Iguarias do Centro - Bacalhau
Iguarias do Centro - Bacalhau Iguarias do Centro - Bacalhau
Iguarias do Centro Bacalhau 1 # 02
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<strong>Iguarias</strong><br />
<strong>do</strong> <strong>Centro</strong><br />
<strong>Bacalhau</strong><br />
1<br />
# 02
Gadus<br />
mohrua<br />
<strong>Bacalhau</strong> é a designação portuguesa para<br />
a espécie Gadus morhua, peixe de águas<br />
frias pertencente à família <strong>do</strong>s gadídeos.<br />
Vive nos mares <strong>do</strong> Hemisfério Norte, perto<br />
<strong>do</strong> círculo polar, circulan<strong>do</strong> em cardumes<br />
que podem deslocar-se da região da Terra<br />
Nova para a Islândia e Noruega. Cada fêmea<br />
produz entre quatro a nove milhões<br />
de ovos que coloca em zonas específicas<br />
<strong>do</strong> oceano, com fun<strong>do</strong>s relativamente baixos<br />
e temperatura entre os 4 e os 12 graus.<br />
É um peixe com baixo teor de gordura, o que<br />
lhe permite ser conserva<strong>do</strong> com sal e seco<br />
ao sol. Para isso é prepara<strong>do</strong> de uma forma<br />
especial que começa a bor<strong>do</strong> no navio<br />
e acaba na seca, em terra.<br />
2<br />
Da “descoberta” <strong>do</strong> bacalhau<br />
à epopeia portuguesa<br />
da pesca <strong>do</strong> fiel amigo<br />
O bacalhau terá si<strong>do</strong> descoberto pelos vikings,<br />
da<strong>do</strong> ser um peixe muito abundante nos mares<br />
por eles navega<strong>do</strong>s. No entanto, após a sua<br />
captura, limitavam-se a secá-lo ao ar livre até<br />
endurecer, sem qualquer recurso ao sal.<br />
De forma a garantir a durabilidade <strong>do</strong> bacalhau<br />
seco, os bascos, cujas frotas terão si<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong><br />
os historia<strong>do</strong>res, das primeiras a pescar tão<br />
nobre peixe, começaram a promover a sua salga<br />
antes de o secarem. Este méto<strong>do</strong> revolucionário<br />
fomentava uma melhor conservação, mantinha<br />
os nutrientes e apurava o paladar daquele peixe.<br />
Numa época em que os méto<strong>do</strong>s de conservação<br />
eram altamente precários e em que os alimentos<br />
se degradavam facilmente, o bacalhau<br />
agitou violentamente os hábitos alimentares<br />
das populações.<br />
Os portugueses, senhores de uma frente costeira<br />
imensa e de uma vasta experiência na<br />
arte da navegação, depressa seguiram aquele<br />
exemplo, ten<strong>do</strong> inicia<strong>do</strong> no século XVI também<br />
a pesca longínqua daquele apeteci<strong>do</strong> peixe.<br />
O empenho com que abraçaram esta activida-<br />
de foi de tal ordem que a pesca <strong>do</strong> bacalhau pelas<br />
frotas portuguesas atingiu picos ainda hoje<br />
considera<strong>do</strong>s históricos.
Origens <strong>do</strong> nome<br />
“<strong>Bacalhau</strong>”<br />
O nome de bacalhau deriva <strong>do</strong> latim baccalaureu,<br />
que significa bacharel. Ao bacalhau também<br />
era dada a designação de badejo, palavra que<br />
vem <strong>do</strong> diminutivo espanhol de abad, abade.<br />
Curadilo, outra designação dada ao bacalhau em<br />
espanhol, provirá, segun<strong>do</strong> Carolina Michaelis,<br />
de cura – conservar por meio de fumo, sal ou exposição<br />
solar. Outros autores defendem que bacalhau<br />
terá deriva<strong>do</strong> <strong>do</strong> neerlandês kabeelauw,<br />
bakeljauw, o que se julga improvável, por, como<br />
esclarece G. Viana, portugueses e espanhóis<br />
terem ti<strong>do</strong> primeiro contacto com este peixe.<br />
O vocábulo é relativamente recente na Península<br />
Ibérica, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> a primeira vez referencia<strong>do</strong><br />
no século XVI. A designação de gadus na classificação<br />
taxonómica <strong>do</strong> bacalhau <strong>do</strong> Atlântico Norte<br />
– Gadus morhua – provém da forma latinizada<br />
<strong>do</strong> grego ga<strong>do</strong>s, que significa pescada. Morhua<br />
será a forma latinizada de morue (bacalhau em<br />
francês), cuja origem, por sua vez, vem <strong>do</strong> celta<br />
mor (mar) e <strong>do</strong> francês antigo – Ius <strong>do</strong> latim lucius,<br />
peixe de água <strong>do</strong>ce.<br />
3
A Faina Maior<br />
A dureza da pesca<br />
<strong>do</strong> <strong>Bacalhau</strong> à linha<br />
To<strong>do</strong>s os anos, no início da Primavera, uma frota<br />
de diversos veleiros rumava aos mares da Terra<br />
Nova e Gronelândia, onde procuravam carregar<br />
os seus porões de bacalhau.<br />
Durante a viagem, cada pesca<strong>do</strong>r preparava<br />
a sua pequena embarcação – o Dori - que iria<br />
utilizar naquele mar longínquo e gela<strong>do</strong> para<br />
pescar o “ Fiel Amigo”.<br />
Depois de alcança<strong>do</strong> o destino espera<strong>do</strong>, era altura<br />
de colocar (arriar) os <strong>do</strong>ris no mar e cada<br />
pesca<strong>do</strong>r, castiga<strong>do</strong> diariamente pelas agruras<br />
<strong>do</strong> frio e de uma disciplina rigorosíssima,<br />
iniciar a sua faina solitária, dia a dia, pescan<strong>do</strong><br />
e transportan<strong>do</strong> para o seu lugre o peixe com<br />
que carregava, até mais não poder, a sua pequena<br />
embarcação…até os porões <strong>do</strong>s navios<br />
estarem repletos de peixe.<br />
Terminada a pesca diária, era chegada a hora<br />
de preparar (escalar) o bacalhau, retiran<strong>do</strong>-lhe<br />
diversas partes, (as línguas, as caras e os samos)<br />
que constituem também outros elementos da<br />
cozinha tradicional.<br />
A primeira operação era efectuada pelo troteiro,<br />
que degolava o peixe e lhe abria a barriga.<br />
4<br />
Seguia-se o retirar das vísceras e guelras, se-<br />
paran<strong>do</strong> a cabeça <strong>do</strong> corpo e preparan<strong>do</strong>-o para<br />
a operação mais delicada: a escala.<br />
O escala<strong>do</strong>r abria-o ao meio, retirava-lhe uma<br />
parte da espinha <strong>do</strong>rsal e dava-lhe o formato<br />
