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DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec

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Depois disso, Maria Beatriz fez um levantamento sistemático e muito interessante<br />

sobre as universidades no mundo, os escritórios de propriedade intelectual, as academias<br />

de propriedade intelectual, os conteúdos, fez referência a Ruth Soetendorp, que mostra<br />

exatamente um cardápio muito variado de preocupações com propriedade intelectual, uma<br />

ecologia variada. Faz referência ao Brasil, que nesse panorama, fica muito bem num retrato.<br />

Acho que estamos muito avançados no entendimento do que a Maria Beatriz chamou de<br />

segunda fase do ensino e da pesquisa em propriedade intelectual. De fato, temos uma<br />

experiência muito rica nas escolas de direito, nos cursos – o curso da UERJ é certamente<br />

no Rio de Janeiro um curso importante nessa área – mas estamos muito avançados no<br />

entendimento interdisciplinar da propriedade intelectual.<br />

O que vemos é que há uma necessidade permanente de ampliação do escopo da<br />

reflexão acadêmica em PI, porque estão surgindo a todo tempo novas questões no cenário<br />

internacional que afetam os intangíveis, especialmente finanças e conhecimento, que<br />

tendem cada vez mais a andarem juntos, e que afetam, portanto, a regulação da<br />

propriedade intelectual. Até mesmo, e estamos num momento muito oportuno para falar<br />

isso, a crise atual certamente vai redefinir a governança financeira internacional e vai alterar<br />

as relações entre a esfera pública e a esfera privada, redefinindo, então, o papel do Estado.<br />

Num sentido, temos certa felicidade de estar construindo um programa que se chama<br />

Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento, com três áreas de concentração, que<br />

são: Governança e Políticas Públicas; Instituições, Estratégias e Desenvolvimento; e<br />

Inovação, Propriedade intelectual e Desenvolvimento. São áreas que se apóiam<br />

mutuamente e que oferecem um conjunto de disciplinas, em que algumas são específicas<br />

das áreas e outras são o que chamamos de disciplinas nucleares – nucleares porque elas<br />

são o núcleo de reflexão de cada área, dentro de cada área são núcleos de reflexão das<br />

linhas de pesquisa da área. Essas questões mais gerais, de governança de propriedade<br />

intelectual, das trajetórias tecnológicas, em que eu faço uma ligação com a conferência da<br />

Maria Beatriz, na realidade é preciso ter alunos – estou falando mais da área de núcleo<br />

estratégico do Estado e das empresas – que estejam munidos de ferramentas teóricas para<br />

se posicionarem diante dessas novas questões que permanentemente estão presentes. Não<br />

é uma questão só de capacitação, mas sim de oferecer disciplinas que são mais gerais, mas<br />

que permitem posicionamento. Trazendo um exemplo que aconteceu ontem, eu havia<br />

pedido aos alunos de doutorado que pensassem nas metodologias para elaboração das<br />

suas teses, e um aluno me disse que não tinha a menor condição de fazer isso agora,<br />

porque ele havia começado a fazer o curso sobre teorias neo­schumpeterianas, e com isso<br />

ele descobriu que o Schumpeter é “o cara”. Então, ele está sendo submetido a alguns<br />

cursos mais teóricos, o do Schumpeter e o curso de governança municipal de<br />

sustentabilidade ambiental com ênfase na dimensão local. Essas duas disciplinas estão<br />

mudando o que ele pensa na tese de doutorado. Dessa maneira, ele não tem condições de<br />

falar de metodologia, ele quer falar de teoria. Estou chamando atenção desse exemplo para<br />

explicar que as teorias são muito relevantes, porque permitem o reposicionamento diante de<br />

questões que não estão dadas e que realmente implicam numa redefinição de pensamentos<br />

sobre essas questões.<br />

O curso, o programa, precisa redefinir em primeiro lugar, depois que ele define suas<br />

linhas de pesquisa, quais são as disciplinas nucleares. Isso aponta para o fato de que<br />

algumas disciplinas e conteúdos que foram mostrados por Beatriz Amorim são mais ou<br />

menos comuns. Por exemplo, nos diferentes programas de propriedade intelectual,<br />

globalização e harmonização da propriedade intelectual é certamente uma temática mais ou<br />

menos comum. Direito e economia, a construção das pontes entre elas é uma preocupação<br />

disciplinar muito importante. Direito internacional da propriedade intelectual, que foi<br />

oferecido pelo José Carlos Vaz e Dias no nosso programa. Economia da inovação, gestão<br />

pública da propriedade intelectual, economia e direito das marcas, sempre trazendo a<br />

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