DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec
DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec
ESPAÇO FINEP: RESULTADOS DE AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DOS NITs NO BRASIL Apresentação: Edgar Rocca, Chefe do Departamento de Institutos de Pesquisa, Área de Institutos Tecnológicos e de Pesquisa, FINEP. DANIELA LIMA CERQUEIRA Eu gostaria de chamar Edgar Rocca da FINEP, que apresentará o resultado da avaliação dos NITs no Brasil e também falará do novo edital PróInova que tem prazo final na próxima segundafeira, dia 27 de outubro. EDGAR ROCCA Eu queria agradecer o convite do INPI, da REDETEC e especialmente da REPICT pela concessão deste espaço especial à FINEP. Essa parceria já vem de longa data e tem aumentado bastante, nos últimos anos, nessa questão de propriedade intelectual. Queria fazer uma saudação especial a nossa colega Ada Gonçalves. É uma satisfação para a FINEP vêla como atual coordenadora da REPICT. A Ada é uma colega que tenho de muitos anos na FINEP e gostaria de parabenizála pelo trabalho que ela vem fazendo nessa rede. A idéia é que apresentemos resumidamente, até pelo tempo, um histórico da relação da FINEP e do MCT com a questão de propriedade intelectual. Deixaremos para o final a questão mais latente que é a chamada pública que está vigente. Inclusive, a nossa apresentação, num primeiro momento, seria com a chamada já terminada, mas uma vez que ela foi prorrogada, ainda poderemos dar alguns esclarecimentos. O que pretendemos aqui, como falei, é apresentar o histórico da FINEP e do MCT com relação à propriedade intelectual, a formação e implantação de núcleos. Vamos comentar também sobre a primeira ação em que a FINEP se envolveu diretamente, que foi a chamada pública de 2006. Vamos comentar algumas ações que após isso, nos últimos dois anos, 2007 e 2008, nós implantamos. E vamos terminar com a chamada para esclarecer mais uma vez algumas questões, que eventualmente ainda estejam com dúvidas. Relembrando, essa questão de propriedade intelectual já vinha sendo apoiada, no âmbito do MCT pelo CNPq, desde 2002 através do programa TIB, nas vertentes de núcleos de apoio ao patenteamento e de escritórios de transferência de tecnologia. Foram duas chamadas, onde foram apoiados trinta e seis núcleos de patenteamento e dezesseis escritórios de transferência de tecnologia. Em 2004 foi promulgada a lei, em 2005 ela foi regulamentada, e aparece a figura do núcleo de inovação tecnológica como sendo responsável por uma série de atividades dentro das suas respectivas ICTs. Em 2005 vem a Lei do Bem, que do ponto de vista da empresa abre caminhos para a questão da inovação. Em função da Lei de Inovação, em março é lançada a chamada pública de 2006, que visava ao apoio à implantação, implementação e fortalecimento dos NITs. Foram vinte e dois projetos aprovados, mas somente vinte e um efetivamente contratados. No final de 2007 é lançado o Plano Nacional de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento, no contexto desse plano é lançado também o SIBRATEC para o novo instrumento do Ministério para o apoio à inovação. O destaque que eu queria dar é que os NITs aparecem como prérequisito 130
para um dos componentes do SIBRATEC, que são os centros de inovação. O NIT, dentro das diretrizes estabelecidas pelo comitê gestor do programa, é prérequisito para integração dessas instituições a essas redes. É um destaque que o próprio governo coloca em relação aos núcleos. Em termos de recursos, em 2002 foram destinados em torno de um milhão para os núcleos de apoio à patenteamento e um milhão para os escritórios de transferência de tecnologia. Isso se repetiu em 2004 com o advento da Lei de Inovação, quando esse apoio ao NITs aumentou para algo em torno de nove milhões, compostos de uma chamada de oito milhões e um apoio à três núcleos privados. Em 2008 estamos com essa chamada de dez milhões, ainda vigente. Em termos de recursos, isso não era o que imaginávamos e