que conhecemos. Escala<strong>do</strong> e lava<strong>do</strong>, o bacalhau<br />
ia para o porão, onde era espalma<strong>do</strong> e coberto<br />
com sal.<br />
Com o aproximar <strong>do</strong> Outono... o tempo começava<br />
a refrescar... os porões estavam quase cheios...<br />
era chega<strong>do</strong> o momento de rumar até ao porto<br />
de origem onde o bacalhau sofreria a sua<br />
penúltima etapa.<br />
Retira<strong>do</strong> <strong>do</strong>s porões, o bacalhau era descarrega<strong>do</strong><br />
nas secas onde era lava<strong>do</strong> e coloca<strong>do</strong><br />
ao Sol (trabalho que era efectua<strong>do</strong> exclusivamente<br />
por mulheres), em redes próprias que<br />
permitiam a ventilação. Esta secagem permitia<br />
a desidratação <strong>do</strong> peixe até que perdesse, pelo<br />
menos, 54% da água <strong>do</strong> organismo. Só nessa<br />
altura estava pronto para ser coloca<strong>do</strong> nos<br />
meios de distribuição e entrar no lar de cada<br />
um de nós.
Ílhavo<br />
Capital Portuguesa <strong>do</strong> <strong>Bacalhau</strong><br />
A situação geográfica de Ílhavo condicionou<br />
de forma inevitável a sua história. A proximidade<br />
<strong>do</strong> mar definiu, para além de uma fértil<br />
agricultura, a pesca e a salga como principais<br />
sectores económicos.<br />
O bacalhau, peixe precioso e universalmente<br />
conheci<strong>do</strong> pelo seu paladar requinta<strong>do</strong>,<br />
encontra-se intimamente relaciona<strong>do</strong> com o<br />
Município de Ílhavo, terra de lendários e corajosos<br />
marinheiros que, nos mares frios da Terra<br />
Nova e da Gronelândia, sofreram na pele as<br />
5<br />
agruras de uma faina de dureza incomparável.<br />
Sem nunca proferirem palavras de desencanto<br />
ou de lamúria, estes homens suportaram,<br />
em meses e meses de ausência de terra firme,<br />
condições de extrema adversidade atmosférica<br />
e de grande carência alimentar. O objectivo era<br />
só um… conseguir o ganha-pão de toda uma família<br />
que aguardava expectante o seu regresso.<br />
Por tu<strong>do</strong> isto, e muito mais, a pesca <strong>do</strong> bacalhau,<br />
iniciada em mares longínquos durante o século<br />
XVI, converteu-se num <strong>do</strong>s mais importantes<br />
pilares da riqueza <strong>do</strong>s ilhavenses.
O <strong>Bacalhau</strong><br />
iguaria imprescindível<br />
na mesa de to<strong>do</strong>s<br />
os portugueses<br />
À época das grandes navegações e descobertas,<br />
o bacalhau foi de imediato incorpora<strong>do</strong><br />
nos hábitos alimentares <strong>do</strong>s portugueses,<br />
passan<strong>do</strong> a ocupar um lugar de destaque<br />
na sua alimentação, sen<strong>do</strong> ainda hoje um<br />
<strong>do</strong>s pratos símbolo da cultura gastronómica<br />
<strong>do</strong> nosso País e, muito provavelmente,<br />
o alimento com mais formas de receitas <strong>do</strong><br />
mun<strong>do</strong> inteiro.<br />
Se por um la<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> de conservação<br />
<strong>do</strong> bacalhau constituiu um estímulo ao seu<br />
consumo, também o calendário cristão, imposto<br />
pela Igreja Católica a partir da Idade Média,<br />
contribuiu sobejamente para o aumento<br />
<strong>do</strong> consumo desse peixe. Estan<strong>do</strong> os cristãos<br />
impedi<strong>do</strong>s de consumir carne durante os dias<br />
de jejum, o bacalhau, por ser mais barato,<br />
constituiu-se como o alimento por excelência<br />
<strong>do</strong> povo durante as festas religiosas como<br />
o Natal e a Páscoa.<br />
Aquan<strong>do</strong> da Segunda Guerra Mundial a escassez<br />
de alimentos que se fazia sentir em toda<br />
a Europa levou à subida <strong>do</strong>s seus preços.<br />
O bacalhau tornou-se então um produto de<br />
difícil aquisição, apenas acessível às camadas<br />
mais altas da sociedade. Os mais carencia<strong>do</strong>s<br />
apenas se davam ao luxo de o consumirem<br />
nas principais festas cristãs, nomeadamente<br />
no Natal.<br />
Com o passar <strong>do</strong>s séculos, muitas alterações<br />
foram sentidas em Portugal a nível religioso<br />
e financeiro, mas a tradição <strong>do</strong> consumo <strong>do</strong><br />
bacalhau, com especial destaque para a Ceia<br />
de Natal, manteve-se inabalável até aos dias<br />
de hoje.<br />
6
As<br />
Categorias<br />
<strong>do</strong> <strong>Bacalhau</strong><br />
O conhecimento das categorias em que se<br />
encontra dividi<strong>do</strong> o <strong>Bacalhau</strong> permite ao<br />
consumi<strong>do</strong>r realizar uma melhor escolha.<br />
De acor<strong>do</strong> com a legislação portuguesa o<br />
bacalhau salga<strong>do</strong> e seco é classifica<strong>do</strong> de<br />
primeira ou segunda categoria, dependen<strong>do</strong><br />
da forma como é apresenta<strong>do</strong>, ou seja, se<br />
apresenta ou não lesões exteriores.<br />
Assim, considera-se de primeira categoria<br />
o bacalhau que esteja bem corta<strong>do</strong> e escova<strong>do</strong><br />
e que tenha si<strong>do</strong> salga<strong>do</strong> e seco de acor<strong>do</strong><br />
com o méto<strong>do</strong> correcto. Dessa forma, deve<br />
apresentar uma cor amarela ou creme clara<br />
(o que por regra se designa por cor palha,<br />
nunca demasia<strong>do</strong> branca). Dentro da primeira<br />
categoria, podemos encontrar cinco subclassificações:<br />
ESPECIAL - COM 3 KG OU MAIS<br />
GRAÚDO - DE 3KG A 2KG<br />
CRESCIDO - DE 2KG A 1 KG<br />
CORRENTE - DE 1KG A 0,5 KG<br />
MIÚDO - ATÉ 0,5 KG<br />
O bacalhau de segunda categoria é classifica<strong>do</strong><br />
dessa maneira porque apresenta<br />
lesões ou defeitos na pele. Porém, a classificação<br />
de segunda categoria não é indicativo<br />
de falta de qualidade, mas apenas de pouco<br />
cuida<strong>do</strong> no manuseamento.<br />
A subclassificação desta categoria é sempre<br />
Sorti<strong>do</strong>, poden<strong>do</strong> variar o seu peso de cerca<br />
de 3 a 0,5Kg.
