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DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec

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governo, pela elaboração das políticas de empresários, e com muitos pesquisadores nas<br />

universidades, mas sempre tentando combinar e conversar com aqueles que são<br />

responsáveis pela execução das políticas. Mais do que isso, nós cotejamos as entrevistas e<br />

os documentos com os dados sobre o desempenho efetivamente realizado. Essa foi uma<br />

precaução de ordem metodológica que adotamos extremamente chave para montarmos o<br />

panorama que será apresentado a todos vocês.<br />

A segunda observação, diz respeito exatamente ao volume de material disponível.<br />

Apresentarei a seguir uma síntese. Os pontos que serão apresentados nem sempre são<br />

consensuais. A responsabilidade pela seleção e análise é inteiramente nossa. Certamente<br />

há muitos exemplos de políticas semelhantes pelo Brasil afora. Gostaria apenas de lembrar<br />

que o nosso país é muito grande, diversificado e muito heterogêneo. Isso significa que<br />

existam exemplos de políticas semelhantes, ou concebidas a partir da mesma inspiração<br />

que encontramos em países mais estruturados que o nosso. Para nós, porém, a dimensão<br />

orçamentária daquilo que precisamente é executado e implementado é fundamental. Assim,<br />

áreas prioritárias são aquelas que além de terem recebido um destaque ou tratamento<br />

especial em algum documento oficial ou plano de governo, tiveram correspondência no<br />

orçamento. De pouco adianta definir como prioridade uma determinada área da economia,<br />

ou uma determinada área da ciência, da tecnologia, se o orçamento correspondente é muito<br />

reduzido Por essa razão, as considerações que fizemos passaram pelo crivo do confronto<br />

com as decisões orçamentárias, assim como por uma avaliação da dimensão do projeto –<br />

se experimental, piloto ou extensivo, pois entendemos que dessa forma tornamos um pouco<br />

mais precisa a noção de prioridade que os governos atribuem a seus planos. Esses<br />

cuidados ajudaram­nos a separar uma série de boas intenções daquilo que efetivamente é<br />

realizado.<br />

A terceira observação tem a ver com os países que visitamos e estudamos. Os sete<br />

países são muito diferentes entre si e do Brasil. Têm tamanhos distintos, uma economia,<br />

história e cultura bem diferenciadas. Qualquer tentativa de transferência automática da<br />

experiência desses países para o Brasil será fadada ao fracasso. Os constrangimentos<br />

específicos determinam em muito a maneira como as políticas funcionam em alguns lugares<br />

e porque que em outros lugares as mesmas políticas acabam não funcionando.<br />

A partir desses cuidados, o painel que elaboramos tende a se identificar mais comum<br />

mosaico de registro das principais tendências que orientam as políticas de inovação nesses<br />

países. As medidas que sugerimos funcionam mais como fonte de inspiração do que<br />

exatamente uma tentativa de decalque ou de clonagem de propostas ou mesmo de<br />

instrumentos já experimentados em outras searas.<br />

Seis meses após a primeira rodada de visitas a esses países tivemos um segundo<br />

contato com a Finlândia e Irlanda, principalmente pela situação difícil que esses dois países<br />

enfrentam com a crise financeira mundial. Apesar dos abalos, porém (as previsões indicam<br />

um PIB negativo para a Finlândia de 4% e para a Irlanda de mais de 10% em <strong>20</strong>09), deixo<br />

registrado que os planos de médio e de longo prazos nas áreas de ciência, tecnologia e<br />

inovação não somente foram mantidos – inclusive do ponto de vista do orçamento público –<br />

como foram encorpados. A maturidade expressa por essa postura apenas exemplifica a<br />

convicção predominante nesses países a respeito do significado da inovação. Pelo menos<br />

para os planejadores públicos, não há outro caminho para essas sociedades a não ser a<br />

consolidação de um sistema de inovação permanente que, sem dúvida, deve servir de forte<br />

alerta para o Brasil.<br />

Após essas observações, gostaria de apresentar o primeiro resultado­síntese da<br />

pesquisa. Não se trata exatamente uma novidade, principalmente para esse plenário que<br />

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