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DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec

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Um caso interessante que mostra um pouco isso é o caso da batata frita Pringles<br />

Print, que é a batata frita com desenhos, perguntas e respostas. Numa seção de<br />

brainstorming, a equipe de desenvolvimento da procter & Gamble pensou em fazer essa<br />

batata frita, só que não tinha internamente na empresa a competência de como desenvolver<br />

isso, de como fazer com que esse tipo de produto chegasse rápido ao mercado, não tinha<br />

competência para estimar quanto custaria para desenvolver aquilo e não tinha competência<br />

para estimar quanto que aquilo poderia gerar a mais de venda da batata Pringles. A<br />

empresa colocou, então, essa necessidade na rede de prospecção e achou um professor<br />

italiano que tinha uma padaria e já tinha desenvolvido uma tecnologia semelhante.<br />

Licenciaram essa tecnologia do professor. Certamente, eu imagino que o professor tenha<br />

ganhado muito mais dinheiro com royalties pagos pela Procter & Gamble do que com as<br />

vendas dos produtos da padaria dele. Isso começa a ser uma rede que passa a acessar um<br />

conjunto de ativos de conhecimento de forma bastante interessante.<br />

A Procter & Gamble definiu também algumas políticas organizacionais que são<br />

bastante interessantes para a organização desses novos conhecimentos em rede. Hoje se<br />

você desenvolve uma tecnologia que gera uma patente e não é usada em cerca de três<br />

anos, aquilo é automaticamente colocado para ser licenciado para qualquer outra empresa.<br />

Isso gera uma pressão dentro da própria empresa em não desenvolver tecnologias se não<br />

sejam para colocar, de alguma forma, no mercado. Essa pressão faz com que toda a<br />

organização comece a olhar para propriedade intelectual, para patentes, para esses ativos<br />

intangíveis, de maneira diferenciada.<br />

Hoje começam a aparecer diversos atores que estão explorando esse tipo de lógica<br />

de inovação aberta. Este aqui deve ser um dos primeiros e um dos mais conhecidos. É um<br />

portal chamado InnoCentive. Esse portal se propõe a conectar quem está procurando<br />

tecnologia com quem está resolvendo problema tecnológico. Ele tem uma rede de mais de<br />

duzentos mil pesquisadores cadastrados em diversas áreas de competência, e dentro<br />

dessas áreas, vão sendo distribuídos para aqueles vários pesquisadores problemas que se<br />

encaixam nos seus perfis de competência e desenvolvimento. Por exemplo, se chega algo<br />

sobre biologia molecular, o portal sabe todos os pesquisadores que possuem competência<br />

naquilo. Eles enviam algo chamado technology briefing. Obviamente que não é tão simples<br />

como estou falando, existe toda uma consultoria por trás. O portal suporta todo esse<br />

processo, desde a identificação de quem pode resolver, os acordos de confidencialidade,<br />

até a resolução do problema em si. Em cima disso, eles concedem um bônus em dinheiro<br />

para o pesquisador. Reparem no potencial que isso tem, principalmente quem é de NIT.<br />

Como o InnoCentive, hoje existe uma infinidade de portais com esse tipo de proposta. Essa<br />

discussão da inovação aberta já não é tão nova assim, já vem sendo discutida há três ou<br />

quatro anos. É algo que começa a ganhar importância e relevância nas agendas das<br />

empresas.<br />

Outra discussão importante é o que é chamado crowdsourcing. Este nome ainda não<br />

está tão consolidado assim. Existem sinônimos como colaboração em massa. Isso começa<br />

a ser relevante agora. Começam a aparecer iniciativas de atividades de desenvolvimento.<br />

São atividades que envolvem muitas pessoas, e a capacidade de inovação,<br />

desenvolvimento, diversidade de olhares, faz com que aquele determinado produto, aquela<br />

tecnologia, tenha um potencial de evolução muito rápido. Hoje diversas empresas começam<br />

a explorar esse tipo de modelo de negócios. É um fenômeno em que começam a ter vários<br />

livros relacionados a isso. Hoje não existe muito conhecimento disso com rigor acadêmico<br />

maior. A maior parte desses livros é o que chamamos de livros de aeroporto, que você<br />

compra para ler no avião, não tem um rigor científico muito grande, mas são livros que<br />

começam a mostrar como esses fenômenos vêm sendo utilizados. Hoje começam a existir<br />

várias organizações que passam a utilizar isso.<br />

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