Demolha<br />
<strong>do</strong> <strong>Bacalhau</strong><br />
A demolha <strong>do</strong> bacalhau serve não<br />
só para retirar o excesso de sal, mas<br />
também para que aquele peixe volte<br />
a ganhar volume.<br />
A demolha de bacalhau é, resumidamente,<br />
o processo mediante o qual o<br />
peixe salga<strong>do</strong> seco retoma o nível de<br />
água que perdeu durante o processo<br />
de secagem. Como, em regra, o bacalhau<br />
perdeu metade <strong>do</strong> seu peso, ele<br />
irá voltar a ganhar peso e dimensão.<br />
8<br />
Ao ser demolha<strong>do</strong>, as fibras musculares<br />
<strong>do</strong> bacalhau irão ficar mais<br />
soltas e, quan<strong>do</strong> cozinhadas, irão<br />
separar-se mais facilmente. Para<br />
que a demolha seja eficaz, ela deve<br />
ser feita em água fria, trocan<strong>do</strong>-se a<br />
água de 6 em 6 horas. O ideal é que<br />
essa demolha seja feita em água<br />
abaixo <strong>do</strong>s 8º de temperatura.<br />
O tempo de demolha para um bacalhau<br />
cresci<strong>do</strong> ronda as 48 horas.
Receitas<br />
regionais<br />
Chora<br />
Receita cedida pela Confraria Gastronómica <strong>do</strong><br />
<strong>Bacalhau</strong><br />
1 Kg de caras de bacalhau salga<strong>do</strong> ou fresco<br />
1 dl de azeite<br />
4 Dentes de alho<br />
1 Cebola grande (ou 2 cebolas pequenas)<br />
1 colher (sopa) de polpa de tomate<br />
1 Kg de batatas<br />
100 g de massa macarronete<br />
Sal q.b.<br />
Se as caras forem salgadas, demolhe-as convenientemente.<br />
Se forem frescas, lave-as apenas<br />
e tempere-as com bastante sal, deixan<strong>do</strong> repousar<br />
durante duas horas.<br />
Caras de <strong>Bacalhau</strong> fritas<br />
Receita cedida pela Confraria Gastronómica <strong>do</strong><br />
<strong>Bacalhau</strong><br />
de bacalhau<br />
Descasque as batatas, corte-as em rodelas finas<br />
com cerca de 5mm e lave-as. Descasque<br />
os alhos e lasque-os. Descasque as cebolas e<br />
corte-as em rodelas muito finas.<br />
Deite o azeite numa panela, leve ao lume e<br />
junte-lhe os alhos e a cebola. Mexa até estar<br />
quase a alourar. Depois, junte a polpa de tomate<br />
e mexa bem. Adicione 2 l de água e as batatas.<br />
Tempere de sal, tape e deixe cozer.<br />
Quan<strong>do</strong> as batatas estiverem quase cozidas,<br />
junte-lhes a massa e as caras de bacalhau demolhadas<br />
e escorridas, se forem salgadas, ou<br />
lavadas <strong>do</strong> sal, se forem frescas. Volte a tapar e<br />
deixe ferver mais 7 a 10 minutos. Servia-se com<br />
muito pão.<br />
Nota:<br />
A Chora teve origem a bor<strong>do</strong> <strong>do</strong>s veleiros da<br />
frota bacalhoeira, mais não sen<strong>do</strong> <strong>do</strong> que uma<br />
sopa que era servida aos pesca<strong>do</strong>res após a<br />
dureza <strong>do</strong> trabalho heróico de pescar, escalar e<br />
salgar o bacalhau apanha<strong>do</strong> diariamente. Dada<br />
a compreensível escassez de vegetais e outros<br />
alimentos frescos, a Chora era feita quase<br />
sempre apenas com arroz ou massa e caras de<br />
bacalhau. Também se fazia com os ossos <strong>do</strong><br />
bacalhau.<br />
700 g de Caras de bacalhau pequenas<br />
(congeladas ou salgadas)<br />
Sal q.b.<br />
Pimenta q.b.<br />
Sumo de limão q.b.<br />
3 Dentes de alho<br />
Azeite (para fritar)<br />
Lave e enxugue as caras de bacalhau (ou demolhe<br />
as caras salgadas). Tempere-as com sal,<br />
pimenta, alhos esmaga<strong>do</strong>s e um pouco de sumo<br />
de limão. Deixe repousar assim durante uma<br />
hora. Em seguida, sacuda os alhos e frite-as em<br />
pouco azeite.
