong> compostos fenólicos dos extractos brutos obtidos a partir do resíduo <strong>de</strong><br />

<strong>batata</strong> por extracção a frio e a quente com diferentes solventes.<br />

Não se observa uma diferença visual notória entre o resíduo seco em estufa ou à<br />

temperatura ambiente pois, no processo <strong>de</strong> secagem elimina-se maioritariamente<br />

acetona ou metanol, solventes que têm uma volatili<strong>da</strong><strong>de</strong> apreciável a baixa<br />

temperatura. A secagem do resíduo extraído à temperatura ambiente permite reduzir<br />

substancialmente o seu teor <strong>de</strong> humi<strong>da</strong><strong>de</strong> sem os gastos energéticos e, portanto<br />

económicos inerentes à secagem em estufa. A secagem do resíduo <strong>de</strong> <strong>batata</strong> é uma<br />

operação essencial para o seu armazenamento e transporte em condições mais<br />

vantajosas, e portanto para viabilizar a sua reutilização noutras <strong>indústria</strong>s.<br />

A utilização <strong>de</strong> ácido no passo <strong>de</strong> extracção altera a coloração final do resíduo<br />

extraído (Figura 3) o que é mais uma evidência <strong>da</strong> participação do ácido em reacções<br />

<strong>de</strong> interacção química com a matriz.<br />

Figura 3 – Fotografias <strong>de</strong> resíduo <strong>de</strong> <strong>batata</strong> extraído a quente com: a) metanol acidificado e b)<br />

metanol puro.<br />

Por outro lado o resíduo tratado com ácido tem uma tonali<strong>da</strong><strong>de</strong> mais clara po<strong>de</strong>rá<br />

ter melhor aceitação em aplicações alimentares ou se este resíduo for utilizado na<br />

produção <strong>de</strong> papel reciclado.<br />

4


4. Conclusões<br />

Lur<strong>de</strong>s Cavaleiro, Margari<strong>da</strong> Gonçalves, Benil<strong>de</strong> Men<strong>de</strong>s. <strong>Valorização</strong> <strong>de</strong> <strong>resíduos</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> <strong>batata</strong><br />

A homogeneização mecânica e extracção <strong>de</strong> resíduo <strong>de</strong> <strong>batata</strong> com acetona,<br />

metanol ou metanol acidificado permitiu remover a maior parte <strong>da</strong> água presente neste<br />

resíduo por secagem à temperatura ambiente.<br />

A extracção com metanol a quente permitiu obter o maior rendimento mássico <strong>de</strong><br />

extracção (metanol acidificado a 1 % v/v) e o maior teor <strong>de</strong> compostos fenólicos por<br />

grama <strong>de</strong> extracto (metanol puro).<br />

A utilização <strong>de</strong> ácido proporciona, além <strong>de</strong> um maior rendimento <strong>de</strong> extracção, a<br />

obtenção <strong>de</strong> um resíduo <strong>de</strong> cor mais clara que po<strong>de</strong>rá ter melhor aceitação em<br />

algumas aplicações.<br />

Referências Bibliográficas<br />

Kanatt, S.R., Chan<strong>de</strong>r, R., Radhakrishna, P., Sharma, A., 2005, “Potato Peel Extracts - a<br />

Natural Antioxi<strong>da</strong>nt for Retarding Lipid Peroxi<strong>da</strong>tion in Radiation Processed Lamb Meat”,<br />

Journal of Agricultural and Food Chemistry, 53, pp.1499-1504.<br />

Moh<strong>da</strong>ly, A.A.A., Sarhan, M.A., Mahmoud, A., Rama<strong>da</strong>n, M.F., Smetanska I., 2010, “Antioxi<strong>da</strong>nt<br />

efficacy of potato peels and sugar beet pulp extracts in vegetable oils protection”, Food<br />

Chemistry, 123, pp.1019–1026.<br />

Pires, A.M.M., Mattiazzo, M.E., 2011, ”Efluentes <strong>da</strong> Indústria Processadora <strong>de</strong> Batata X<br />

Preservação do Meio Ambiente. Ênfase no Uso Agrícola <strong>de</strong> Resíduos”, in<br />

http://www.abba<strong>batata</strong>brasileira.com.br/minas2005/07%20%20Efluentes%20x%20meio%20<br />

ambiente.pdf<br />

Umemura, T., Ko<strong>da</strong>ma, Y., Nishikawa, A., Hioki, K., Nomura, T., Kanki, K., Kuroiwa, Y., Ishii, Y.,<br />

Kurokawa, Y., Hirose,M., 2006, “Nine-week <strong>de</strong>tection of six genotoxic lung carcinogens<br />

using the rasH2/BHT mouse mo<strong>de</strong>l”, Cancer Letters, 231, pp.314–318.<br />

Zia-ur-Rehman, Habib, F., Shah, W.H., 2004, “Utilization of potato peels extract as a natural<br />

antioxi<strong>da</strong>nt in soy bean oil”, Food Chemistry, 85, pp. 215–220.<br />

5

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!