DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec
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isso com certeza foi importante na nossa decisão de investimento. A empresa Rizoflora tem<br />
como centro de prestação de serviço a biotecnologia para agronegócios. Já as empresas 5,<br />
7 e 8 que possuem patentes de produtos têm como centro de serviços exatamente os tais<br />
produtos protegidos que queremos comercializar. A empresa 4 tem uma patente de<br />
processo, que caracteriza o centro do negócio da empresa. Até hoje já recebemos 450<br />
propostas, que estão divididas naqueles segmentos já mencionados, e mais ou menos<br />
essas propostas refletem essa proporção de seis para oito. Quase todos os negócios que<br />
olhamos têm alguma proteção através de patente.<br />
Existe uma questão importante para discussão que é o fato de existir uma tendência<br />
em grandes empresas, que têm ultimamente a tendência de solicitar patentes com o objetivo<br />
de despistar o centro da sua linha de pesquisa. Temos olhado para um negócio bastante<br />
específico na área de energia e percebemos que outras empresas no mundo, parecidas<br />
com esta empresa, têm solicitado patentes para identificar a linha de pesquisa que a<br />
empresa vem seguindo. Em alguns casos, notamos que o sucesso da empresa não tem<br />
qualquer relação com a linha de pesquisa da solicitação da patente. Isso talvez mostre que<br />
a empresa vem solicitando patentes em áreas que não são o foco específico do seu<br />
negócio, com o objetivo de despistar quem é seguidor daquela empresa. Esse negócio que<br />
estamos olhando no Rio tem essa característica.<br />
A última questão a respeito dessas empresas é que a proporção de 8 para 450 não é<br />
a proporção de bons negócios que recebemos. Estamos operando há quase um ano e ainda<br />
não tivemos como digerir essas 450 propostas. Ainda tem muita proposta boa que está<br />
sendo avaliada. Essas oito empresas são as que já passaram pelo comitê de investimento<br />
do fundo e foram aprovadas. Eu acredito que das 450, tenhamos negado 400<br />
oportunidades, ou seja, ainda estamos avaliando umas 40 oportunidades.<br />
O ponto que eu queria focar aqui é que, apesar dessa proporção de seis para oito ser uma<br />
proporção muito grande, não operamos com a pura verdade de que é necessário existir<br />
patentes nos negócios em que investimos. O que precisa ter é a proteção e o domínio do<br />
conhecimento.<br />
Uma última mensagem. Nós assumimos com os dois cotistas, BN<strong>DE</strong>S e BNB, o<br />
compromisso de investir em 50 negócios ao longo de quatro anos. Na nossa indústria quem<br />
mais investiu em negócios com essas características no Brasil, investiu em 50 negócios ao<br />
longo de 25 anos. Nós nos comprometemos em investir em quatro. Então, precisamos de<br />
projetos e quem tiver um projeto legal pode mandar para o email<br />
contato@fundocriatec.com.br. Obrigado.<br />
ARMANDO CLEMENTE<br />
Obrigado, Lavaquial. É estimulante ver a criação do Criatec, que em um ano já<br />
aportou negócios para oito empresas, coisa rara entre os fundos existentes no Brasil de<br />
capital de risco. Poucos fundos têm essa capacidade de investimento, de em tão pouco<br />
tempo ter oito empresas investidas.<br />
Outra questão antes de passar para perguntas. Foi interessante essa mesa aqui, em<br />
que a Professora Maria Tereza apresentou o Teece. Fiquei curioso com os conceitos do<br />
Pisano. Eu acho muito interessante quando ele cria um conjunto de variáveis para discutir a<br />
questão da apropriabilidade, e a propriedade intelectual como um desses elementos. E<br />
vendo a apresentação do Lavaquial, percebemos que isso está contido no centro de análise<br />
do investimento na empresa, onde a propriedade intelectual é um dos fatores que garante a<br />
titularidade de determinada tecnologia, mas está dentro na questão do desenvolvimento de<br />
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