Caras de <strong>Bacalhau</strong> panadas<br />
Receita cedida pela Confraria Gastronómica <strong>do</strong><br />
<strong>Bacalhau</strong><br />
Meia desfeita de <strong>Bacalhau</strong><br />
Receita cedida pela Confraria Gastronómica <strong>do</strong><br />
<strong>Bacalhau</strong><br />
700 g de bacalhau, de preferência <strong>do</strong> lombo<br />
350 g de grão de bico<br />
2,5 dl de azeite<br />
2 Cebolas cortadas em rodelas finas<br />
3 Dentes de alho pica<strong>do</strong>s<br />
Salsa picada fresca q.b.<br />
Colorau e pimenta q.b.<br />
1 Folha de louro<br />
10<br />
700 g de Caras de bacalhau pequenas<br />
(congeladas ou salgadas)<br />
Sal q.b.<br />
Pimenta q.b.<br />
Sumo de limão q.b.<br />
3 Dentes de alho<br />
Farinha<br />
Ovo bati<strong>do</strong><br />
Pão rala<strong>do</strong><br />
Azeite (para fritar)<br />
Lave e enxugue as caras de bacalhau (ou demolhe<br />
as caras salgadas). Tempere-as com sal,<br />
pimenta, alhos esmaga<strong>do</strong>s e um pouco de sumo<br />
de limão. Deixe repousar assim durante uma<br />
hora. Em seguida, sacuda os alhos, passe as caras<br />
por farinha, retiran<strong>do</strong> o excesso, depois por<br />
ovo bati<strong>do</strong> e em seguida por pão rala<strong>do</strong>. Aconchegue<br />
com a palma das mãos e frite em azeite.<br />
Demolhe convenientemente o bacalhau, juntamente<br />
com o grão. Em cru, retire as peles e espinhas<br />
ao bacalhau e, em seguida, desfaça-o em<br />
lascas, à mão ou com a faca. Coza o grão, lava<strong>do</strong><br />
em água temperada com sal. Num tacho, deite<br />
¼ da cebola e <strong>do</strong>s alhos e um pouco de salsa<br />
picada. Por cima, espalhe 1/3 <strong>do</strong> bacalhau e <strong>do</strong><br />
grão escorri<strong>do</strong>. Cubra com outra camada igual<br />
de cebola, alhos pica<strong>do</strong>s e salsa, mas adicione,<br />
a esta e às seguintes, uma pitada de colorau e<br />
de pimenta. Repita as camadas até que a última<br />
seja de cebola, alhos, salsa, colorau e pimenta.<br />
Adicione o azeite de mo<strong>do</strong> a que fique um pouquinho<br />
abaixo <strong>do</strong> nível da última camada. Coloque<br />
a folha de louro, tape e leve ao lume, para<br />
que ferva, e deixe cozer entre 10 e 15 minutos.<br />
Nota:<br />
O nível <strong>do</strong> azeite deve ficar cerca de 4 cm abaixo<br />
<strong>do</strong>s bor<strong>do</strong>s <strong>do</strong> tacho.
Sopa de <strong>Bacalhau</strong><br />
(Sexta-feira Santa)<br />
Arquivos antiga Região de Turismo Rota da Luz <strong>Bacalhau</strong><br />
Couves<br />
Cebola<br />
Alho<br />
Pimenta<br />
Colorau<br />
<strong>Bacalhau</strong> à Confraria<br />
Receita cedida pela Confraria Gastronómica <strong>do</strong><br />
<strong>Bacalhau</strong><br />
4 Postas de bacalhau graú<strong>do</strong> com cerca de<br />
160gr cada<br />
Farinha<br />
1 Ovo bati<strong>do</strong><br />
Pão rala<strong>do</strong><br />
1 Cebola grande cortada em rodelas finas<br />
3 Dentes de alho corta<strong>do</strong>s em rodelas finas<br />
1,5 dl de azeite<br />
1kg de batatas<br />
Óleo para fritar as batatas<br />
Presunto<br />
Azeitonas<br />
Salsa picada<br />
11<br />
Coze-se o bacalhau com as couves.<br />
Escoa-se a água, que se reserva.<br />
À parte faz-se um estrugi<strong>do</strong> com cebola, alho,<br />
pimenta, colorau que se junta à água de cozer<br />
o bacalhau. Serve-se o cal<strong>do</strong> com pão torra<strong>do</strong>.<br />
Demolhe convenientemente o bacalhau. Esco-<br />
-rra-o e escalde-o em água a ferver, retire-o<br />
com cuida<strong>do</strong> e tire-lhe as espinhas sem deformar<br />
as postas. Enxugue-as e passe-as primeiro<br />
por farinha, depois por ovo bati<strong>do</strong> e em seguida<br />
por pão rala<strong>do</strong>. Aconchegue-as e sacuda os<br />
excessos. Num tabuleiro, espalhe um pouco de<br />
azeite, metade <strong>do</strong>s alhos e metade da cebola e,<br />
por cima, coloque as postas de bacalhau. Em seguida<br />
espalhe por cima deste o resto <strong>do</strong>s alhos<br />
e da cebola e regue com o restante azeite. Leve<br />
a assar no forno a 170º durante 20 a 30 minutos,<br />
regan<strong>do</strong> uma vez por outra com o próprio<br />
azeite, sem deixar assar demais até o bacalhau<br />
ficar lourinho. Frite algumas fatias de presunto<br />
em óleo quente.<br />
Depois de tu<strong>do</strong> pronto o bacalhau é servi<strong>do</strong> com<br />
o presunto frito e é acompanha<strong>do</strong> com batatas<br />
fritas em rodelas e azeitonas, polvilhan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong><br />
com salsa picada.<br />
Também pode ir ao forno já com as batatas fritas<br />
em volta e a cebola por cima.<br />
Nota <strong>do</strong> Grão-mestre:<br />
A receita é simples, o “segre<strong>do</strong>” faz parte<br />
<strong>do</strong> património gastronómico da Confraria<br />
Gastronómica <strong>do</strong> <strong>Bacalhau</strong>.
