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DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec

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Coloquei em amarelo os licenciamentos de tecnologia open source e outros regimes<br />

alternativos. É importante que quem milita na área de propriedade intelectual comece<br />

também a trabalhar com as alternativas que surgem com o uso do sistema e passem a<br />

discutir porque usar ou não usar a proteção que o sistema concede. É importante ter uma<br />

postura bem aberta nesse sentido para que não seja uma discussão muito dogmática, o que<br />

na área acadêmica nunca é bom.<br />

O professor Charles MacManis, da Universidade de Washington, em Saint Louis,<br />

oferece outro exemplo de formas de ensino da PI. Ele é um professor na área de direito<br />

internacional. Fala de propriedade intelectual no âmbito do sistema internacional. Ele<br />

chama, então, atenção para duas áreas muito importantes de serem abordadas em qualquer<br />

curso de propriedade intelectual: temas emergentes ligados à informática e temas<br />

emergentes ligados à biotecnologia. Coloquei estas estatísticas para reforçar a idéia do que<br />

vimos antes; a curva de depósito de patentes é crescente. Esse crescimento é ainda maior<br />

em áreas como biotecnologia e informática. Enquanto, no período mais recente de 1995 a<br />

<strong>20</strong>01, o total de crescimento de patentes foi de 8% para as áreas de biotecnologia, para as<br />

áreas de informática, foi de 12%. No total, essas são as áreas que mais têm recebido<br />

depósitos de patentes. Nesse sentido, há também um rebatimento no ensino, porque é<br />

importante abordar questões ligadas a proteção nessas duas áreas. Então o professor<br />

MacManis propõe que as instituições criem cursos de introdução ao sistema internacional de<br />

PI, explorando temas emergentes. A organização seria em três partes: PI e comércio<br />

internacional; tecnologia digital; e biotecnologia, biodiversidade, conhecimentos tradicionais<br />

e saúde pública. Eu também ponho referência aqui sobre sua proposta de ementa do curso.<br />

Quem tiver interesse poderá conseguir mais informações na fonte.<br />

Quem poderia ensinar propriedade intelectual? Foi feita pesquisa pela Universidade<br />

de Curtin, na Austrália. As pessoas que ensinam PI são geralmente das seguintes áreas:<br />

professores de escolas de direito, profissionais de núcleos atuando na prática da questão de<br />

transferência de tecnologia e propriedade intelectual, professores assistentes ou visitantes<br />

como profissionais, agentes de PI, advogados. Eu ainda incluiria os examinadores de<br />

patentes dos escritórios, professores da área de transferência de tecnologia e de business,<br />

professores que tenham tido experiência com patenteamento em engenharias e ciências da<br />

vida.<br />

O professor Joseph Strauss, que é muito conhecido nessa área, é pioneiro na área<br />

de ensino em propriedade intelectual. Ele é do Max Plank Institute e diz que todos que<br />

estejam envolvidos em educação sobre patentes, um tema estreitamente atrelado ao<br />

desenvolvimento de tecnologia, deveria se sentir obrigado a demonstrar na prática de suas<br />

atividades de ensino o quanto estão próximos da técnica e, ainda, a importância central de<br />

que inovação e patentes sejam tratadas e compreendidas como um todo orgânico. Essa é a<br />

definição de como deve se pautar um instrutor na área de propriedade intelectual,<br />

especialmente de patentes.<br />

Eu deixo aqui algumas idéias para incrementar essa área de PI. Na Inglaterra, existe<br />

atualmente uma exigência por parte de associações profissionais de conhecimento em PI:<br />

hoje, o engenheiro, para ter o direito de exercer a profissão, precisa demonstrar algum<br />

conhecimento em propriedade intelectual. Isso pode ser uma estratégia de indução e de<br />

estímulo ao ensino e ao conhecimento na área.<br />

A necessidade de um ensino deve sempre ter em mente a importância de um ensino<br />

contextualizado de PI para não­advogados. Não adianta começarmos a instituir disciplinas<br />

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