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A filosofia oculta nas Religiões<br />
que indiquem temas revolucionários como a reencarnação ou a<br />
iniciação cristã. Como exemplo, citaremos as observações de<br />
estudiosos Bíblicos que, afirmam que Lázaro foi um grande, ou<br />
o maior dos iniciados entre os primeiros apóstolos. E seguindo<br />
essa linha de pensamento, eles sugerem que, Lázaro foi o<br />
verdadeiro autor do evangelho atribuído a João. Essa conclusão<br />
a primeira vista é estranha mas, a princípio ressaltemos que a<br />
autoria do quarto evangelho atribuída ao apóstolo João só se<br />
deu no segundo século da era cristã, e assim sendo, uma<br />
pergunta paira no ar: Quem teria sido o verdadeiro autor do<br />
Evangelho mais esotérico da Bíblia ?<br />
Partindo da constatação de que o discípulo que, no<br />
Evangelho é mencionado como “ aquele que Jesus amava” foi<br />
Lázaro, pesquisadores como Rudolf Steneir e outros, apontaram<br />
as diversas indicações da iniciação de Lázaro que, estão<br />
presentes nos evangelhos. Não nos cabe aqui nos<br />
aprofundarmos nos desdobramentos e constatações históricas<br />
mas, tais indícios no Evangelho apontam para a hipótese de<br />
que o autor do quarto Evangelho realmente foi Lázaro e este<br />
teria recebido, após sua iniciação, o nome de João (<br />
originalmente Yohannam que externamente significava: Deus<br />
foi benevolente). Seguindo essa linha de pensamento, Lázaro<br />
passou pela iniciação da morte e do renascimento tal como os<br />
antigos egípcios de outrora. Mas, ainda assim, como o Quarto<br />
Evangelho só apareceu no século II D.C. , ele pode ter sido um<br />
fruto da tradição oral cristã , e isso significaria que o escritor<br />
do Evangelho seria um evangelista posterior aos primeiros<br />
apóstolos.<br />
De qualquer forma, independente de quem seja o autor, O<br />
Evangelho de João é o mais profundo de toda a Bíblia; E o que<br />
podemos concluir com os apontamentos que citamos, é a<br />
dimensão da “fragilidade” das ditas verdades absolutas das<br />
humanas criaturas, e abalando dogmas visamos “acionar<br />
processos” que retirem as pessoas da inação mental,<br />
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