DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec
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toda essa evolução do vinil para o CD, que hoje não existe mais na vida de nenhum jovem<br />
com o boom da tecnologia do MP3. E todas essas mídias estão compactadas hoje no<br />
Iphone, que integra telefonia, video e áudio. Hoje eu não consigo usar tudo que oferecem.<br />
Então, a capacidade de absorção das novas tecnologias tem sido um desafio para a minha<br />
geração, por exemplo.<br />
Toda essa história de avanço tecnológico, de intensificação do comércio, é<br />
comprovada por vários dados. Apresento aqui um gráfico que mostra o crescimento do<br />
volume de comércio exterior no período de 1950 a <strong>20</strong>02. Cada vez mais estabelecemos<br />
relações comerciais, que se intensificam fortemente em áreas tecnológicas, mais que em<br />
outras áreas. Este outro gráfico mostra o crescimento de vendas em todas as áreas<br />
industriais e dá destaque às áreas de alta tecnologia, onde o crescimento é mais acentuado.<br />
O valor do conhecimento nesse contexto tem outro patamar. O valor dos intangíveis cresce<br />
à medida que o tempo passa, ou seja, cada vez mais ouvimos que o intangível é o que mais<br />
vale numa empresa. É toda uma realidade nova. A receita de propriedade intelectual a partir<br />
das relações econômicas também cresce intensamente. Enfim, o conhecimento passa a ser<br />
elemento central.<br />
O professor Glauco Arbix trouxe o exemplo justamente de governos líderes no<br />
comércio internacional, que colocam inovação como elemento chave de suas políticas<br />
industriais. Assim, os governos e as empresas passam a considerar recursos humanos,<br />
capital intelectual, como fundamentais em suas estratégias para crescimento.<br />
Esse slide traz um trecho da revista The Economist, de <strong>20</strong>06, que diz que o sucesso<br />
das economias avançadas encontrase cada vez mais dependente não mais do seu capital<br />
físico, mas de suas capacidades de mobilizar o poder intelectual de seus nacionais.<br />
Que tipo de trabalhador é mais necessário? Isso também foi falado na REPICT. Foi<br />
colocada a deficiência do Brasil em formar engenheiros. Esse gráfico mostra o avanço dos<br />
Estados Unidos na formação de profissionais nas áreas de ciência e engenharia, como uma<br />
prioridade para este país fazer frente aos desafios do novo mundo baseado em<br />
conhecimento. Outro indicador que se usa muito é o investimento em P&D. Eu chamo<br />
atenção para a China como um novo ator, crescendo muito. O seu investimento em P&D, a<br />
partir de <strong>20</strong>00 e <strong>20</strong>01, deu um salto. O Alejandro Roca trouxe muitos dados sobre<br />
patenteamento por parte de países asiáticos, que também é um indicador que cresce nessa<br />
região.<br />
Aqui vemos dados dos três maiores Escritórios de Propriedade Industrial no mundo –<br />
Europa, Estados Unidos e Japão – com curvas crescentes em depósito de patentes. Esses<br />
já são dados do escritório americano, o USPTO. No contexto do USPTO, houve crescimento<br />
para vários países, mas especialmente um crescimento muito acentuado para países da<br />
Ásia, como Coréia e China. São novos atores entrando para competir num mundo<br />
globalizado. O Brasil não apresenta estatísticas tão boas na área de patentes.<br />
O PCT também é uma fonte de avaliação para depósitos de patentes e tecnologia,<br />
onde os depósitos também têm crescido. Dentro do PCT, dois países cresceram muito mais.<br />
O PCT como um todo tem crescido mais ou menos uma média de 6% ao ano, mas o<br />
crescimento de países como Coréia e China têm sido mais elevados. A China, de <strong>20</strong>03 a<br />
<strong>20</strong>07, cresceu 38%, enquanto a Coréia cresceu 18%. São países que estão numa curva<br />
exponencial de crescimento. Aqui se vê uma tabela de países em desenvolvimento, onde o<br />
Brasil aparece depois da China, Índia, Coréia e África do Sul, com um total em <strong>20</strong>07 de 394<br />
patentes no PCT. Isso é pouco, se comparado à Índia, por exemplo, com 880. No entanto,<br />
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