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DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec

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finalmente testes clínicos de fase 1 e fase 2 em humanos. Não pretendemos fazer fase 3,<br />

pelo menos não por agora, mas pretendemos licenciar nossa tecnologia para a indústria<br />

farmacêutica.<br />

Temos quatro anticorpos monoclonais, eu não vou falar sobre eles, mas para um<br />

deles já tinha sido feito o teste clínico de fase 1, então já podemos fazer o teste clínico de<br />

fase 2. A Recepta é a primeira empresa brasileira a fazer um teste clínico de fase 2,<br />

inteiramente desenhado no país e sendo conduzido nos hospitais brasileiros. Os três outros<br />

anticorpos estão em estágio anterior, mas temos que gerar antes essas moléculas para<br />

depois fazer os testes pré­clínicos e clínicos. E mais quatro anticorpos estão sendo gerados<br />

no país.<br />

A empresa tem duas divisões: uma divisão faz pesquisa e desenvolvimento com<br />

anticorpos, identifica alvos, gera anticorpos, produz as células e gera as moléculas; e uma<br />

divisão de oncologia que desenha os protocolos, que faz imuno­histoquímica. Isso é muito<br />

importante porque tem a ver com informação científica, uma informação que entra na<br />

valoração da empresa de forma decisiva. Ela dimensiona o mercado que você pode tratar,<br />

por exemplo, temos um anticorpo cujo antígeno se expressa em tumor de ovário, é uma<br />

informação importante obtida em laboratório, saber qual o percentual de tumores em ovário<br />

que expressam aquele antígeno. Imuno­histoquímica em escala é feita pela empresa, além<br />

dos testes clínicos fase 1 e fase 2.<br />

Nós fizemos um modelo totalmente baseado em parcerias. A natureza humana é<br />

muito virtuosa e nada como a necessidade para obrigá­la a tal. O fato é que essa<br />

competência que existe no Brasil muitas vezes não está disponível no mercado. A maioria<br />

das pessoas que faz isso está nas universidades ou nos institutos de pesquisa. Não há<br />

como tirá­las do ambiente acadêmico, a não ser a preço de ouro, o que uma empresa start­<br />

up como a nossa não possui para pagar. Portanto, resolvemos trabalhar com esses<br />

pesquisadores dentro das universidades, dentro dos laboratórios de pesquisa. Mas isso<br />

requer que a empresa tenha uma equipe interna de qualidade que possa dialogar, definir, e,<br />

ao mesmo tempo, uma equipe da empresa dentro do laboratório para acompanhar<br />

minuciosamente a execução do projeto. Vocês sabem que a universidade tem o seu ritmo<br />

próprio, então é necessário garantir que esse processo tenha um duplo controle. Na<br />

verdade, fala­se muito de parceria universidade e empresa, mas eu tenho uma idéia muito<br />

clara. A função da universidade é formar gente, e parcerias desse tipo tem que ser do tipo<br />

ganha­ganha. Em imuno­histoquímica, por exemplo, o que ganha a universidade na relação<br />

com a Recepta? Ela publica papers, que é o que uma universidade tem que fazer, e quanto<br />

mais papers publicar, melhor para eles e melhor para nós. Nós temos dentro do laboratório<br />

de uma faculdade de medicina uma equipe da Recepta trabalhando com pesquisadores.<br />

Temos também uma equipe externa que envolve vinte e dois pesquisadores que<br />

trabalham nos laboratórios de pesquisa das instituições parceiras. Além disso, há o teste<br />

clínico também, que é algo muito complexo. Poucos médicos entendem a complexidade de<br />

se fazer um teste clínico, mesmo os comitês de ética dos hospitais muitas vezes não<br />

entendem tamanha complexidade da realização de um teste clínico de fase 2. Na verdade, é<br />

necessário ter um protocolo muito bem preparado de um teste clínico para registrar no US<br />

Food and Drug Administration, FDA americano. Nenhuma empresa quer fazer um teste<br />

clínico aqui para depois sair correndo atrás e verificar se o FDA vai reconhecê­lo ou não.<br />

Tem que se ter o protocolo, uma logística muito boa, por exemplo, para transportar os<br />

anticorpos a ­80 graus centígrados da Austrália para São Paulo, que devem ser<br />

transportados de forma rastreável e documentada, porque a ANVISA pode querer verificar.<br />

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