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DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec

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inovação aberta. Há outro conceito que também vou comentar e que tem muitos nomes, o<br />

último que saiu foi crowdsourcing, que é o uso das multidões, das massas de colaboração<br />

para gerar um conjunto de inovações, de novos produtos. Essas duas discussões têm uma<br />

relação muito forte com a discussão de propriedade intelectual. A primeira que coloca<br />

propriedade intelectual como algo central na comercialização e na troca entre as várias<br />

empresas que vão interagir. E, na segunda, onde essa questão da propriedade intelectual<br />

passa a ter outro tipo de papel, onde as empresas vão enfrentar um desafio muito grande,<br />

ajustar seus modelos de negócio para que a questão da propriedade intelectual possa ser ali<br />

trabalhada dentro dessas redes de colaboração, com muitas pessoas e clientes.<br />

Vou falar sobres essas duas vertentes e depois vou entrar numa discussão um<br />

pouco mais prescritiva. Vou apresentar a vocês um modelo de como uma rede de inovação,<br />

uma rede de pesquisa, pode ser montada. Esse modelo é fruto de pesquisas que se<br />

iniciaram na Europa, um consórcio entre várias universidades européias, mais aplicações<br />

em centenas de empresas. Esse modelo é muito interessante, porque traz discussões muito<br />

relevantes na hora de se pensar em como montar e gerir uma rede, em especial a visão<br />

dessas redes a partir de uma perspectiva de ciclo de vida. Vocês verão que essa<br />

perspectiva de um ciclo de vida de uma rede será muito relevante para os vários aspectos<br />

que serão geridos. Mostrarei esse modelo e depois falarei de uma aplicação específica, que<br />

na verdade eu generalizei, mas no fundo é um caso onde o roadmap tecnológico passa a<br />

ser usado não só como um instrumento para pensar o futuro, o desenvolvimento, a<br />

perspectiva de evolução de uma determinada tecnologia, mas também passa a ser utilizado<br />

como uma ferramenta de governança de uma rede. Eu não vou citar o nome da empresa<br />

por questões de sigilo, não posso falar explicitamente sobre este caso, então por isso eu<br />

generalizei.<br />

Vamos começar com conceitos bem básicos para uniformizar a linguagem. Peguei<br />

duas rápidas definições que trabalham muito forte a questão de estrutura da rede. Esse<br />

conceito de redes foi, ao longo dos anos, estudado a partir de duas perspectivas. Uma<br />

perspectiva é da economia, que trabalha a questão dos vários atores que estão ali inseridos<br />

e as relações entre esses atores. Essa perspectiva apresenta toda a discussão das teorias<br />

de custo de transação que o pessoal da área de economia vai lembrar. A outra perspectiva<br />

é mais ligada à sociologia. Como ocorre a interação e a relação entre aquelas pessoas? De<br />

um tempo para cá não faz mais sentido estudar as redes a partir de uma ou outra<br />

perspectiva. Isso já começou a ser trabalhado a partir de uma lógica conjunta entre essas<br />

duas idéias. Isso é central em tudo que vamos falar daqui para frente.<br />

Pegando rapidamente dois pontos importantes nessas definições. A rede é muitas<br />

vezes posicionada no meio de um extremo entre duas formas de organização: a de mercado<br />

e a de hierarquia. Nas redes teremos um conjunto de atores, e esses atores terão relações<br />

de troca, que não são como no mercado, onde a relação de troca específica é momentânea.<br />

São relações de prazo mais longo, mas não existe uma autoridade, um poder formal entre<br />

os atores. Essa lógica, que está no meio dessas discussões, precisa ser bem entendida.<br />

Quando estamos falando de rede, temos um conjunto de mecanismos sociais que vão<br />

garantir a relação e a estabilidade daqueles vários atores que estão sendo trabalhados.<br />

Nessa linha, esse entrelaçamento social faz com que, por um lado, eu tenha um conjunto de<br />

motivadores que levam a atuar em rede. Então, se eu tenho uma demanda muito incerta,<br />

relações que não consigo prever antes que aconteçam, se eu tenho ativos específicos<br />

importantes construídos, esses são vários fatores que me levam a atuar em rede. Esse<br />

entrelaçamento social é muito importante, porque vai conseguir desenvolver um conjunto de<br />

mecanismos de controle. Como os vários membros da rede vão combater um<br />

comportamento oportunista? Se alguém dentro daquela rede tem um comportamento<br />

oportunista, como a cultura que está presente naquele conjunto de atores vai responder<br />

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