DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec
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de graduação que tem o objetivo central de treinar nãoadvogados. São vários os temas<br />
abordados, os quais eu cito aqui, porque acho interessante refletir sobre que tipo de<br />
conteúdo deve ser incluído numa disciplina de propriedade intelectual.<br />
O Projeto SPINNOVA reúne sete universidades na Europa que estruturam cursos, e<br />
todas elas usam o mesmo modelo, intercambiam professores para ministrarem esses<br />
cursos. Eu acho que é um modelo interessante para o Brasil, por ser um país grande com<br />
tão pouca gente nessa área. Poderia ser um projeto compartilhado para formação de<br />
disciplinas na área de propriedade intelectual. Os temas que eles abordam nesses cursos<br />
estão aí listados: direito de propriedade intelectual, negócios, criação de spinoffs, entre<br />
outros.<br />
A Universidade de Tulsa, nos Estados Unidos, tem um programa de dois anos de<br />
inovação e desenvolvimento de produtos. No âmbito desse programa, oferece uma<br />
disciplina especialmente de propriedade intelectual. É um curso multidisciplinar e que tem<br />
interesse, nesse caso específico, de treinar para não perderem a oportunidade de proteger e<br />
comercializar seus inventos no futuro. É voltado para engenheiros e pessoas na área<br />
técnica.<br />
A Universidade de Tóquio tem desde <strong>20</strong>01 uma rede, uma colaboração de quatro<br />
universidades que ofertam cursos de ciência e tecnologia e propriedade intelectual. Tratase<br />
de uma metodologia baseada em problem solving, em prática, enriquecido por colocar<br />
pessoas com formações diversas na sala de aula.<br />
A China tem uma política muito agressiva na área de ciência, tecnologia e inovação.<br />
A política de inovação e de propriedade intelectual da China também passa pela questão<br />
educacional. Há políticas educacionais no Brasil que respondem aos desafios da política<br />
industrial? Na China, estão dando incentivos à criação de cursos de propriedade intelectual.<br />
Estão, com isso, surgindo vários cursos nessa área.<br />
A Universidade Nacional de Singapura também está dando uma importância muito<br />
grande ao tema, especialmente por intermédio de sua a escola de business que oferece<br />
disciplinas em PI: cyberspace, uso de ebusiness em PI, uma série de temas importantes<br />
correlacionados.<br />
Deixo o caso brasileiro para debatermos com minhas companheiras de mesa. Tenho<br />
certeza de que Ana Célia vai comentar iniciativas posteriores ao curso de pósgraduação do<br />
Instituto de Economia, oferecido em parceria entre UFRJ e INPI. Esse programa deu origem<br />
a um mestrado e um doutorado que atendem ao espírito da multidisciplinaridade. Chamo<br />
atenção também para o Departamento de Política Científica e Tecnológica da Unicamp, que<br />
sempre teve uma linha de pesquisa em propriedade intelectual, no âmbito de um contexto<br />
mais multidisciplinar, em que entra forte a questão do agrobusiness, inovação, vários<br />
setores ligados à inovação tecnológica que sempre deram importância ao conhecimento de<br />
atrelar propriedade intelectual à inovação.<br />
Voltando às experiências de fora, a professora Ruth Soetendorp, do Reino Unido, fez<br />
doutorado na área de propriedade intelectual, tendo um especial interesse em temas de<br />
ensino e pesquisa. Ela tem um olhar bem didático. Apresenta uma lista de temas propostos<br />
para que todos os alunos no nível básico da universidade sejam expostos a esse tipo de<br />
informação, por exemplo, noções gerais na área de propriedade intelectual, relação entre PI,<br />
inovação e desenvolvimento. Seria uma série de temas que são importantes num curso<br />
básico, em geral para pessoas que vão atuar nessa área. Ela também lista outros temas<br />
para um curso avançado.<br />
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