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Querido John - Le Livros

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Dear <strong>John</strong> Nicholas Sparks<br />

novamente. Minha licença de verão seria em junho, e eu estaria fora do exército em menos de<br />

um ano. Tinha acordado de manhã e literalmente dito a mim mesmo que faltavam 360 dias,<br />

depois 359 e 358 até eu sair fora, mas eu veria Savannah em 178, depois 177, 176 e assim<br />

por diante. Era tangível e real, perto o bastante para me permitir sonhar em me mudar para a<br />

Carolida do Norte; por outro lado, infelizmente fez o tempo ir mais devagar. Não é sempre<br />

assim quando você realmente quer alguma coisa? Me lembrou de quando eu era garoto e os<br />

longos dias enquanto eu esperava que chegassem as férias de verão. Se não fossem as cartas<br />

de Savannah, eu não tenho dúvida de que a espera teria sido muito maior.<br />

Meu pai também escreveu. Não com a freqüência de Savannah, mas na sua própria<br />

agenda mensal. Para minha surpresa, suas cartas eram duas ou três vezes mais longas do que<br />

a única página a que eu estava acostumado. As páginas adicionais eram exclusivamente sobre<br />

moedas. No meu tempo livre, eu visitava o centro de informática e fazia uma pequena<br />

pesquisa por conta própria. Procurava por certas moedas, coletava a história e mandava a<br />

informação de volta em uma carta minha. Juro, da primeira vez que fiz isso, acho que vi<br />

lágrimas na próxima carta que ele me mandou. Não, não realmente - sei que era só minha<br />

imaginação porque ele nunca nem mencionou o que eu tinha feito - mas eu queria acreditar<br />

que ele tinha estudado as informações com a mesma intensidade que costumava estudar o<br />

Greysheet.<br />

Em fevereiro, fui mandado em manobras com outras tropas da NATO*: um daqueles<br />

"exercícios de finja que nós estamos em uma batalha em 1944," onde nós estávamos<br />

supostamente enfrentando uma investida violenta de tanques pelo interior da Alemanha.<br />

Meio inútil, se você me perguntar. Esses tipos de guerra acabaram há muito tempo, acabaram<br />

o modo como os galões espanhóis explodiam seus canhões de curto alcance e a cavalaria dos<br />

E.U.A. voltando pra o resgate. Nos dias de hoje, eles nunca dizem quem são os inimigos,<br />

mas todos sabem que são os russos, o que faz ainda menos sentido, visto que eles devem ser<br />

os aliados agora. Mas mesmo que eles não fossem, o simples fato é que eles não têm mais<br />

todos aqueles tanques funcionando e mesmo se eles estivessem secretamente construindo<br />

milhares em alguma fábrica na Sibéria com a intenção de dominar a Europa, qualquer onda

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