Feijoada de Samos<br />
Receita cedida pela Confraria Gastronómica <strong>do</strong><br />
<strong>Bacalhau</strong><br />
1 Cebola média<br />
2 Dentes de alho<br />
1 Latinha de tomate pela<strong>do</strong><br />
0,5 Kg de Samos<br />
2 Latas de feijão branco cozi<strong>do</strong><br />
Azeite q.b.<br />
Salsa q.b.<br />
Piripiri q.b.<br />
Sal q.b.<br />
Rodelas de chouriço vermelho q.b.<br />
1 Copo de vinho branco maduro<br />
Pataniscas de <strong>Bacalhau</strong><br />
Receita cedida pela Confraria Gastronómica <strong>do</strong><br />
<strong>Bacalhau</strong><br />
300 g de bacalhau <strong>do</strong> lombo salga<strong>do</strong><br />
100 g de farinha de trigo<br />
Sal fino q.b.<br />
Pimenta q.b.<br />
3 Ovos<br />
¼ de sumo de um limão<br />
Azeite ou azeite e óleo (para fritar)<br />
Raminhos de salsa<br />
Lave o bacalhau e retire-lhe a pele e as espinhas.<br />
Em seguida, desfie-o finamente e lave-o em<br />
várias águas frias, espremen<strong>do</strong>-o até perder o<br />
sal quase to<strong>do</strong>. No final, esprema-o bem. Numa<br />
taça, deite a farinha, sal e pimenta q.b. e os ovos<br />
e mexa tu<strong>do</strong> muito bem, até não ter grumos.<br />
Em primeiro lugar lavam-se os Samos e limpa-<br />
-se das peles escuras, cartilagens e alguma impureza.<br />
Depois escaldam-se em água a ferver,<br />
passan<strong>do</strong>-os em seguida por água fria e cortan<strong>do</strong>-os<br />
aos pedacinhos.<br />
Num tacho fazer um refoga<strong>do</strong> com o azeite, a<br />
cebola, o alho e a salsa, tu<strong>do</strong> muito bem picadinho.<br />
Depois de aloira<strong>do</strong>, deita-se o vinho branco,<br />
o tomate pela<strong>do</strong>, as rodelas de chouriço e os<br />
samos aos pedaços.<br />
Quan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> estiver cozi<strong>do</strong>, deita-se o feijão<br />
branco até ferver.<br />
Temperar com sal e piripiri a gosto. Não esquecer<br />
a água <strong>do</strong> feijão que também é necessária.<br />
Nota:<br />
Os sames, designa<strong>do</strong>s pelos bacalhoeiros por<br />
“samos”, fazem parte <strong>do</strong> baú das recordações<br />
<strong>do</strong>s antigos pesca<strong>do</strong>res <strong>do</strong> bacalhau nos mares<br />
da Terra Nova e mais não são <strong>do</strong> que as bexigasnatatórias<br />
daquele peixe. Esta era uma das<br />
poucas iguarias a que os pesca<strong>do</strong>res tinham<br />
acesso durante o tempo da faina. Os samos<br />
eram extraí<strong>do</strong>s da parte da espinha rejeitada na<br />
escala <strong>do</strong> peixe, sen<strong>do</strong> depois limpos e salga<strong>do</strong>s<br />
pelos “cães de bor<strong>do</strong>”, os moços de convés.<br />
12<br />
Adicione o sumo de limão e volte a mexer. Em<br />
seguida, junte o bacalhau e misture bem. Frite<br />
ás colheradas em azeite, ou em azeite e óleo,<br />
poucas de cada vez. Volte-as quan<strong>do</strong> for preciso<br />
e escorra-as. Sirva as pataniscas acompanhadas<br />
com raminhos de salsa.
Confrarias<br />
e Associações<br />
Em defesa da qualidade e da tradição<br />
CONFRARIA GASTRONÓMICA DO<br />
BACALHAU<br />
A referência económica, social e cultural <strong>do</strong> <strong>Bacalhau</strong><br />
no Concelho de ílhavo motivou o aparecimento,<br />
durante 1999, da Confraria Gastronómica <strong>do</strong> <strong>Bacalhau</strong>,<br />
cujo principal objectivo é o de preservar os pratos<br />
regionais feitos à base <strong>do</strong> bacalhau e promovê-<br />
-los junto das gerações mais novas. Assim, pretende<br />
a Confraria Gastronómica <strong>do</strong> <strong>Bacalhau</strong> não deixar<br />
morrer tão rica gastronomia não só na região litoral<br />
mas de to<strong>do</strong> o País, onde o “fiel amigo” sempre foi o<br />
peixe de to<strong>do</strong>s, ricos e pobres.<br />
Pretende também preservar a memória de toda<br />
a epopeia que foi a “Faina Maior”.<br />
13<br />
T 919239747<br />
APARTADO 85<br />
3834-909 ILHAVO<br />
grão.mestre@confrariabacalhauilhavo.org<br />
mestre.capitular@confrariabacalhauilhavo.org<br />
www.confrariabacalhauilhavo.org
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DAS<br />
CONFRARIAS GASTRONÓMICAS<br />
A Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas<br />
surgiu em Junho de 2001, como<br />
Associação Cultural sem fins lucrativos, e ten<strong>do</strong><br />
como finalidade principal a promoção, divulgação<br />
e defesa da Gastronomia Tradicional Portuguesa.<br />
Actualmente constituída por 68 Confrarias Gastronómicas,<br />
todas elas Associações Culturais de<br />
profun<strong>do</strong> significa<strong>do</strong> para as regiões que representam,<br />
a FPCG tem vin<strong>do</strong> a consolidar a sua estrutura<br />
organizativa, para dar resposta a to<strong>do</strong>s<br />
os desafios que hoje se colocam, quer no panorama<br />
nacional, quer no que respeita à projecção<br />
internacional.<br />
Hoje, a Federação integra um conjunto de entidades<br />
com intervenção directa e indirecta na<br />
