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DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec

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Enfim, é um desafio formar uma equipe que possa responder a todas essas necessidades<br />

dentro de um NIT e de um departamento de transferência de tecnologia de qualquer<br />

empresa.<br />

Gostaria de dedicar um tempo aos programas da OMPI para gestores. Muitos dos<br />

senhores eu já conheço, inclusive através desses cursos. Vou descrever especificamente<br />

dois cursos. O primeiro é um curso de licenciamento de tecnologia que se chama Successful<br />

Technology Licensing (STL). A OMPI já trouxe esse programa para o Brasil umas cinco<br />

vezes, e vai ocorrer novamente uma edição, de 15 a 18 de dezembro, na área de energias<br />

renováveis. Esse curso abordará não só licenciamento, mas também acordos de<br />

colaboração e acordos de pesquisa patrocinada. Serão abordadas várias modalidades de<br />

parceria e de transferência de tecnologia. Quem fez o STL tradicional pode até se interessar<br />

em fazer este de dezembro, porque ele será um pouco mais amplo em termos de<br />

abordagem de tipos de parceria. O STL tradicional é um curso de quatro dias, dois dias para<br />

conceitos teóricos ligados ao tema e dois dias de práticas, em que um grupo de mais ou<br />

menos cinqüenta pessoas se divide em cinco grupos de dez e negociam acordos de<br />

licenciamento. Ao final, esses acordos são apresentados, todos baseados numa história<br />

fictícia. É uma dinâmica bastante interessante. Tem sido um sucesso em vários países.<br />

O segundo curso voltado para a formação de pessoas que trabalham com<br />

transferência de tecnologia é o Patent Drafting, redação de patentes. Redigir bem uma<br />

patente é um primeiro passo para o sucesso no licenciamento e em outros tipos de<br />

negociação que os profissionais têm que enfrentar nessa área. Esse curso foi desenvolvido<br />

por consultores e resultou na elaboração de um manual. Já foi realizado no Brasil duas<br />

vezes. A terceira edição será em outubro do ano que vem, na Bahia, voltado para<br />

tecnologias na área de petróleo e gás e energias alternativas. Será uma parceria com o IEL<br />

da Bahia. Esse é um curso que originalmente foi concebido para ser ministrado em duas<br />

semanas. Era muito complexo e denso, e tirar as pessoas duas semanas dos seus postos<br />

de trabalho nunca foi muito fácil. Nós fizemos a primeira edição no Brasil dessa forma, em<br />

duas semanas. A partir de conversas com participantes, optamos por algumas alternativas.<br />

Em alguns países fazemos o curso em uma semana, depois dois meses de ensino à<br />

distância e, finalmente, mais uma semana de exercícios práticos para consolidação dos<br />

conceitos. O ensino à distância também é baseado em exercícios. O custo na América<br />

Latina para um curso fixo desse fica sempre caro, uma vez que os palestrantes<br />

normalmente vêm da Europa e dos Estados Unidos. A segunda edição, no Brasil, foi de um<br />

programa de dez dias de curso presencial e depois dois meses de ensino à distância. A<br />

turma, que fez esse curso na PUC­Rio, em agosto, iniciará agora a fase do ensino à<br />

distância. Tem funcionado muito bem e os resultados têm sido bastante interessantes.<br />

Gostaria de reforçar que uma boa redação de patentes é algo muito importante. Descreve­<br />

se a invenção, fazendo o melhor uso da terminologia técnica, com reivindicações de<br />

cobertura ampla, fechando as brechas para que outros inventores e engenheiros possam<br />

obter suas próprias patentes, possivelmente mais fortes do que as de seus concorrentes.<br />

Esse é um trecho de um livro que se chama The Patent Writer. Para esse curso, exigimos<br />

que se tenha formação técnica. Os participantes para “Redação de Patentes” podem ser um<br />

engenheiro advogado ou um biotecnólogo advogado, mas não pode ser só um advogado,<br />

porque para redigir patente é preciso ter formação técnica, fundamental para as<br />

reivindicações.<br />

Uma busca no Google resulta em uma série de links. No Brasil, chamou atenção o<br />

fato de que vários pesquisadores já colocam em seu Currículo Lattes que eles sabem redigir<br />

patente. Eu acho que isso já é resultado de um longo trabalho de disseminação de cultura<br />

PI que várias instituições fizeram no país. Há também várias ofertas de serviços para<br />

redação de patentes. No entanto, não existe nenhum curso de redação de patente ofertado<br />

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