havíamos proposto, mas foi o possível nessas condições. Enfim, temos tentado sempre fazer um trabalho de sensibilização para que tenhamos realmente os recursos necessários para que os núcleos possam vir a ter um papel relevante em relação à expectativa de todos, inclusive do próprio governo com a Lei da Inovação. É importante tocarmos rapidamente na chamada pública, porque ela mostra um pouco a evolução da nossa visão em relação a essa questão. No planejamento da chamada, tínhamos destacado três requisitos que julgamos importantes de serem avaliados: disponibilidade e adequação de pessoal do quadro próprio da ICT para o NIT; capacitação técnica da equipe; e a estratégia de sustentabilidade desse núcleo após o projeto. Eu queria destacar esses dois primeiros porque na mesa redonda anterior, ficou claro que são o grande desafio e, talvez, o determinante da velocidade com que a própria Lei da Inovação, no que se refere à questão da propriedade intelectual, ao depósito de patentes, transferência de tecnologia, vai se dar. Vemos também essa relação direta com a capacitação da equipe e a questão do pessoal de quadro próprio da ICT. Isso no planejamento era uma preocupação. Após as propostas encaminhadas, em relação às competências mínimas previstas na Lei de Inovação, a interpretação nossa, num primeiro momento, seria um baixo comprometimento dos núcleos com o exercício de todas as competências da lei. Também se mostrou visível a clara necessidade de capacitação para os NITs. A partir do momento que passamos a ter uma relação mais próxima na ponta, com os núcleos e com as instituições, vendo as dificuldades que cada um passa, principalmente se pensarmos dentro das universidades, a questão não é um comprometimento, é uma dificuldade estrutural e cultural que existe e precisa ser superada. Em relação à disponibilidade de pessoal próprio, o que percebemos nas propostas é que era um número reduzido de pessoal próprio, acho que continua assim até hoje. A qualificação inadequada. Mesmo existindo pessoal próprio, a dedicação era baixa. Muitas vezes o próprio pesquisador acaba tendo que se envolver nessas atividades, nessas funções. É um pouco o quadro que vimos em 2006 na avaliação das propostas. Em relação a estratégia de sustentabilidade, identificamos falta de política de inovação nas ICTs. Não existia previsão orçamentária para os núcleos, não existia um plano de negócios para receitas para o núcleo. Uma fraca inserção dos núcleos nas estruturas organizacionais das ICTs. Essas duas questões nos chamaram atenção e nos fizeram implementar algumas ações que independessem de um montante muito grande de recursos. Inicialmente fizemos um seminário em 2007, que chamamos de seminário de orientação, em parceria com o MCT e com o INPI. Basicamente, o objetivo desse seminário 131
- Page 80 and 81: se puderem partir direto para um co
- Page 82 and 83: JOÃO MARCELO DE LIMA ASSAFIM O pap
- Page 84 and 85: WILSON MAGELA Eu gostaria de fazer
- Page 86 and 87: um cálculo financeiro dizendo que
- Page 88 and 89: de São Paulo, PhD pela Escola Poli
- Page 90 and 91: finalmente testes clínicos de fase
- Page 92 and 93: muito boas, se todas essas idéias
- Page 94 and 95: a commodities, perde nesse contexto
- Page 96 and 97: Essa metodologia, junto com o CRIE,
- Page 98 and 99: Enfim, temos muito na parte de capa
- Page 100 and 101: EUSEBI NOMEN Não autorizado. JOSÉ
- Page 102 and 103: JOSÉ FERNANDO PEREZ Muito interess
- Page 104 and 105: PARTE III FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃ
- Page 106 and 107: estabelecido o Acordo TRIPS, o qual
- Page 108 and 109: vale observar que o Brasil praticam
- Page 110 and 111: ou que tenha sido ministrado no Bra
- Page 112 and 113: de graduação que tem o objetivo c
- Page 114 and 115: trazendo somente a parte teórica s
- Page 116 and 117: Em primeiro lugar, vou chamar aten
- Page 118 and 119: construção dessas pontes interdis
- Page 120 and 121: MARIA BEATRIZ BONACELLI Boa tarde.