Gastronomia enquanto produto estratégico da<br />
nossa Economia e particularmente no Turismo,<br />
sempre na defesa <strong>do</strong>s nossos produtos, <strong>do</strong>s<br />
produtores e <strong>do</strong> receituário tradicional<br />
O nosso lema será sempre a defesa das Artes<br />
Culinárias, Património Cultural <strong>do</strong> nosso País,<br />
sinónimo da convivialidade, de saber comer, de<br />
valorização das memórias, da nossa história,<br />
enfim, de um Povo.<br />
T 239 428 149<br />
RUA PEDRO DE SANTARÉM, Nº 102<br />
2000-223 SANTARÉM<br />
MORADA DA SEDE FUNCIONAL<br />
LARGO DR. DANIEL DE MATOS<br />
EDIFÍCIO DO MERCADO MUNICIPAL<br />
3350 VILA NOVA DE POIARES<br />
fpcg.geral@gmail.com<br />
www.fpcg-online.com<br />
14<br />
AIB – ASSOCIAÇÃO DOS INDUSTRIAIS DO<br />
BACALHAU<br />
A Associação <strong>do</strong>s Industriais <strong>do</strong> <strong>Bacalhau</strong> (AIB)<br />
foi fundada em Novembro de 1993, em Lisboa,<br />
ten<strong>do</strong> posteriormente transferi<strong>do</strong> a sua sede<br />
para a Gafanha da Nazaré onde se mantém actualmente.<br />
A AIB, que conta actualmente com 19 companhias<br />
associadas, é uma associação de emprega<strong>do</strong>res<br />
cujo objectivo é a promoção e desenvolvimento<br />
da actividade industrial <strong>do</strong> bacalhau<br />
e a defesa e promoção <strong>do</strong>s interesses empresariais<br />
<strong>do</strong> sector. Tem, igualmente, incumbência<br />
de representar os seus associa<strong>do</strong>s e assegurar<br />
a sua representação nos organismos em que se<br />
encontra inserida.<br />
A AIB concentra a sua actuação em temáticas<br />
que se apresentam de uma forma transversal<br />
ao sector. As questões relacionadas, por exemplo,<br />
com o ambiente ou as relações com outras<br />
organizações com interesses comuns aos da AIB<br />
levam-nos a integrar a Fileira <strong>do</strong> Pesca<strong>do</strong> ou o<br />
Cluster <strong>do</strong> Conhecimento e da Economia <strong>do</strong> Mar<br />
na defesa <strong>do</strong>s interesses das companhias nossas<br />
associadas.<br />
Visan<strong>do</strong> a promoção <strong>do</strong> bacalhau e a defesa das<br />
suas indústrias, a AIB promoveu uma candidatura<br />
<strong>do</strong> “<strong>Bacalhau</strong> de Cura Tradicional Portuguesa”<br />
ao reconhecimento como Especialidade<br />
Tradicional Garantida enquanto instrumento de<br />
preservação e garantia das características distintivas<br />
deste produto.<br />
T 234 368 002<br />
AVENIDA DOS BACALHOEIROS, Nº 290<br />
2º ESQUERDO<br />
3830-553 GAFANHA DA NAZARÉ<br />
aib@aibportugal.com<br />
www.aibportugal.com/
Recursos<br />
associa<strong>do</strong>s<br />
Ílhavo<br />
MUSEU MARÍTIMO DE ÍLHAVO<br />
O Museu Marítimo de Ílhavo é um lugar da memória<br />
<strong>do</strong>s Ilhavenses, <strong>do</strong> seu papel na abertura<br />
de Portugal ao mun<strong>do</strong>. Nasci<strong>do</strong> em 1937, habita<br />
desde Outubro de 2001 num moderno e atraente<br />
edifício da autoria <strong>do</strong>s Arquitectos Nuno<br />
Mateus e José Mateus.<br />
Nele residem três belas exposições permanentes:<br />
Sala Capitão Francisco Marques, dedicada<br />
à pesca <strong>do</strong> bacalhau à linha; Sala da Ria, testemunho<br />
das fainas agro-marítimas da laguna de<br />
Aveiro; Sala <strong>do</strong>s Mares, onde se exibe um rico<br />
conjunto de embarcações antigas em miniatura,<br />
instrumentos de pesca e outros artefactos.<br />
Uma colecção de milhares de conchas, recolhidas<br />
por to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> completa as exposições<br />
<strong>do</strong> museu.<br />
AV. DR. ROCHA MADAHIL<br />
3830 – 193 ÍLHAVO<br />
T 234 329 990 | F 234 321 797<br />
museuilhavo@cm-ilhavo.pt<br />
www.museumaritimo.cm-ilhavo.pt<br />
Outras Informações<br />
Horário Verão (Julho e Agosto):<br />
Dias Úteis: 10h00 | 19h00<br />
Fim-de-semana: 14h30 | 19h00<br />
Encerra: Segundas<br />
Horário Inverno (Setembro a Julho):<br />
Dias Úteis: 09h30 | 18h00<br />
Fim-de-semana: 14h30 | 18h00<br />
Encerra: Segundas<br />
15<br />
LUGRE SANTA MARIA MANUELA<br />
O Navio Santa Maria Manuela com comprimento<br />
de 62,83 m era um lugre de 4 mastros construí<strong>do</strong><br />
nos estaleiros da Companhia União Fabril,<br />
em Lisboa no ano de 1937 com destino à pesca<br />
<strong>do</strong> bacalhau ten<strong>do</strong> feito parte da famosa “Portuguese<br />
White Fleet”. É irmão gémeo <strong>do</strong> lugre<br />
“Creoula”, actualmente opera<strong>do</strong> pela Marinha<br />
Portuguesa como navio de treino de mar.<br />
O navio iniciou a sua recuperação em Março de<br />
2007, dan<strong>do</strong> origem a um projecto de Turismo<br />
Cultural de Vocação Marítima, realizan<strong>do</strong> viagens<br />
temáticas de turismo alternativo. Estas<br />
definem-se como turismo experience, uma vez<br />
que é possível participar activamente na vida a<br />
bor<strong>do</strong> e aprender as várias vertentes da navegação.<br />
