DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec
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ajudar na estruturação de outros NITs. Já oferecemos duas edições desse curso e está<br />
prevista a terceira edição para fevereiro de <strong>20</strong>09. São cerca de vinte e cinco alunos por<br />
edição, a preferência é para pessoal de NIT, mas tem também alunos que se interessam, e<br />
a procura é bem grande. São cinco módulos, desde a idéia do que é um NIT, a cultura de<br />
inovação, introdução ao planejamento e à gestão em CTI – que são conceitos mais gerais<br />
de CTI, sistema nacional de inovação – empreendedorismo e negócios tecnológicos,<br />
propriedade intelectual e comercialização de tecnologias e financiamento a CTIs. Esse é<br />
bem voltado para esse perfil de profissional.<br />
O DPCT tem, com essas aulas e cursos principalmente na pósgraduação, algumas<br />
teses e dissertações já defendidas neste tema: três teses defendidas e três dissertações em<br />
propriedade intelectual, apropriação de conhecimento na indústria de software e na<br />
agricultura, uma delas de Sergio Paulino de Carvalho, do INPI,. Uma das dissertações<br />
acabou de ser defendida é sobre o Nuplitec, o Núcleo de Propriedade Intelectual da<br />
FAPESP.<br />
Estamos distantes do contexto mostrado por Beatriz Amorim, mas passos vêm sendo<br />
dados na direção de se colocar em pauta nas discussões um ponto central: quem se<br />
apropria do conhecimento gerado nas instituições públicas. Muitas das nossas discussões<br />
em salas de aula colocam essa reflexão sobre a apropriação do conhecimento. Estamos<br />
numa instituição pública, então muito do que fazemos aqui deve ser, necessariamente, de<br />
domínio público? Mas quem vai ter mais chances de se apropriar destes conhecimentos? A<br />
sociedade em geral ou aquele que tiver mais recursos e mais competência? No instante T0<br />
pode ser de domínio público, mas no instante T1 alguém já se apropriou desse<br />
conhecimento. A universidade tem a obrigação de fazer essa reflexão, de saber para onde<br />
estão caminhando os resultados dos nossos trabalhos, saber quem está se apropriando<br />
desses resultados, para ser capaz de gerar maiores e melhores benefícios a toda a<br />
sociedade. Muito obrigada.<br />
RITA PINHEIRO MACHADO<br />
Bom dia a todos. Gostaria de externar a minha satisfação em estar numa mesa como<br />
esta. Eu vou fazer meus comentários em cima daquilo que o INPI vem fazendo.<br />
Para contextualizar esse problema, lembro o que ouvimos no primeiro dia, o Brasil<br />
tem méritos de desenvolvimentos científicos enormes, boa produção científica – 2% no ano<br />
passado, e número de doutores crescente. Tudo isso é muito importante, mas acaba não<br />
impactando toda essa ciência bem desenvolvida nas universidades, que não está sendo<br />
transportada para o mercado. Não temos um grande número de depósitos de residentes ou<br />
patentes concedidas em número proporcional ao nosso desenvolvimento científico. É<br />
extremamente importante pensarmos que nenhum de nós saiu da universidade sabendo<br />
algo sobre propriedade intelectual, em qualquer universidade, com exceção das escolas de<br />
direito e algumas iniciativas mais recentes. O público que está aqui certamente não viu essa<br />
matéria na universidade. Isso é uma questão importante, como pegamos pessoas que estão<br />
saindo da universidade, sem a menor noção do que seja propriedade intelectual, do que<br />
seja empreendedorismo, e esperar que acabe acontecendo alguma coisa.<br />
Além disso, uma questão importante é ensinar o empreendedorismo desde a escola.<br />
Eu estive recentemente na Coréia e fiquei bastante espantada com o trabalho que eles vêm<br />
desenvolvendo com as crianças. A mesma coisa vem acontecendo na China. Um trabalho<br />
importante de mostrar para as crianças a questão da criatividade, a importância de gerar<br />
novas idéias e tentar ser empreendedor.<br />
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