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DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec

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existe. Portanto, também vamos enfrentá­la. Na medida em que se enfrenta a preocupação<br />

com os prazos, os processos caminham rápido. Há decisões, controvérsias e discussões na<br />

justiça. Eu acho que a aceleração dos trabalhos do INPI vai produzir nos próximos meses<br />

um aquecimento nesse debate. Isso é absolutamente natural, é muito bem­vindo para um<br />

país que quer avançar no seu marco institucional. Temos buscado fazer com que o sistema<br />

de propriedade intelectual não seja um sistema isolado do tecido de instituições brasileiras<br />

que trabalham para o desenvolvimento, e promovido a integração do sistema no contexto da<br />

Política de Desenvolvimento Produtiva. Temos trabalhado na difusão do conhecimento<br />

sobre o sistema em si com a nossa academia, muito proximamente das universidades e do<br />

sistema industrial. Daqui a pouco a Dra. Diana Jungmann do IEL (CNI) falará no sentido de<br />

levar essa cultura para o mais amplo conjunto de potenciais usuários no Brasil. No judiciário<br />

a discussão também avança. Temos nos preocupado bastante com isso.<br />

Advogamos um sistema que seja multipolar, não advogamos a instituição da patente<br />

mundial como solução para a crise de eficiência dos sistemas de patentes, pela<br />

concentração de poder em muito poucas mãos que seria induzida por uma patente mundial.<br />

No entanto, há muitas alternativas entre a patente mundial e 180 países decidindo<br />

autonomamente, ou fingindo que decidem ­ por que a maioria dos países não consegue<br />

examinar, porque de fato poucos países isolados têm estrutura para isso. Tem que haver no<br />

meio do caminho uma solução de equilíbrio, onde se tenha um número limitado de atores<br />

com estrutura, capacidade institucional, etc. para tomar decisões com peso, com acerto,<br />

com equidade, com eficiência e com qualidade.<br />

A regionalização do sistema nos parece uma estratégia correta. Temos trabalhado<br />

nisso muito pesadamente, partindo do pressuposto de que 95% do sistema já é<br />

naturalmente harmonizado em nossa região, deixando os 5% que não são para depois. Se<br />

conseguirmos trabalhar em harmonia, cooperando efetivamente como os demais países de<br />

América do Sul nos 95% que já são harmônicos, por enquanto, está muito bom. No<br />

momento em que os países, no processo de integração, resolverem atacar os 5% que<br />

restarem não integrados, isso vai ser atacado e vai ser mais fácil implementar, porque<br />

estará implementado sobre uma base comum aos 95% que já são naturalmente<br />

harmonizados. Esse trabalho está agora em curso. Tratamos de montar um consórcio com<br />

todos os países da América do Sul. Temos o apoio de organismos internacionais para fazer<br />

com que esse projeto avance mais rápido. O objetivo é montar uma estrutura coordenada<br />

que tenha a capacidade de desenhar o futuro da propriedade intelectual na América do Sul,<br />

e a partir daí influir na discussão global com mais consistência. Naturalmente, o Brasil tem e<br />

terá um papel de destaque nessa conformação, proporcional ao seu tamanho na economia<br />

do continente.<br />

Muito obrigado.<br />

GUILHERME ARY PLONSKI<br />

Agradeço a exposição abrangente do Dr. Jorge Ávila, que nos apresentou pontos<br />

críticos e uma agenda estratégica tanto horizontal quanto de temas específicos. Conforme já<br />

anunciado pelo próprio Dr. Jorge, temos em seguida a apresentação da Diana Jungmann da<br />

CNI e IEL, que trará a percepção do mundo empresarial.<br />

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