Querido John - Le Livros
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Dear John Nicholas Sparks queimando em meus olhos. Abri a porta, e apesar do rangido alto, sabia que Savannah não iria ouvir nada. Desci os degraus cambaleando, pensando se já me sentira tão cansado antes. E mais tarde, dirigindo de volta ao hotel, ouvindo o motor do carro parado nos semáforos, sabia que as pessoas na rua iriam ver um homem chorando, um homem cujas lagrimas pareciam não ter fim. *** Passei o resto da noite sozinho no meu quarto de hotel. Lá fora, ouvia estranhos passando pela porta carregando suas bagagens. Quando carros entravam no estacionamento, meu quarto era momentaneamente iluminado pelos faróis que projetavam imagens fantasmagóricas nas paredes. Pessoas em movimento, pessoas tocando a vida em frente. Deitado na cama, sentia inveja e me perguntava quando poderia dizer o mesmo de mim. Nem me incomodei em tentar dormir. Pensei sobre Tim, mas, estranhamente, em vez da figura esquálida do quarto do hospital via apenas o jovem que conheci na praia, um estudante arrumadinho de sorriso fácil para qualquer um. Pensei em meu pai e imaginei como teriam sido suas ultimas semanas de vida. Tentei visualizar os funcionários ouvindo enquanto ele falava sobre moedas e rezei para que o diretor estivesse certo quando disse que meu pai morreu pacificamente durante o sono. Pensei sobre Alan e no mundo estranho habitado por sua mente. Mas, principalmente pensei em Savannah. Repassei tudo o que aconteceu naquele dia, e nutri-me interminavelmente do passado, tentando escapar do vazio que não desaparecia. De manha, vi o sol nascer, uma bolinha de ouro emergindo da terra. Tomei banho e coloquei os poucos pertences que trouxera para o quarto de volta no carro. Pedi o café da manha na lanchonete do outro lado da rua, mas quando o prato fumegante foi colocado na minha frente, empurrei-o de lado e peguei a xícara de café, pensando se Savannah já estava em pé, alimentando os cavalos.
Dear John Nicholas Sparks Eram nove da manhã quando apareci no hospital. Assinei o registro e peguei o elevador para o terceiro andar; percorri o mesmo corredor do dia anterior. A porta de Tim estava entreaberta, e ouvi a televisão. Ele me viu e sorriu surpreso. ―Oi John‖, disse ele, desligando a televisão. ―Entre. Eu estava só matando o tempo.‖ Sentei na mesma cadeira do dia anterior, e percebi que sua cor tinha melhorado. Ele se esforçou para sentar mais reto na cama, antes de se concentrar em mim novamente. ―O que o traz aqui tão cedo?‖ ―Estou me preparando para ir embora.‖, disse. ―Tenho que pegar o avião para a Alemanha amanha. Você sabe como é.‖ ―Sim, eu sei.‖ Ele balançou a cabeça. ―Espero sair do hospital ainda hoje. Passei muito bem a noite passada.‖ ―Bom‖, eu disse. ―Estou contente por ouvir isso.‖ Estudei-o, procurando sinal de desconfiança em seu olhar, qualquer noção do que quase aconteceu na noite anterior, mas não vi nada. ―Por que você realmente veio aqui, John?‖, ele perguntou. ―Não tenho certeza‖, confessei. ―Senti que precisava vê-lo. E que talvez você também quisesse me ver.‖ Ele assentiu e virou para a janela; de seu quarto, não dava pra ver nada, exceto um grande ar condicionado. ―Quer saber o pior disso tudo?‖ Ele não esperou a resposta. ―Eu me preocupo com Alan‖, disse. ―Eu sei o que está acontecendo comigo. Sei que as chances não
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Dear <strong>John</strong> Nicholas Sparks<br />
Eram nove da manhã quando apareci no hospital. Assinei o registro e peguei o<br />
elevador para o terceiro andar; percorri o mesmo corredor do dia anterior. A porta de Tim<br />
estava entreaberta, e ouvi a televisão.<br />
Ele me viu e sorriu surpreso. ―Oi <strong>John</strong>‖, disse ele, desligando a televisão. ―Entre. Eu<br />
estava só matando o tempo.‖<br />
Sentei na mesma cadeira do dia anterior, e percebi que sua cor tinha melhorado. Ele se<br />
esforçou para sentar mais reto na cama, antes de se concentrar em mim novamente.<br />
―O que o traz aqui tão cedo?‖<br />
―Estou me preparando para ir embora.‖, disse. ―Tenho que pegar o avião para a<br />
Alemanha amanha. Você sabe como é.‖<br />
―Sim, eu sei.‖ Ele balançou a cabeça. ―Espero sair do hospital ainda hoje. Passei muito<br />
bem a noite passada.‖<br />
―Bom‖, eu disse. ―Estou contente por ouvir isso.‖<br />
Estudei-o, procurando sinal de desconfiança em seu olhar, qualquer noção do que<br />
quase aconteceu na noite anterior, mas não vi nada.<br />
―Por que você realmente veio aqui, <strong>John</strong>?‖, ele perguntou.<br />
―Não tenho certeza‖, confessei. ―Senti que precisava vê-lo. E que talvez você também<br />
quisesse me ver.‖<br />
Ele assentiu e virou para a janela; de seu quarto, não dava pra ver nada, exceto um<br />
grande ar condicionado. ―Quer saber o pior disso tudo?‖ Ele não esperou a resposta. ―Eu me<br />
preocupo com Alan‖, disse. ―Eu sei o que está acontecendo comigo. Sei que as chances não