Querido John - Le Livros

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Dear John Nicholas Sparks palavra. "Eu prometo." Ainda assim, ela hesitou. Depois estendeu a mão para a bolsa e puxou o livro. Quando ela o estendeu para mim, li o título. Á princípio, eu não sabia o que pensar. Era um livro-mais como um livro didático, na verdade sobre autismo e Asperger. Eu tinha ouvido sobre os dois distúrbios e supus que eu sabia o que a maioria das pessoas sabiam, o que não era muito. "É de uma das minhas professoras," ela explicou. "Ela é a melhor professora que eu tive na faculdade. Suas aulas estão sempre cheias e estudantes que não estão matriculados algumas vezes entram pra falar com ela. Ela é uma das mais importantes especialistas em todas as formas de distúrbios de desenvolvimento e é uma dos poucos que focalizou sua pesquisa em adultos." "Fascinante," eu disse, não me incomodando em esconder a minha falta de entusiasmo. "Acho que você pode aprender alguma coisa," ela pressionou. "Tenho certeza," eu disse. "Parece que tem um bocado de informação aqui." "Tem mais do que só isso," ela disse. Sua voz era quieta. "Eu quero que você leia por causa do seu pai. E o modo como vocês dois se dão." Pela primeira vez, me senti rígido. "O que isso tem a ver?" "Eu não sou uma especialista," ela disse, "mas esse livro foi indicado nos dois semestres que eu fiz com ela e eu o devo ter estudado toda noite. Como eu disse, ela entrevistou mais de trezentos adultos com distúrbios." Eu retirei meu braço. "E?" Eu sabia que ela tinha ouvido a tensão na minha voz e ela me estudou com um traço de

Dear John Nicholas Sparks apreensão. "Eu sei que sou só uma estudante, mas eu passo muitas das minhas horas no laboratória com crianças que têm Asperger... eu já vi de perto e eu também tive a oportunidade de encontrar alguns dos adultos que a minha professora entrevistou." Ela se ajoelhou à minha frente, estendendo a mão para tocar meu braço. "Seu pai é muito parecido com alguns deles." Acho que eu já sabia pra onde ela estava indo, mas por alguma razão eu queria que ela dissesse diretamente. "O que isso quer dizer?" eu exigi, me forçando a não sair. Sua resposta demorou para vir. "Eu acho que o seu pai pode ter Asperger." "Meu pai não é retardado..." "Eu não disse isso," ela disse. "Asperger é um distúrbio de desenvolvimento." "Não importa o que é," eu disse, minha voz se elevando. "Meu pai não tem. Ele me criou, ele trabalha, ele paga suas contas. Ele já foi casado." "Você pode ter Asperger e ainda funcionar..." Enquanto ela falava, me lembrei de uma coisa que ela tinha dito mais cedo. "Espera," eu disse, tentando lembrar de como ela tinha se expressado e sentindo minha boca ficar seca. "Mais cedo, você disse que achava que meu pai tinha feito um trabalho maravilhoso me criando." "Sim," ela disse, "e eu estava falando sério..." Minha mandíbula se apertou quando eu me dei conta do que ela estava realmente

Dear <strong>John</strong> Nicholas Sparks<br />

palavra. "Eu prometo."<br />

Ainda assim, ela hesitou. Depois estendeu a mão para a bolsa e puxou o livro. Quando<br />

ela o estendeu para mim, li o título. Á princípio, eu não sabia o que pensar. Era um livro-mais<br />

como um livro didático, na verdade sobre autismo e Asperger. Eu tinha ouvido sobre os dois<br />

distúrbios e supus que eu sabia o que a maioria das pessoas sabiam, o que não era muito. "É<br />

de uma das minhas professoras," ela explicou. "Ela é a melhor professora que eu tive na<br />

faculdade. Suas aulas estão sempre cheias e estudantes que não estão matriculados algumas<br />

vezes entram pra falar com ela. Ela é uma das mais importantes especialistas em todas as<br />

formas de distúrbios de desenvolvimento e é uma dos poucos que focalizou sua pesquisa em<br />

adultos."<br />

"Fascinante," eu disse, não me incomodando em esconder a minha falta de entusiasmo.<br />

"Acho que você pode aprender alguma coisa," ela pressionou.<br />

"Tenho certeza," eu disse. "Parece que tem um bocado de informação aqui."<br />

"Tem mais do que só isso," ela disse. Sua voz era quieta. "Eu quero que você leia por<br />

causa do seu pai. E o modo como vocês dois se dão."<br />

Pela primeira vez, me senti rígido. "O que isso tem a ver?"<br />

"Eu não sou uma especialista," ela disse, "mas esse livro foi indicado nos dois<br />

semestres que eu fiz com ela e eu o devo ter estudado toda noite. Como eu disse, ela<br />

entrevistou mais de trezentos adultos com distúrbios."<br />

Eu retirei meu braço. "E?"<br />

Eu sabia que ela tinha ouvido a tensão na minha voz e ela me estudou com um traço de

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