Querido John - Le Livros

Querido John - Le Livros Querido John - Le Livros

download.lelivros.com
from download.lelivros.com More from this publisher
16.04.2013 Views

Dear John Nicholas Sparks ―Como você pode dizer isso?‖, ela perguntou com a voz vacilante. ―Porque significa que Tim vai ficar bem. E tenho a sensação de que tudo vai acabar como deveria.‖ ―Você não pode dizer isso! Você não pode prometer isso!‖ ―Não‖, disse. ―Eu não posso.‖ ―Então porque é que tem que acabar agora? Desse jeito?‖ Uma lagrima escorreu em seu rosto, e apesar de saber que deveria simplesmente ir embora, dei um passo na direção dela. Cheguei perto e enxuguei a lagrima gentilmente. Nos olhos dela, vi medo e tristeza, raiva e traição. Mas acima de tudo, vi uma suplica para eu mudar de idéia. Engoli a seco. ―Você é casada com Tim, e seu marido precisa de você. Todos vocês. Não há espaço para mim, e ambos sabemos que não deveria haver.‖ Mais lagrimas começaram a correr pelo seu rosto, e senti meus olhos encherem de água. Inclinei-me, beijei Savannah suavemente nos lábios e a abracei com firmeza. ―Eu te amo, Savannah, e sempre vou te amar‖, murmurei. ―Você é a melhor coisa que já me aconteceu. Você foi minha melhor amiga e minha amante, e não me arrependo de um só momento. Você fez eu me sentir vivo de novo, e acima de tudo, você me deu meu pai. Nunca vou me esquecer disso. Você sempre será a melhor parte de mim. Sinto que tenha de ser assim, mas tenho que partir, e você tem que ver seu marido.‖ Enquanto eu falava, ela soluçava convulsivamente, e continuei a abraçá-la por um

Dear John Nicholas Sparks longo tempo. Quando finalmente nos separamos, percebi que fora nosso ultimo abraço. Me afastei, olhando nos olhos de Savannah. ―Eu também te amo, John‖, ela disse. ―Adeus.‖ Acenei. E com isso, ela limpou o rosto e começou a caminhar em direção ao hospital. *** Dizer adeus foi a coisa mais difícil que já fiz. Parte de mim queria dar meia volta, correr para o hospital e dizer que eu estaria sempre ao lado dela, contar a ela o que Tim havia me dito. Mas não o fiz. Na saída da cidade, parei em uma pequena loja de conveniência. Precisava de gasolina e enchi o tanque; comprei uma garrafa de água. No balcão, eu vi o pote colocado pelo proprietário para arrecadar dinheiro para Tim, e fiquei olhando. Estava cheio de moedas e notas de dólar; no rótulo, havia os dados de uma conta em um banco local. Pedi para trocar algumas notas por moedas de vinte e cinco centavos e o heme atrás do balcão me atendeu. Estava entorpecido no caminho de volta para o carro. Abri a porta e comecei a vasculhar os documentos que o advogado me entregara, procurando também por um lápis. Achei o que precisava e fui até o telefone público. Ficava perto da estrada, em meio ao barulho dos carros. Liguei para o serviço de informações e tive que apertar o telefone contra a orelha para ouvir a voz computadorizada me dar o número solicitado. Rabisquei em uma folha dos documentos e desliguei. Coloquei algumas moedas no aparelho, e fiz uma chamada interurbana. Ouvi outra voz eletrônica pedindo mais dinheiro. Coloquei mais moedas. Em breve, ouvi o telefone chamar. Quando foi atendido, disse quem eu era e perguntei se o homem se lembrava de mim.

Dear <strong>John</strong> Nicholas Sparks<br />

―Como você pode dizer isso?‖, ela perguntou com a voz vacilante.<br />

―Porque significa que Tim vai ficar bem. E tenho a sensação de que tudo vai acabar<br />

como deveria.‖<br />

―Você não pode dizer isso! Você não pode prometer isso!‖<br />

―Não‖, disse. ―Eu não posso.‖<br />

―Então porque é que tem que acabar agora? Desse jeito?‖<br />

Uma lagrima escorreu em seu rosto, e apesar de saber que deveria simplesmente ir<br />

embora, dei um passo na direção dela. Cheguei perto e enxuguei a lagrima gentilmente. Nos<br />

olhos dela, vi medo e tristeza, raiva e traição. Mas acima de tudo, vi uma suplica para eu<br />

mudar de idéia.<br />

Engoli a seco.<br />

―Você é casada com Tim, e seu marido precisa de você. Todos vocês. Não há espaço<br />

para mim, e ambos sabemos que não deveria haver.‖<br />

Mais lagrimas começaram a correr pelo seu rosto, e senti meus olhos encherem de<br />

água. Inclinei-me, beijei Savannah suavemente nos lábios e a abracei com firmeza.<br />

―Eu te amo, Savannah, e sempre vou te amar‖, murmurei. ―Você é a melhor coisa que<br />

já me aconteceu. Você foi minha melhor amiga e minha amante, e não me arrependo de um<br />

só momento. Você fez eu me sentir vivo de novo, e acima de tudo, você me deu meu pai.<br />

Nunca vou me esquecer disso. Você sempre será a melhor parte de mim. Sinto que tenha de<br />

ser assim, mas tenho que partir, e você tem que ver seu marido.‖<br />

Enquanto eu falava, ela soluçava convulsivamente, e continuei a abraçá-la por um

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!