Querido John - Le Livros

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16.04.2013 Views

Dear John Nicholas Sparks "Parece que sim," ela disse, "mas não era o que eu estava pensando. Eu estava tentando te imaginar naquela época, porque você não parece nada com aquela pessoa agora." O que eu poderia dizer que não soaria falso, mesmo que fosse verdade? Incerto, eu optei pela tática do meu pai e não disse nada. "Como é o seu pai?" Lhe dei uma rápida descrição. Enquanto eu falava, ela cavava a areia e deixava ela cair entre seus dedos, como se estivesse se concentrando na minha escolha de palavras. No fim, me surpreendendo de novo, eu admiti que nós éramos quase estranhos. "Vocês são," ela disse, usando aquele tom objetivo e sem julgamentos. "Você tem estado fora por alguns anos e até mesmo admite que mudou. Como ele poderia te conhecer?" Eu sentei. A praia estava lotada; era a hora do dia em que todo mundo que planejou vir já estava aqui e ninguém estava pronto para ir embora. Brad e Randy estavam jogando Frisbee na borda da água, correndo e gritando. Alguns outros andavam para se juntar a eles. "Eu sei," eu disse. "Mas não é só isso. Sempre fomos estranhos em relação ao outro. Quer dizer, é tão difícil falar com ele." Assim que falei isso, me dei conta de que ela era a primeira pessoa a quem eu tinha admitido isso. Estranho. Mas, a maioria das coisas que eu estava dizendo a ela soavam estranhas. "A maioria das pessoas da nossa idade diz isso sobre os pais." Talvez, eu pensei. Mas isso era diferente. Não era uma diferença de geração, era o fato de que para o meu pai, uma conversa informal normal era praticamente impossível, a não ser

Dear John Nicholas Sparks que tivesse a ver com moedas. Eu não disse mais nada, contudo, e Savannah alisou a areia a sua frente. Quando falou, sua voz era suave. "Eu gostaria de conhecê-lo." Me virei para ela. "É mesmo?" "Ele parece interessante. Eu sempre amei pessoas que tem essa... paixão pela vida." "É uma paixão por moedas, não pela vida," eu a corrigi. "É a mesma coisa. Paixão é paixão. É a excitação entre os espaços tediosos, e não importa para onde ela é dirigida." Ela arrastou os pés na areia. "Bem, na maioria do tempo, de qualquer forma. Não estou falando de vícios." "Como você e a cafeína." Ela sorriu, mostrando a pequena abertura entre seus dentes da frente. "Exatamente. Pode ser moedas, esportes, política, cavalos, música ou fé... as pessoas mais tristes que eu já encontrei na vida são aquelas que não dão a mínima para nada. Paixão e satisfação andam de mãos dadas, e sem elas, qualquer felicidade é apenas temporária, porque não há nada que a faça durar. Eu adoraria ouvir o seu pai falar sobre moedas, porque é quando você vê o melhor de uma pessoa, e eu descobri que a felicidade alheia é geralmente contagiosa." Eu estava paralisados com suas palavras. Apesar de Tim ter dito que ela era ingênua, ela parecia muito mais madura do que a maioria das pessoas da nossa idade. E de novo, considerando o modo como ela ficava de biquíni ela poderia estar enumerando a lista telefônica que eu teria ficado impressionado. Savannah se sentou ao meu lado e o seu olhar seguiu o meu. O jogo de Frisbee estava a todo vapor; enquanto Brad lançava o disco, outros dois vinham correndo pegar. Os dois

Dear <strong>John</strong> Nicholas Sparks<br />

"Parece que sim," ela disse, "mas não era o que eu estava pensando. Eu estava tentando<br />

te imaginar naquela época, porque você não parece nada com aquela pessoa agora."<br />

O que eu poderia dizer que não soaria falso, mesmo que fosse verdade?<br />

Incerto, eu optei pela tática do meu pai e não disse nada.<br />

"Como é o seu pai?"<br />

Lhe dei uma rápida descrição. Enquanto eu falava, ela cavava a areia e deixava ela cair<br />

entre seus dedos, como se estivesse se concentrando na minha escolha de palavras. No fim,<br />

me surpreendendo de novo, eu admiti que nós éramos quase estranhos.<br />

"Vocês são," ela disse, usando aquele tom objetivo e sem julgamentos. "Você tem<br />

estado fora por alguns anos e até mesmo admite que mudou. Como ele poderia te conhecer?"<br />

Eu sentei. A praia estava lotada; era a hora do dia em que todo mundo que planejou vir<br />

já estava aqui e ninguém estava pronto para ir embora. Brad e Randy estavam jogando<br />

Frisbee na borda da água, correndo e gritando. Alguns outros andavam para se juntar a eles.<br />

"Eu sei," eu disse. "Mas não é só isso. Sempre fomos estranhos em relação ao outro.<br />

Quer dizer, é tão difícil falar com ele."<br />

Assim que falei isso, me dei conta de que ela era a primeira pessoa a quem eu tinha<br />

admitido isso. Estranho. Mas, a maioria das coisas que eu estava dizendo a ela soavam<br />

estranhas.<br />

"A maioria das pessoas da nossa idade diz isso sobre os pais."<br />

Talvez, eu pensei. Mas isso era diferente. Não era uma diferença de geração, era o fato<br />

de que para o meu pai, uma conversa informal normal era praticamente impossível, a não ser

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