- Page 122 and 123: ajudar na estruturação de outros
- Page 124 and 125: Outra questão importante é o aume
- Page 126 and 127: CARLA RIBEIRO Como examinadora de p
- Page 128 and 129: estrutura, etc. Isso é uma discuss
- Page 132 and 133: era de orientar os núcleos, uma ve
- Page 134 and 135: o grande gargalo. Em relação ao d
- Page 136 and 137: PARTE IV MINICURSO VALORAÇÃO E
- Page 138 and 139: hora”. Então, eu trabalho fora,
- Page 140 and 141: caro. Claro que se for no Sofitel,
- Page 142 and 143: Kaplan e Norton dizem em 1996 que P
- Page 144 and 145: o relatório de capitais intangíve
- Page 146 and 147: Parte 2 - Gestão Tecnológica visa
- Page 148 and 149: vou gerenciar isso? Na medida em qu
- Page 150 and 151: se eu posso aproximar esse mecanism
- Page 152 and 153: terapêutica aparecem numa média c
- Page 154 and 155: Ele não é um software proprietár
- Page 156 and 157: MARIA ESTER DAL POZ Como eu lhe dis
- Page 158 and 159: inovação aberta. Há outro concei
- Page 160 and 161: A descentralização do conheciment
- Page 162 and 163: colocação no mercado, porque não
- Page 164 and 165: Esse é um exemplo de uma minerador
- Page 166 and 167: A outra questão é que essa gestã
- Page 168 and 169: governo também define que algum ti
- Page 170 and 171: metas e, a partir delas, foi defini
- Page 172 and 173: mecanismos de controle que façam c
- Page 174 and 175: Parte 4 - Comercialização de Tecn
- Page 176 and 177: O que abrange a comercialização d
- Page 178 and 179: das incubadoras. Quanto a permitir
para um dos componentes do SIBRATEC, que são os centros de inovação. O NIT, dentro<br />
das diretrizes estabelecidas pelo comitê gestor do programa, é prérequisito para integração<br />
dessas instituições a essas redes. É um destaque que o próprio governo coloca em relação<br />
aos núcleos.<br />
Em termos de recursos, em <strong>20</strong>02 foram destinados em torno de um milhão para os<br />
núcleos de apoio à patenteamento e um milhão para os escritórios de transferência de<br />
tecnologia. Isso se repetiu em <strong>20</strong>04 com o advento da Lei de Inovação, quando esse apoio<br />
ao NITs aumentou para algo em torno de nove milhões, compostos de uma chamada de oito<br />
milhões e um apoio à três núcleos privados. Em <strong>20</strong>08 estamos com essa chamada de dez<br />
milhões, ainda vigente. Em termos de recursos, isso não era o que imaginávamos e<br />
havíamos proposto, mas foi o possível nessas condições. Enfim, temos tentado sempre<br />
fazer um trabalho de sensibilização para que tenhamos realmente os recursos necessários<br />
para que os núcleos possam vir a ter um papel relevante em relação à expectativa de todos,<br />
inclusive do próprio governo com a Lei da Inovação.<br />
É importante tocarmos rapidamente na chamada pública, porque ela mostra um<br />
pouco a evolução da nossa visão em relação a essa questão. No planejamento da<br />
chamada, tínhamos destacado três requisitos que julgamos importantes de serem avaliados:<br />
disponibilidade e adequação de pessoal do quadro próprio da ICT para o NIT; capacitação<br />
técnica da equipe; e a estratégia de sustentabilidade desse núcleo após o projeto. Eu queria<br />
destacar esses dois primeiros porque na mesa redonda anterior, ficou claro que são o<br />
grande desafio e, talvez, o determinante da velocidade com que a própria Lei da Inovação,<br />
no que se refere à questão da propriedade intelectual, ao depósito de patentes,<br />
transferência de tecnologia, vai se dar. Vemos também essa relação direta com a<br />
capacitação da equipe e a questão do pessoal de quadro próprio da ICT. Isso no<br />
planejamento era uma preocupação.<br />
Após as propostas encaminhadas, em relação às competências mínimas previstas<br />
na Lei de Inovação, a interpretação nossa, num primeiro momento, seria um baixo<br />
comprometimento dos núcleos com o exercício de todas as competências da lei. Também<br />
se mostrou visível a clara necessidade de capacitação para os NITs. A partir do momento<br />
que passamos a ter uma relação mais próxima na ponta, com os núcleos e com as<br />
instituições, vendo as dificuldades que cada um passa, principalmente se pensarmos dentro<br />
das universidades, a questão não é um comprometimento, é uma dificuldade estrutural e<br />
cultural que existe e precisa ser superada.<br />
Em relação à disponibilidade de pessoal próprio, o que percebemos nas propostas é<br />
que era um número reduzido de pessoal próprio, acho que continua assim até hoje. A<br />
qualificação inadequada. Mesmo existindo pessoal próprio, a dedicação era baixa. Muitas<br />
vezes o próprio pesquisador acaba tendo que se envolver nessas atividades, nessas<br />
funções. É um pouco o quadro que vimos em <strong>20</strong>06 na avaliação das propostas.<br />
Em relação a estratégia de sustentabilidade, identificamos falta de política de<br />
inovação nas ICTs. Não existia previsão orçamentária para os núcleos, não existia um plano<br />
de negócios para receitas para o núcleo. Uma fraca inserção dos núcleos nas estruturas<br />
organizacionais das ICTs.<br />
Essas duas questões nos chamaram atenção e nos fizeram implementar algumas<br />
ações que independessem de um montante muito grande de recursos.<br />
Inicialmente fizemos um seminário em <strong>20</strong>07, que chamamos de seminário de<br />
orientação, em parceria com o MCT e com o INPI. Basicamente, o objetivo desse seminário<br />
131