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— Não fi quem aí paradas, façam alguma coisa! A solução que Branca Flor encontrou foi cortar a barba do anão. Ao se ver livre, o anão pegou o saco de moedas de ouro que estava no chão e falou: — Não acredito que você cortou minha barba! Eu lhe desejo sete anos de má sorte! Branca Flor e Rosa Vermelha fi caram estarrecidas com o que aconteceu, mas continuaram a passear pela fl oresta. Mais à frente elas encontraram o anão novamente correndo perigo. Muito assustado, gritava preso pelas garras de uma águia. As moças prontamente correram para ajudá-lo. E conseguiram. Mas o anão só sabia xingá-las. Antes de sair correndo, ele pegou um saco de pedras preciosas que tinha largado no chão. No dia seguinte, Branca Flor e Rosa Vermelha encontraram o anão contando suas riquezas. Percebendo a presença das moças se encheu de raiva e voltou a xingá-las. Nesse momento o urso apareceu. Ele urrou muito alto e assustou o anão que caiu para trás, apavorado. — Por favor, não me faça mal. Fique com essas duas moças para você! Elas parecem ser muito suculentas. O urso deu uma patada no anão que morreu em seguida. As moças muito assustadas pensaram em fugir, mas o urso falou: — Branca Flor e Rosa Vermelha, por favor, não tenham medo de mim. Finalmente o encanto se quebrou e o urso se transformou em um lindo rapaz. — Na verdade sou príncipe de um reino próximo daqui. Aquele anão me enfeitiçou para roubar a minha fortuna. Com sua morte estou livre do feitiço. Ele se declarou apaixonado pela Branca Flor e Rosa Vermelha apaixonou-se pelo irmão mais novo do príncipe. A viúva foi morar com as fi lhas no castelo, mas não deixou jamais de cuidar de seu jardim. E todos os anos brotavam nele lindas rosas, brancas e vermelhas. 7
As viagens de Gulliver No reino dos pequeninos 8 Jonathan Swift Recontado por Lúcia Tulchinski Conto clássico esde garoto, eu sonhava em viver grandes aventuras nos mares. Filho de uma família inglesa modesta, aos catorze anos deixei a escola e me tornei aprendiz de um cirurgião famoso. Aplicava minha mesada em aulas de navegação e de matemática. No dia 4 de maio de 1699, embarquei como cirurgião no navio Antílope, rumo aos Mares do Sul. Depois de alguns dias no mar, uma violenta tempestade destruiu a embarcação. Eu e os outros tripulantes embarcamos num bote. Porém, ele também não resistiu ao mar bravio. O mesmo destino tiveram meus companheiros. Sozinho em alto-mar, nadei um pouco até que consegui agarrar-me a um tronco. Fiquei à deriva durante uma semana, sendo arrastado pelo vento e a maré. Enfi m, avistei terra fi rme. Nadei até lá com o resto das minhas forças e caí num sono profundo. Ao acordar, levei um susto daqueles. Eu estava amarrado e cercado por criaturas humanas minúsculas, armadas de arcos e fl echas. Os pequeninos vestiam roupas estranhas e falavam uma língua incompreensível. Depois de me alimentarem, eles me conduziram até à capital do reino. Fui aprisionado num templo abandonado nos arredores da cidade. Das janelas eu podia ver campos, pastos e fl ores. Sem dúvida, o reino de Liliput era um lugar adorável. Apelidado de Homem-Montanha, tornei-me a atração local. Centenas de liliputianos cuidavam das minhas necessidades. Alfaiates e costureiras confeccionavam-me roupas. Súditos das aldeias próximas forneciam-me alimentos. As crianças brincavam de esconde-esconde no meu cabelo. Os mais corajosos dançavam na palma da minha mão.
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As viagens de Gulliver<br />
No reino dos pequeninos<br />
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Jonathan Swift<br />
Recontado por Lúcia Tulchinski<br />
Conto clássico<br />
esde garoto, eu sonhava em viver grandes aventuras nos mares.<br />
Filho de uma família inglesa modesta, aos catorze <strong>ano</strong>s deixei a escola e<br />
me tornei aprendiz de um cirurgião famoso. Aplicava minha mesada em<br />
aulas de navegação e de matemática.<br />
No dia 4 de maio de 1699, embarquei como cirurgião no navio<br />
Antílope, rumo aos Mares do Sul. Depois de alguns dias no mar, uma<br />
violenta tempestade destruiu a embarcação. Eu e os outros tripulantes<br />
embarcamos num bote. Porém, ele também não resistiu ao mar bravio.<br />
O mesmo destino tiveram meus companheiros.<br />
Sozinho em alto-mar, nadei um pouco até que consegui agarrar-me<br />
a um tronco. Fiquei à deriva durante uma semana, sendo arrastado pelo<br />
vento e a maré. Enfi m, avistei terra fi rme. Nadei até lá com o resto das<br />
minhas forças e caí num sono profundo.<br />
Ao acordar, levei um susto daqueles. Eu estava amarrado e cercado por<br />
criaturas humanas minúsculas, armadas de arcos e fl echas. Os pequeninos<br />
vestiam roupas estranhas e falavam uma língua incompreensível.<br />
Depois de me alimentarem, eles me conduziram até à capital do<br />
reino. Fui aprisionado num templo abandonado nos arredores da cidade.<br />
Das janelas eu podia ver campos, pastos e fl ores. Sem dúvida, o reino de<br />
Liliput era um lugar adorável.<br />
Apelidado de Homem-Montanha, tornei-me a atração local. Centenas<br />
de liliputi<strong>ano</strong>s cuidavam das minhas necessidades. Alfaiates e costureiras<br />
confeccionavam-me roupas. Súditos das aldeias próximas forneciam-me<br />
alimentos. As crianças brincavam de esconde-esconde no meu cabelo.<br />
Os mais corajosos dançavam na palma da minha mão.