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DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec

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dessa lógica de desenvolvimento de inovações e de tecnologias. Esse tipo de fenômeno<br />

precisa ser observado e as empresas precisam começar a se adaptar a esse tipo de<br />

evolução.<br />

Antes de entrar no framework especificamente, de como pensar e desenvolver uma<br />

rede de pesquisa, eu vou falar de algumas tendências. Eu peguei duas discussões que hoje<br />

são as mais relevantes quando estamos falando de redes, de propriedade intelectual e de<br />

inovação. Essas duas tendências apontam para lógicas diferenciadas de qual é o papel da<br />

propriedade intelectual nessa discussão toda. A primeira delas é a inovação aberta. Levante<br />

a mão quem já é bastante familiar com esse conceito de inovação aberta. Não é muita<br />

gente, e por isso eu vou falar com um pouco mais de calma sobre esse conceito de<br />

inovação aberta.<br />

Esse é um conceito que foi introduzido, teve uma virtude e cunhou um termo muito<br />

interessante: open innovation. É um termo interessante para as empresas se conectarem,<br />

comercializarem suas tecnologias, suas inovações, junto a outros atores. Esse conceito foi<br />

introduzido por um professor da Universidade da Califórnia em Berkeley. O nome dele é<br />

Henry Chesbrough. Esse conceito foi bastante difundido no seu primeiro livro, que é<br />

chamado Open Innovation. Hoje ele já desenvolveu alguns outros livros. A idéia é bastante<br />

interessante. Por trás dessa idéia está uma passagem, uma mudança de modelo das<br />

empresas, do que antes era chamado de modelo de inovação fechada. E o que se entende<br />

por modelo de inovação fechada? Um modelo em que a empresa se sente responsável pelo<br />

desenvolvimento desde a idéia inicial até a colocação daquele desenvolvimento no<br />

mercado. Ela é responsável por todas as fases, desde a pesquisa até a comercialização<br />

daquele determinado produto. Esse modelo era bastante razoável na seguinte lógica. Se<br />

uma empresa colocava um produto novo no mercado, aquilo lhe permitia ganhar um retorno<br />

bastante elevado. Aquele retorno era reinvestido no centro de P&D da empresa. Com esse<br />

reinvestimento a empresa conseguia gerar mais tecnologia. Essas tecnologias seriam a<br />

base para geração de novos produtos, e esses ciclos se tornavam um ciclo virtuoso, ou seja,<br />

mais investimento em P&D significava mais produtos no mercado, mais recursos, um ciclo<br />

que girava de maneira positiva. Só que esse modelo começou a se mostrar não mais muito<br />

razoável. Lá atrás, tínhamos uma receita muito elevada gerada por aquele determinado<br />

produto e um custo de desenvolvimento não tão alto assim. Se fizermos uma conta, um<br />

menos o outro, vemos um saldo bastante positivo na operação. Porém, olhando para esse<br />

modelo fechado, começamos a perceber que dado que um determinado produto tem um<br />

ciclo de vida cada vez mais curto, ele vai gerar cada vez menos receita depois que ele entra<br />

no mercado. Dado que aquele produto se torna cada vez mais complexo de ser<br />

desenvolvido, isso vai custar cada vez mais para desenvolvê­lo. Quando fazemos a mesma<br />

conta, receita menos custo, já começamos a ficar na dúvida se aquilo está danado para<br />

cima ou para baixo. Ou seja, o modelo fechado, dado aquele conjunto de fatores, aquele<br />

conjunto de evoluções que falei agora, começa a se mostrar um modelo não mais tão<br />

razoável assim.<br />

Para onde isso avança? Para a proposição de um modelo chamado de modelo de<br />

inovação aberta. O que é esse modelo de inovação aberta? É um modelo em que as<br />

fronteiras da empresa passam a ser vistas como uma membrana um pouco mais porosa. Ou<br />

seja, eu tenho outras fontes de idéia, outras fontes de tecnologia para desenvolver meus<br />

produtos e colocá­los no mercado, não mais apenas o meu centro de pesquisa. Eu posso ter<br />

tecnologias desenvolvidas externamente, incorporar essas idéias e fazer com que isso<br />

reduza o custo de desenvolvimento, fazer com que isso acelere o tempo de colocação do<br />

produto no mercado. Eu posso aproveitar aquilo que está sendo desenvolvido externamente<br />

e internalizar essas tecnologias, idéias, e com isso aumentar minha eficiência na geração de<br />

inovações e tecnologias lá na outra ponta. Por outro lado, também existe outra vertente.<br />

Algumas tecnologias desenvolvidas podem, para a minha empresa, não fazer sentido para<br />

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