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Fisiologia do Exercicio_2005.pdf - Jean Peres

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Revista Brasileira de <strong>Fisiologia</strong> <strong>do</strong> Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 2005<br />

VE, VO 2 , e VCO 2 acima de 50% da situação basal durante ambos<br />

os testes, além de mostrarem-se sensíveis na detecção da dessaturação<br />

e sensação de dispnéia em indivíduos porta<strong>do</strong>res de DPOC com<br />

grau de obstrução de moderada a grave, poden<strong>do</strong> ser aplica<strong>do</strong>s na<br />

prática clínica para avaliar a tolerância ao exercício.<br />

*Estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> com a anuência <strong>do</strong>s pacientes de acor<strong>do</strong> com<br />

a resolução 196/96 <strong>do</strong> CNS.<br />

Comportamento da ventilação pulmonar<br />

e consumo de oxigênio durante<br />

diferentes atividades de vida diária<br />

Marmorato D, Marrara K, Mendes M, Jamami M, Di<br />

Lorenzo VP<br />

Universidade Federal de São Carlos-UFSCAR - São Carlos, SP<br />

diego.marmorato@itelefonica.com.br<br />

Introdução: As atividades de vida diária (AVD) em indivíduos<br />

com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), envolven<strong>do</strong><br />

tanto os membros superiores (MMSS) quanto os inferiores (MMII),<br />

têm si<strong>do</strong> reproduzidas na prática clínica como forma de avaliar as<br />

respostas fi siológicas ao esforço físico, subsidian<strong>do</strong> programas de<br />

tratamento fi sioterapêutico. Objetivos: Avaliar o comportamento<br />

da ventilação pulmonar (E) e consumo de oxigênio ( O2) durante<br />

AVD envolven<strong>do</strong> os membros superiores e inferiores, comparadas a<br />

situação basal (B), em indivíduos com DPOC e saudáveis, bem como<br />

compará-las entre os mesmos. Material e méto<strong>do</strong>s: Foram avalia<strong>do</strong>s<br />

22 indivíduos <strong>do</strong> sexo masculino: 13 com DPOC (obstrução moderada<br />

a grave, Grupo 1 (G1); 72 ± 6,6 anos) (Pereira et al., 2002)<br />

e 9 saudáveis (Grupo 2 (G2), 65 ± 6 anos), através de um sistema<br />

metabólico modelo VO2000 opera<strong>do</strong> via computa<strong>do</strong>r pelo software<br />

Aerograph para análise da E e O2 durante as atividades de apagar<br />

lousa (L), elevar peso de 5 Kg acima da cabeça (O), subir degrau<br />

(D) e caminhar (C), com duração de 5 minutos cada. Resulta<strong>do</strong>s:<br />

Ao realizar a análise intragrupo quanto a E e O2 constatou-se que<br />

durante as atividades essas variáveis mostraram-se signifi cativamente<br />

maiores (Friedman ANOVA, p≤0,05) que os valores basais para G1<br />

e G2, haven<strong>do</strong> diferença signifi cativa entre as atividades para ambos<br />

os grupos. A E e O2 para G1 mostrou-se signifi cativamente maior<br />

(Newman-Keuls, p ≤ 0,05) nas atividades D e C vs L e O. Em relação<br />

a E para G2 evidenciou-se comportamento semelhante ao G1, mas<br />

o O2, mostrou-se signifi cativamente maior na atividade C vs L, O e<br />

D. Na análise intergrupos verifi cou-se diferença signifi cativa da E em<br />

B e L (Mann-Whitney, p ≤ 0,05), sen<strong>do</strong> maiores para G1. Quanto<br />

ao O2, houve diferença signifi cativa em B e durante a atividade C,<br />

sen<strong>do</strong> que G1 mostrou se signifi cativamente maior que G2 na situação<br />

B, e na C o G2 mostrou-se signifi cativamente maior que G1.<br />

Conclusão: De acor<strong>do</strong> com os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s conclui-se que as<br />

atividades de MMSS com e sem sobrecarga, ou que envolveram os<br />

membros inferiores acarretaram maior requerimento metabólico e<br />

ventilatório compara<strong>do</strong>s à situação basal para ambos os grupos. A<br />

maior demanda metabólica para os indivíduos saudáveis na atividade<br />

C foi desencadeada pela maior velocidade tolerada na caminhada.<br />

No caso <strong>do</strong> G1 (DPOC) a maior demanda ventilatória e metabólica<br />

já na situação basal e L, sugere recrutamento da musculatura da<br />

cintura escapular e dessincronia <strong>do</strong> movimento tóraco-ab<strong>do</strong>minal<br />

para executar o trabalho respiratório.<br />

*Estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> com a anuência <strong>do</strong>s pacientes de acor<strong>do</strong> com<br />

a resolução 196/96 <strong>do</strong> CNS.<br />

65<br />

A influência da natação sobre a força<br />

muscular respiratória em i<strong>do</strong>sos<br />

Silva GA, Martins LA, Faria VAM<br />

Fundação Municipal de Educação e Cultura de Santa Fé <strong>do</strong><br />

Sul, SP<br />

glacr2003@yahoo.com.br<br />

Introdução: O envelhecimento é um fenômeno fi siológico<br />

observa<strong>do</strong> há vários anos em países desenvolvi<strong>do</strong>s ou em desenvolvimento.<br />

