Querido John - Le Livros

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16.04.2013 Views

Dear John Nicholas Sparks "Mas você vai ficar bem, certo?" Alan balançou a cabeça ainda mais rápido e começou a bater suas coxas. Savannah se virou. Eu já sabia a resposta e desejei não ter feito a pergunta. "Isso é o que os médicos acham", Tim respondeu. "estou em boas mãos". Sabia que a resposta era mais para Alan que para mim, e Alan começou a se acalmar. Tim fechou os olhos e os abriu novamente, tentando reunir forças. "Estou contente de ver que você voltou inteiro", disse ele. "Rezei por você o tempo todo que você esteve no Iraque." "Obrigado", disse eu. "O que você tem feito?Ainda no exército, suponho." Ele indicou meu corte de cabelo, e eu passei a mão no cabelo. "Sim. Parece que estou virando um dos soldados que se alistam pela vida toda." "Bom", disse ele. "O Exército precisa de pessoas como você." Não disse nada. A cena me pareceu surreal, era como ver a si mesmo em um sonho. Tim virou para Savannah. "Querida, você leva o Alan para pegar um refrigerante? Ele não bebeu nada desde cedo. E, se você puder, talvez consiga convencê-lo a comer." "Claro", disse ela. Savannah beijou-o na testa e levantou-se da cama. Ela parou na porta. "Vamos, Alan. Vamos pegar algo para beber, ok?" Para mim, parecia que Alan processava as palavras lentamente. Finalmente, ele se levantou e seguiu Savannah, ela colocou a mão nas costas dele a caminho do corredor. Quando os dois saíram, Tim me encarou novamente.

Dear John Nicholas Sparks ―Isso tudo é realmente muito difícil para Alan. Ele não está aceitando bem.‖ ―E como poderia?‖ ―Mas não se engane com o gato de ele balançar a cabeça. Não tem nada a ver com autismo ou inteligência. É mais como um tique que ele tem quando está nervoso. A mesma coisa quando ele começou a bater nas coxas. Ele sabe o que está acontecendo, mas é afetado de um jeito que normalmente deixa os outros desconfortáveis. Unia as mãos. ―Não me deixa desconfortável‖, disse eu. ―Meu pai também tinha as dele. Ele é seu irmão, e é óbvio que está preocupado. Faz sentido.‖ Tim sorriu. ―É gentileza sua dizer isso. Um monte de gente fica assustada.‖ ―Eu não‖, disse, balançando a cabeça. ―Sei que posso com ele.‖ Extraordinariamente, ele riu, mas isso exigiu um grande esforço. ―Tenho certeza que pode‖, disse. ―Alan é delicado. Provavelmente muito delicado. Ele nem mesmo mata moscas.‖ Concordei, reconhecendo que toda aquela conversa era apenas o jeito dele de me deixar mais confortável. Não estava funcionando. ―Quando descobriu?‖ ―Um ano atrás. Senti coceira em uma verruga na parte de trás da perna. Quando cocei, ela sangrou. Eu não me preocupei, é claro, até voltar a sangrar quando cocei de novo. Seis meses atrás, fui ao médico. Foi em uma sexta-feira. Fiz a cirurgia e comecei o tratamento com interferon* na segunda feira. Agora estou aqui."

Dear <strong>John</strong> Nicholas Sparks<br />

"Mas você vai ficar bem, certo?"<br />

Alan balançou a cabeça ainda mais rápido e começou a bater suas coxas. Savannah se<br />

virou. Eu já sabia a resposta e desejei não ter feito a pergunta.<br />

"Isso é o que os médicos acham", Tim respondeu. "estou em boas mãos". Sabia que a<br />

resposta era mais para Alan que para mim, e Alan começou a se acalmar.<br />

Tim fechou os olhos e os abriu novamente, tentando reunir forças. "Estou contente de<br />

ver que você voltou inteiro", disse ele. "Rezei por você o tempo todo que você esteve no<br />

Iraque."<br />

"Obrigado", disse eu.<br />

"O que você tem feito?Ainda no exército, suponho."<br />

Ele indicou meu corte de cabelo, e eu passei a mão no cabelo. "Sim. Parece que estou<br />

virando um dos soldados que se alistam pela vida toda."<br />

"Bom", disse ele. "O Exército precisa de pessoas como você."<br />

Não disse nada. A cena me pareceu surreal, era como ver a si mesmo em um sonho.<br />

Tim virou para Savannah. "Querida, você leva o Alan para pegar um refrigerante? Ele não<br />

bebeu nada desde cedo. E, se você puder, talvez consiga convencê-lo a comer."<br />

"Claro", disse ela. Savannah beijou-o na testa e levantou-se da cama. Ela parou na<br />

porta. "Vamos, Alan. Vamos pegar algo para beber, ok?"<br />

Para mim, parecia que Alan processava as palavras lentamente. Finalmente, ele se<br />

levantou e seguiu Savannah, ela colocou a mão nas costas dele a caminho do corredor.<br />

Quando os dois saíram, Tim me encarou novamente.

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