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DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec

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sucesso, não só aqui na REPICT, como também em diversos outros fóruns que estruturam<br />

cursos em PI.<br />

Este painel tratará da formação de profissionais para a área de propriedade<br />

intelectual. Vou falar de maneira geral sobre esse tema, trazendo informações sobre<br />

possibilidades de cursos – não todos, claro, porque não esgotarei aqui informações sobre<br />

todos os cursos de propriedade intelectual e transferência de tecnologia que existem mundo<br />

à fora – mas procurarei trazer informações nesse contexto. Trabalharei um pouco a idéia de<br />

que tipo de conteúdo programático deve estar presente em um curso de propriedade<br />

intelectual. Espero que durante o debate possamos contrastar essas informações com a<br />

realidade nacional através da contribuição das minhas colegas Ana Castro e Rita Pinheiro<br />

Machado, com as quais trabalhei em tantos programas no INPI, assim como da professora<br />

Beatriz Bonacelli, da Unicamp. Conheci o Jorge Ávila do INPI numa banca de doutorado,<br />

onde estávamos juntos como examinadores. Tratava­se da defesa de tese do atual Diretor<br />

de Articulação Institucional do INPI, Sérgio Paulino. Então, era uma comunidade muito<br />

pequena que hoje, felizmente, já tem um número maior de pessoas crescendo a cada dia.<br />

Abordarei o tema passando pelos pontos que se seguem. Primeiro falarei um pouco<br />

sobre os antecedentes da criação do sistema de propriedade intelectual e de como a<br />

educação em PI foi evoluindo junto com o seu uso, no início, muito baseado na área jurídica,<br />

em escolas de direito. Depois falarei sobre a mudança de paradigma no pós­Segunda<br />

Guerra, justamente quando o conhecimento passa a ser central para a competitividade<br />

econômica e social. Isso também tem um reflexo grande no uso do sistema de propriedade<br />

intelectual e no tipo de profissionais necessários para atuar nesse sistema. Darei destaque,<br />

em seguida, à formação de gestores, que compõem o público maior da REPICT. Nesse<br />

âmbito, trarei informações sobre alguns programas que a OMPI oferece. Passo, em seguida,<br />

a discutir exemplos de cursos de PI localizando­os em duas fases: fase 1, em que surgiriam<br />

os cursos mais tradicionais da área de propriedade intelectual, localizados, em sua grande<br />

maioria, em escolas de direito; e fase 2, ainda em construção, em que temos o desafio de<br />

criar cursos multidisciplinares que envolvem várias áreas – administração, economia,<br />

engenharia, além do direito. Em seguida, veremos o conteúdo didático que deveria fazer<br />

parte das ementas dos cursos de propriedade intelectual, quem poderia ensinar e que tipo<br />

de perfil deveria ter os professores. Finalmente, finalizo com sugestões e recomendações<br />

que poderão ser discutidas no debate.<br />

Todos os senhores já devem ter passado por cursos básicos de propriedade<br />

intelectual e, de alguma maneira, já foram expostos a questões históricas, de como surgiu o<br />

sistema. É um sistema muito antigo. No século XIII, já existia concessão de direitos na área<br />

de direito de autor. Depois, no século XV, em Veneza, uma outra concessão de<br />

exclusividade para exploração de uma tecnologia. De 1623 a 1700, surgiram leis nacionais<br />

para regular privilégios de propriedade intelectual na Inglaterra, nos Estados Unidos e em<br />

outros países. O Brasil foi um pioneiro na criação de um sistema de propriedade intelectual.<br />

Veio com o príncipe regente Dom João VI, em 1809.<br />

Com a intensificação das relações comerciais, tornou­se logo necessário pensar em<br />

convenções internacionais que facilitassem a troca de produtos, mercadorias e tecnologias<br />

que estivessem protegidas pelo sistema de propriedade intelectual em territórios nacionais.<br />

Nesse momento, aparecem as Convenções de Paris e de Berna. É interessante notar que<br />

isso terá um rebatimento na formação de profissionais para área de propriedade intelectual,<br />

que já se inicia como um tema muito internacionalizado. Para ensinar propriedade<br />

intelectual, necessariamente tem que se pensar em propriedade intelectual contextualizada<br />

num sistema internacional, e não só levar em conta as leis nacionais. Em 1967, a OMPI foi<br />

criada. Trata­se da agência da ONU especializada em propriedade intelectual. Em 1994, foi<br />

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