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Querido John - Le Livros

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Dear <strong>John</strong> Nicholas Sparks<br />

E isso, de uma carta que ela tinha escrito enquanto eu estava em Kosovo:<br />

Tenho que dizer que a sua última carta me preocupou. Quero saber, eu preciso saber,<br />

mas prendo a respiração e fico assustada por você quando você me conta como é realmente<br />

a sua vida. Aqui estou, me preparando para ir pra casa pra Ação de Graças e me<br />

preocupando com provas, e você está em algum lugar perigoso, rodeado de pessoas que<br />

querem te machucar. Eu só queria que essas pessoas pudessem te conhecer como eu te<br />

conheço, porque aí você estaria seguro. Exatamente como eu me sinto segura quando estou<br />

em seus braços.<br />

O Natal naquele ano foi um assunto triste, mas é sempre triste quando se está longe de<br />

casa. Não foi o meu primeiro Natal sozinho durante meus anos em serviço. Todo feriado era<br />

passado na Alemanha e alguns rapazes no nosso quartel tinham armado uma árvore<br />

improvisada - uma lona verde enrolada em uma vara e decorada com pisca-piscas. Mais da<br />

metade dos meus colegas tinham ido pra casa-eu era um dos desafortunados que tinham que<br />

ficar para o caso dos nossos amigos, os russos, colocasse na cabeça que nós ainda éramos<br />

inimigos e a maioria dos outros foram até a cidade celebrar a véspera de natal ficando<br />

bêbados com cerveja alemã de qualidade. Eu já tinha aberto o pacote que Savannah me<br />

mandou - um suéter que me lembrava alguma coisa que Tim vestiria e um pacote de biscoito<br />

caseiro - e sabia que ela já tinha recebido o perfume que eu a enviara. Mas eu estava sozinho<br />

e como um presente a mim mesmo, embarquei em uma cara ligação com Savannah. Ela não<br />

esperava a ligação e eu relembrei a excitação em sua voz por semanas depois disso.<br />

Acabamos falando por mais de uma hora. Tinha sentido falta do som da voz dela. Tinha<br />

esquecido seu sotaque instável e a nasalização que se tornava mais pronunciada quando ela<br />

começava a falar rápido. Me encostei em minha cadeira, imaginando que ela estava comigo e<br />

ouvindo enquanto ela descrevia a neve que caía. Ao mesmo tempo, me dei conta de que<br />

também nevava do lado de fora da minha janela, o que, mesmo que só por um instante, fez<br />

sentir como se estivéssemos juntos.<br />

Em janeiro de 2001, eu já tinha começado a contar os dias pra quando eu a veria

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