Dirige-se a aprecia<strong>do</strong>res de turismo aventura<br />
em geral, que procurem soluções de viagem<br />
ou férias didácticas e vivenciais, sen<strong>do</strong> cada<br />
viagem subordinada a um tema: aspectos históricos<br />
e identitários de Portugal, turismo natureza,<br />
expedições científicas, acções e eventos<br />
como team building, focus meeting, apresentação<br />
de marcas ou produtos, festas, etc.<br />
O Santa Maria Manuela está ancora<strong>do</strong> no Cais<br />
<strong>do</strong>s bacalhoeiros, na Gafanha da Nazaré em<br />
Ílhavo, tem capacidade para 50 participantes<br />
activos em viagem e 200 pessoas para eventos<br />
ao cais.<br />
SANTA MARIA MANUELA<br />
CAIS DOS BACALHOEIROS<br />
APARTADO 12<br />
3834-908 GAFANHA DA NAZARÉ<br />
T 234 390 290 | F 234 390 299<br />
santamariamanuela@gmail.com<br />
www.santamariamanuela.pt<br />
http://santamariamanuela.blogspot.com
NAVIO MUSEU SANTO ANDRÉ<br />
Este antigo arrastão bacalhoeiro, que nasceu<br />
para a pesca em 1948, é hoje um museu que<br />
pretende mostrar como se vivia e trabalhava<br />
a bor<strong>do</strong> <strong>do</strong>s barcos que iam ao bacalhau nos<br />
mares gela<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Atlântico Norte.<br />
JARDIM OUDINOT – FORTE DA BARRA<br />
3830 GAFANHA DA NAZARÉ<br />
Reservas:<br />
MUSEU MARÍTIMO DE ÍLHAVO<br />
AV. DR. ROCHA MADAHIL<br />
3830 – 193 ÍLHAVO<br />
T 234 329 990 | F 234 321 797<br />
museuilhavo@cm-ilhavo.pt<br />
www.museumaritimo.cm-ilhavo.pt<br />
Outras Informações<br />
Horário Verão (Julho a Setembro):<br />
Dias Úteis: 10h00 | 19h00<br />
Fim-de-semana: 14h30 | 19h00<br />
Encerra: Segunda-feira<br />
Horário Primavera (Março a Junho):<br />
Dias Úteis: 10h00 | 19h00<br />
Fim-de-semana: 14h30 | 19h00<br />
Encerra: Segunda-feira<br />
Horário Inverno (Outubro a Fevereiro):<br />
Dias Úteis: 09h30 | 17h30<br />
Fim-de-semana: 14h30 | 17h30<br />
Encerra: Segunda-feira<br />
16<br />
LUGRE CREOULA<br />
0 «Creoula» é um lugre de quatro mastros,<br />
com um comprimento de 67,4m. Construí<strong>do</strong><br />
no início de 1937 nos estaleiros da CUF para a<br />
Parceria Geral de Pescarias, no tempo recorde<br />
de 62 dias úteis. Lança<strong>do</strong> à água no dia 10 de<br />
Maio efectuou, ainda, nesse ano, a sua primeira<br />
campanha de pesca. As obras-vivas a vante,<br />
com particular destaque para a roda de proa,<br />
tiveram construção reforçada uma vez que o<br />
navio iria navegar nos mares gela<strong>do</strong>s da Terra<br />
Nova e Gronelândia. Até à sua última campanha,<br />
em 1973, o navio possuía mastaréus, retrancas<br />
e caranguejas em madeira. To<strong>do</strong> o interior <strong>do</strong><br />
navio era revesti<strong>do</strong> a madeira de boa qualidade<br />
e o porão calafeta<strong>do</strong> para evitar o contacto da<br />
moura com o ferro.<br />
O mastro de vante (traquete) servia de chaminé<br />
à caldeirinha e ao fogão a carvão, fogão este que<br />
se encontra hoje no Museu Marítimo de Ílhavo.<br />
Actualmente opera<strong>do</strong> pela Marinha Portuguesa<br />
como navio de treino de mar, tem proporciona<strong>do</strong><br />
o contacto com a navegação à população<br />
civil, nomeadamente às camadas jovens num<br />
perpetuar das tradições marinheiras <strong>do</strong> País.<br />
Ílhavo
Figueira<br />
da Foz<br />
NÚCLEO MUSEOLÓGICO DO SAL<br />
Apresenta cinco grandes temas: O que é o Sal;<br />
O Sal na Natureza; História <strong>do</strong> Sal em Portugal;<br />
A Tecnologia <strong>do</strong> Sal na Figueira da Foz e O Ciclo<br />
de Produção; e As Salinas e a Conservação da<br />
Natureza.<br />
ARMAZÉNS DE LAVOS, SALINA MUNICIPAL DO<br />
CORREDOR DA COBRA<br />
3090-451 LAVOS<br />
T 233 402 840 / 966 344 488<br />
museu@cm-figfoz.pt<br />
www.figueiradigital.com<br />
Outras Informações<br />
Horário de Verão<br />
Quarta a Domingo: 10h30 | 12h30 – 14h30<br />
| 18h45<br />
Fim-de-semana e feria<strong>do</strong>s: 14h00 | 18h45<br />
Encerra: Segundas e Terças<br />
Horário de Inverno<br />
Quarta, Fim-de-semana e feria<strong>do</strong>s: 10h00<br />
| 12h30 – 14h00 | 16h00<br />
Encerra: Segundas, Terças, Quintas e Sextas<br />
NÚCLEO MUSEOLÓGICO DO MAR<br />
Sob a dependência orgânica <strong>do</strong> Museu Municipal<br />
Santos Rocha, o Núcleo Museológico <strong>do</strong> Mar<br />
encontra-se estrutura<strong>do</strong> em 3 grandes áreas<br />
temáticas: Actividade piscatória <strong>do</strong> concelho da<br />
Figueira da Foz; A pesca <strong>do</strong> bacalhau; Gentes <strong>do</strong><br />
Mar, a Arte e a Fé.<br />
RUA GOVERNADOR SOARES NOGUEIRA, 32<br />
3080-296 BUARCOS<br />
T 233 413 490 / 966 344 488 / 233 402 840<br />
F 233 402 857<br />
nucleo.mar@cm-figfoz.pt<br />
www.figueiradigital.com<br />
Outras Informações<br />
Horário de Verão<br />
Terça a Sexta: 09h30 | 12h45 – 14h00 | 16h45<br />
Fim-de-semana e feria<strong>do</strong>s: 14h00 | 18h45<br />
Encerra: Segundas<br />
Horário de Inverno<br />
Terça a Sexta: 09h30 | 12h30 – 14h00 | 17h00<br />
