DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec
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A outra questão é que essa gestão da rede vai se dar em três níveis. O primeiro é o<br />
da rede em si, eu preciso olhar para a rede e gerar a rede, aquele conjunto de atores e as<br />
relações entre eles. Segundo, quanto às organizações participantes, aquela rede tem um<br />
conjunto de implicações nas organizações de que participam. Então, é importante que essas<br />
organizações adotem um conjunto de questões de gestão que precisam ser olhadas da<br />
perspectiva do gestor da rede, o ambiente e o contexto de operação, que vai estar ao<br />
mesmo tempo influenciando aquela rede e sendo fortemente influenciado por ela.<br />
O que esse modelo vai buscar tratar? Ele está preocupando em selecionar,<br />
combinar, alocar. O quê? Trabalho, reconhecimento, recursos, que vão gerar um conjunto<br />
de benefícios, resultados, problemas em relação a todos esses atores participantes. Com<br />
que ele está fortemente preocupado? Com a diferença entre os atores, uma vez que eles<br />
têm conhecimentos diferentes, históricos diferentes. Ele precisa buscar um ambiente em<br />
que a colaboração possa evoluir. Tal como falei no início, aqueles laços sociais passaram a<br />
ser críticos quando tratamos de rede. Ele deve buscar um alinhamento entre diferentes<br />
perspectivas estratégicas, organizacionais e tecnológicas, de cada uma das firmas<br />
participantes. Esse modelo precisa dar conta desses vários desafios.<br />
Como esse modelo evolui? Ele parte de uma visão dinâmica e é composto por esse<br />
conjunto de seis fases. Uma fase inicial, onde eu preciso pensar que tipo de rede é essa,<br />
quais são seus objetivos e seu escopo, quem são os atores que vão participar. Uma etapa<br />
de configuração, onde efetivamente vou desenhar como aquela rede vai funcionar. Uma<br />
etapa de implantação na qual tudo aquilo que eu projetei precisa ser colocado em prática.<br />
Esta etapa é crítica, porque aquilo que eu projetei e não deu certo precisa ser rapidamente<br />
tratado para que se impeça que problemas aconteçam e inviabilizem a rede como um todo.<br />
A etapa de estabilização é o momento em que a rede começa a ter um modus operandi que<br />
a caracteriza como uma instituição em si. A etapa de transformação é pertinente ao fato de<br />
que essa rede vai evoluir, o ambiente no entorno dessa rede também vai evoluir. E a etapa<br />
de dissolução é aquela que em algum momento faz com que a existência dessa rede não<br />
tenha mais sentido, em algum momento esses atores vão brigar e vão precisar terminar com<br />
essa rede. Todas essas etapas precisam ser consideradas.<br />
Aqui coloquei para vocês um conjunto de questões que são necessárias de serem<br />
respondidas a cada uma dessas fases. Vamos usar isso como um check list. O que eu<br />
preciso fazer nessa fase de iniciação para começar a pensar na rede? Eu já tenho um<br />
escopo definido? Eu tenho um propósito bem delimitado? Quais são as fronteiras? Como ela<br />
vai se relacionar com outras redes? Quais são os critérios para que alguém entre nessa<br />
rede? Quais são as capacitações esperadas daquela rede como um todo? Eu devo ter<br />
atores que garantam que todas aquelas capacitações vão estar cobertas. Qual o grau de<br />
diversidade? Eu quero ter concorrentes dentro da mesma rede? Eu quero fazer uma rede<br />
vertical, onde quem vai estar na rede serão apenas meus fornecedores e quem venha na<br />
minha frente na cadeia? Qual é a minha decisão a respeito disso? Para cada uma dessas<br />
etapas, temos um conjunto de questões que precisam ser respondidas. Essas questões vão<br />
influenciar fortemente em como essa rede vai evoluir ao longo do tempo. Essa fase de<br />
configuração é uma fase crítica, porque precisamos pensar quais são todas as relações que<br />
vão acontecer entre os membros da rede, quais são os mecanismos de incentivo que cada<br />
um desses atores terão para atuar em rede. Aqui vamos ter toda a lógica de governança.<br />
Aqui vamos ter todo o conjunto de regras que vão mover os vários membros naquela rede.<br />
Ponto central e questão chave para esse modelo é que ele parte de uma perspectiva<br />
dinâmica da rede. Outro ponto importante é que eu tenho um conjunto de questões que<br />
preciso discutir quando estou pensando e montando essa rede. Essas questões estão<br />
relacionadas a três grandes blocos. O primeiro diz respeito aos aspectos estratégicos. Qual<br />
a missão da rede? Quais são os objetivos pretendidos ao formar aquele conjunto de atores<br />
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