DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec
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trazendo somente a parte teórica sem discutir situações. É importante que seja uma<br />
metodologia baseada em cases para motivação.<br />
A inclusão de PI como disciplina de graduação deve contar com forte apoio, sempre<br />
que possível, do poder central dentro da universidade. Isso sempre é uma luta, já é uma<br />
área multidisciplinar, é uma área nova dentro da academia. Se não houver engajamento<br />
dentro do conselho superior de ensino de uma universidade, dos reitores, as iniciativas terão<br />
dificuldade de serem concretizadas.<br />
As escolhas metodológicas devem levar em conta informações online, uma vez que<br />
existe muita informação online para a área de propriedade intelectual.<br />
Deve haver apoio para o desenvolvimento de material didático. Isso tem que se levar<br />
em conta em qualquer política educacional. Não existe material em português, por exemplo,<br />
principalmente fora do âmbito do direito. É importante também o estímulo à produção de<br />
revistas especializadas. Isso tudo passa por uma atuação forte de agências<br />
governamentais, que podem tomar medidas de indução. Por exemplo: a inclusão da<br />
disciplina em programas de mestrado e doutorado. Pode haver um incentivo por parte da<br />
CAPES, por exemplo, para inclusão dessas disciplinas. Estruturação de programas nessa<br />
área também é importante. Isso pode passar a ser um programa induzido dentro da CAPES.<br />
A concessão de bolsas para auxílio à pesquisa envolvendo PI é uma atuação que envolve<br />
CNPq, CAPES e outras agências que dão apoio à estudos na área. Abertura de concursos<br />
para professores especializados em PI. Eu conheço bem o Dr. José Carlos Vaz e Dias, que<br />
foi o primeiro a ocupar uma vaga específica na área de PI dentro de uma universidade – a<br />
UERJ. Também é necessária a abertura de novos concursos específicos para pessoas que<br />
vão atuar na área de propriedade intelectual. A UERJ é o único caso que conheço no país.<br />
Incentivo ao desenvolvimento de disciplinas seletivas em PI para estudantes de<br />
graduação. Isso foi feito muito bem na China e em Singapura, por parte de medidas de<br />
governo para incentivo de ensino tanto na graduação, como na pósgraduação.<br />
Continuidade e incremento da oferta de cursos profissionalizantes em<br />
comercialização de PI. Esse espaço já é bem ocupado pela REPICT, FORTEC, ABPI, LES,<br />
pelo próprio INPI, dentre outras instituições.<br />
E, por último, reforçar a profissionalização na área de PI e transferência de<br />
tecnologia.<br />
Eu deixo aqui uma lista de referências bibliográficas para quem se interessar e quiser<br />
se aprofundar na questão de construção de disciplinas e programas de propriedade<br />
intelectual e transferência de tecnologia. É uma lista de livros e capítulos e também material<br />
online que estão disponíveis, inclusive com ementas de cursos também online. Chamo<br />
atenção para o website do escritório britânico de propriedade intelectual, que tem um setor<br />
só dedicado à inovação. Dentro desse setor há uma parte destinada à área de educação e<br />
propriedade intelectual, com estruturas de disciplinas e vários modelos.<br />
Agradeço e espero que possamos trabalhar melhor essas reflexões e idéias durante<br />
o debate, contrastando o caso do Brasil com esses que apresentei. Muito obrigada.<br />
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