Fim-de-semana e feria<strong>do</strong>s: 09h30 | 12h30 –<br />
14h00 | 17h00<br />
Encerra: Segundas<br />
MARINHA DA TRONCALHADA<br />
Marinha de sal, onde se podem observar os ancestrais<br />
méto<strong>do</strong>s de salicultura da região aveirense,<br />
actividade já referenciada em Aveiro, no<br />
testamento da Condessa Muma<strong>do</strong>na Dias, data<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> ano 959.<br />
Para além da sua actividade de produção de sal<br />
é, também, um excelente local para a observação<br />
da avifauna.<br />
MARINHA DA TRONCALHADA<br />
CAIS DAS PIRÂMIDES<br />
3800 AVEIRO<br />
Horário:<br />
Espaço aberto de entrada livre<br />
Contacto para visitas guiadas<br />
MUSEU DA CIDADE DE AVEIRO<br />
RUA JOÃO MENDONÇA, 9-11<br />
3800 – 200 AVEIRO<br />
T 234 406 485 | T 234 406 307<br />
museucidade@cm-aveiro.pt<br />
www.cm-aveiro.pt<br />
Aveiro
Eventos <strong>do</strong> <strong>Centro</strong><br />
relaciona<strong>do</strong>s com o bacalhau<br />
ÍLHAVO<br />
FESTIVAL DO BACALHAU<br />
Integra<strong>do</strong> nas Festas <strong>do</strong> Município de Ílhavo –<br />
Mar Agosto – o Festival <strong>do</strong> <strong>Bacalhau</strong> decorre no<br />
mês de Agosto no espaço único e privilegia<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> Jardim Oudinot (Gafanha da Nazaré), junto ao<br />
sexagenário Navio-Museu Santo André, e traduz-se<br />
na maior mostra gastronómica nacional<br />
em que o “fiel amigo” constitui o prato principal.<br />
Durante 5 dias, este espaço ribeirinho recebe<br />
milhares de aprecia<strong>do</strong>res da gastronomia tradicional<br />
regional que vêm degustar os inúmeros<br />
pratos de <strong>Bacalhau</strong> acompanha<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s Vinhos<br />
da Região Demarcada da Bairrada e das famosas<br />
Padas de Vale de Ílhavo.<br />
O evento conta paralelamente com um programa<br />
de animação varia<strong>do</strong> e aliciante integran<strong>do</strong><br />
diversas actividades e espectáculos como<br />
mostras de artesanato, sessões de cinema ao<br />
ar livre, exposições, animação para crianças e<br />
concertos de música com presença de artistas<br />
consagra<strong>do</strong>s.<br />
18<br />
VILA DE REI<br />
FESTIVAL GASTRONÓMICO DO BACALHAU E DO<br />
AZEITE<br />
Este evento, que tem lugar na semana que antecede<br />
a Páscoa nos restaurantes aderentes <strong>do</strong><br />
concelho de Vila de Rei, é dedica<strong>do</strong> a <strong>do</strong>is produtos<br />
tipicamente portugueses: o bacalhau e<br />
o azeite. Desde os pratos mais tradicionais, aos<br />
pratos mais recentes como o <strong>Bacalhau</strong> à Vila de<br />
Rei (com receita <strong>do</strong> ilustre Chefe Silva), passan<strong>do</strong><br />
pelas especialidades de cada restaurante<br />
Vilarregense, é impossível ficar indiferente a to<strong>do</strong>s<br />
os deliciosos pratos de bacalhau. Também o<br />
azeite tem especial atenção neste Festival através<br />
<strong>do</strong>s seus temperos, entradas especiais e sobremesas<br />
de fazer crescer água na boca.
LISBOA<br />
SANTIAGO<br />
VIGO<br />
AVEIRO<br />
FIGUEIRA<br />
DA FOZ<br />
A 17<br />
A 8<br />
A 1<br />
A 29<br />
A 17<br />
A 14<br />
A 1<br />
A 1<br />
PORTO<br />
A 25<br />
COIMBRA<br />
A 2<br />
IP 3<br />
A 23<br />
VISEU<br />
FARO<br />
A 23<br />
A 25<br />
SALAMANCA<br />
MADRID<br />
IC 31 C CERES<br />
MADRID<br />
CASTELO<br />
BRANCO<br />
RUA JOÃO MENDONÇA, 8<br />
3800-200 AVEIRO<br />
T +351 234 420 760<br />
F +351 234 420 326<br />
geral@turismo<strong>do</strong>centro.pt<br />
www.turismo<strong>do</strong>centro.pt<br />
Gastronomia<br />
& Vinhos<br />
O <strong>Centro</strong> de Portugal é sinónimo de experiências<br />
gustativas diferentes e inesquecíveis!<br />
Numa Região de vastíssimos contrastes culturais<br />
e paisagísticos, a vivência árdua das gentes<br />
de antigamente, aliada ao engenho e arte<br />
daqueles a quem foi reservada a difícil incumbência<br />
de preparar os alimentos, por vezes escassos,<br />
traduziu-se na descoberta de receitas<br />
magníficas e de requinte inquestionável.<br />
Entre os pratos de cariz mais frugal e aqueles<br />
que, pela elaboração mais engenhosa, estiveram<br />
desde os primórdios associa<strong>do</strong>s aos dias<br />
de festa e de alegre convívio, o difícil é escolher!<br />
E o que dizer <strong>do</strong> enorme saber e talento acumula<strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong>s grandes chefs que, com a determinação<br />
das gentes <strong>do</strong> <strong>Centro</strong>, aproveitam os<br />
muitos produtos endógenos e certifica<strong>do</strong>s<br />
existentes na Região para produzir refeições<br />
simplesmente fantásticas?!<br />
No <strong>Centro</strong> de Portugal a gastronomia é um misto<br />
inebriante de imagens, paladares e aromas…<br />
FICHA TÉCNICA • Textos ERTCP • Créditos Fotográficos Arquivo ERTCP e Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Ílhavo • Design Traços Leves<br />
Tiragem 5 000 exemplares • Edição Agosto 2011