No processo de envelhecimento ocorrem alterações<br />

fi siológicas nos diversos sistemas, que variam de pessoa para pessoa.<br />

O sistema respiratório, entre to<strong>do</strong>s os sistemas orgânicos, é o que<br />

sofre as maiores perdas funcionais fi siológicas, condicionadas pela<br />

idade. Devi<strong>do</strong> ao processo degenerativo em nível osteoarticulares,<br />

a caixa torácica torna-se mais rígida (Geis 2003). A perda de força<br />

muscular com o envelhecimento resulta em um fenômeno denomina<strong>do</strong><br />

na literatura como sarcopenia, defi ni<strong>do</strong> por Evans (1993)<br />

como o decréscimo da capacidade neuromuscular decorrente <strong>do</strong><br />

avanço da idade. O trabalho mecânico da respiração é feito pelos<br />

músculos respiratórios, realizan<strong>do</strong> um processo cíclico de entrada<br />

e saída de ar <strong>do</strong>s pulmões (Aires 1999), objetivan<strong>do</strong> assim, uma<br />

constante renovação de gás alveolar, por isso, esses músculos devem<br />

estar em condições de força e endurance. Para Azere<strong>do</strong> (1993), em<br />

pessoas de ambos os sexos, a partir <strong>do</strong>s 20 anos de idade ocorre<br />

um decréscimo de 0,5 cmH 2 O ao ano. Ten<strong>do</strong> como resulta<strong>do</strong> a<br />

fraqueza, a fadiga e a falência muscular respiratória, que podem<br />

ser correlacionadas e diagnosticadas com a mensuração criteriosa<br />

e sistemática da Pi máx e Pe máx. Objetivo: Este estu<strong>do</strong> teve como<br />

objetivo, verifi car qual é a infl uência da natação sobre a força<br />

muscular respiratória, através <strong>do</strong>s valores médios das pressões<br />

respiratórias em indivíduos i<strong>do</strong>sos praticantes de natação i<strong>do</strong>sos.<br />

Materiais e méto<strong>do</strong>s: Participaram <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, três pessoas com<br />

idade entre 60 e 74 anos <strong>do</strong> sexo feminino, que apresentaram<br />

biótipos diferentes. Após o perío<strong>do</strong> introdutório as aulas foram<br />

desenvolvidas com um volume modera<strong>do</strong> e intensidade baixa, elas<br />

aconteceram 2 vezes por semana, com perío<strong>do</strong> de 1 hora, durante<br />

2 meses consecutivos. As aulas foram divididas em: aquecimento,<br />

desenvolvimento principal e volta à calma com alongamento. Neste<br />

estágio, foi da<strong>do</strong> ênfase em tiros intervala<strong>do</strong>s de 7,5 metros com<br />

intervalos varian<strong>do</strong> entre 20 a 60 segun<strong>do</strong>s. A piscina utilizada<br />

era aquecida e media 12 metros de comprimento, 7.5 metros de<br />

comprimento e com profundidade varian<strong>do</strong> de 1 a 1.80 metros.<br />

As pressões respiratórias máximas foram mensuradas através <strong>do</strong><br />

manuvacuômetro devidamente calibra<strong>do</strong>, onde, foi selecionada<br />

para o trabalho a melhor de 03 manobras reprodutíveis tanto da<br />

Pi máx como da Pe máx. Resulta<strong>do</strong>s: A Pimáx apresentou melhora<br />

signifi cativa, quan<strong>do</strong> comparamos os resulta<strong>do</strong>s da avaliação entre<br />

o pré-treino e pós-treino, em que obtivemos -113,33cmH 2 O na<br />

pré-treino e -146,66120cmH 2 O na pós-treino, com um aumento<br />

de 29,41% . Analisan<strong>do</strong> a Pemáx, observou-se que, o grupo apresentou<br />

melhora signifi cativa quan<strong>do</strong> comparamos os resulta<strong>do</strong>s da<br />

avaliação entre a pré-treino e a pós-treino 28.58% onde, obtivemos<br />

93,33cmh 2 Ona pré-treino e 120 cmH 2 O na pós-treino. Conclusão:<br />

Com o presente estu<strong>do</strong> conclui-se que o treinamento de natação<br />

proposto aumenta signifi cativamente a força da musculatura respiratória<br />

em indivíduos i<strong>do</strong>sos.

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