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Fisiologia do Exercicio_2005.pdf - Jean Peres

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entre o aquecimento e o início da tarefa foi de cinco minutos. A<br />

ordem das situações com e sem aquecimento foi aleatória. A altura<br />

de salto foi determinada no Jump Test por meio de três saltos com<br />

intervalo de um minuto, sen<strong>do</strong> considera<strong>do</strong> apenas o maior valor.<br />

A potência de pico no cicloergômetro M4100 (Cefi se) era o valor<br />

mais eleva<strong>do</strong> atingi<strong>do</strong> durante um tiro de oito segun<strong>do</strong>s com<br />

carga de 5% da massa corporal. As situações foram comparadas<br />

através de um teste “t” de Student para amostras dependentes. Os<br />

valores apresenta<strong>do</strong>s são média ±desvio padrão e o nível de signifi<br />

cância a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> foi de 5%. O desempenho no salto foi maior (t<br />

= -7,01; gl = 23; p < 0,001) na situação após aquecimento (41,4<br />

± 9,3 cm) em relação à situação sem aquecimento prévio (38,5<br />

± 8,9 cm). Para a potência de pico não foi identifi cada diferença<br />

signifi cante (t = -1,55; gl = 11; p = 0,149) entre as duas situações<br />

(aquecimento = 4,45 ±1,62 W/kg; sem aquecimento = 4,23 ±1,62<br />

W/kg). O aumento da altura de salto em 7% é similar ao relata<strong>do</strong><br />

na literatura e parece ser resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> aumento da temperatura<br />

corporal e da atividade enzimática (Bishop, 2003). A ausência<br />

de diferença para o desempenho com membros superiores pode<br />

ser conseqüência de uma elevação insufi ciente da temperatura<br />

central em decorrência da pequena massa muscular envolvida no<br />

procedimento de “aquecimento”.<br />

Respostas alimentar e ponderal de<br />

ratas ovariectomizadas submetidas ao<br />

exercício físico e ao tratamento ultrasônico<br />

Haach LCA, Parada S, Camilo CC, Malaman TAB, Bannitz<br />

GO, Terukina GA, Oliveira GP, Rollo JMDA, Shiguemoto<br />

GE<br />

Universidade Federal de São Carlos, Laboratório de <strong>Fisiologia</strong><br />

<strong>do</strong> Exercício - São Carlos, SP<br />

lourdes_fi sioterapeuta@hotmail.com,<br />

Estu<strong>do</strong>s em modelos animais para perda óssea são importantes,<br />

pois a osteoporose é um <strong>do</strong>s maiores problemas de saúde pública<br />

atualmente. Além de acarretar em ônus ao porta<strong>do</strong>r da <strong>do</strong>ença, ela<br />

é responsável pelo gasto de milhões <strong>do</strong>s cofres públicos. Diversos<br />

tratamentos são propostos, entre eles os medicamentosos, o exercício<br />

físico e mais atualmente, o uso <strong>do</strong> ultra-som pulsa<strong>do</strong> de baixa<br />

intensidade. O objetivo deste estu<strong>do</strong> é comparar os efeitos de <strong>do</strong>is<br />

tratamentos, o exercício físico e o ultra-som, na taxa de ganho<br />

ponderal e na ingestão alimentar de ratas ovariectomizadas. Foram<br />

utilizadas 56 ratas Wistar com idade inicial de 2 meses, subdivididas<br />

em 8 grupos: 1) OVX – ratas ovariectomizadas (OVX), sedentárias<br />

e sem tratamento com ultra-som pulsa<strong>do</strong> de baixa intensidade(US),<br />

2) Pseu<strong>do</strong>-OVX – ratas submetidas à intervenção cirúrgica mimetizan<strong>do</strong><br />

a ovariectomia (sem a retirada <strong>do</strong>s ovários), sedentárias e<br />

sem tratamento com US; 3) US – ratas OVX submetidas ao US<br />

(Freqüência: 1,5 MHz e intensidade: 40 mW/cm 2<br />

) no joelho direito<br />

(6 sessões de 20 minutos semanais por 12 semanas); 4) SHAM – ratas<br />

OVX submetidas a mesma manipulação <strong>do</strong> grupo US, mas sem a<br />

emissão de ondas ultra sônicas; 5) Esteira 1 – ratas OVX submetidas<br />

a caminhada em esteira (15 m/min); 6) SALTO – ratas OVX submetidas<br />

a treino resisti<strong>do</strong> em água; 7) Esteira 2 – ratas OVX submetidas<br />

a caminhada (20 m/min) e; 8) Esteira 3 – ratas OVX submetidas a<br />

treino resisti<strong>do</strong> dinâmico na caminhada (treino intervala<strong>do</strong>, velocidade<br />

crescente, inclinação e sobrecarga). To<strong>do</strong>s os exercícios tiveram<br />

protocolo de 3 sessões semanais de 40 minutos por 12 semanas. A<br />

Revista Brasileira de <strong>Fisiologia</strong> <strong>do</strong> Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 2005<br />

taxa de ganho ponderal (%) foi calculada da seguinte forma: (peso<br />

fi nal x 100 / peso inicial) – 100. A ingestão alimentar representou<br />

a quantidade de ração ingerida por cada rata em cada dia de experiência<br />

e foi calculada a partir da fórmula: (ração disponibilizada<br />

– sobra da ração / n <strong>do</strong> grupo) / número de dias. A análise estatística<br />

(GraphPad InStat) com o ANOVA indicou diferença signifi cativa<br />

entre as médias <strong>do</strong>s grupos nas duas variáveis avaliadas (p = 0.0140<br />

para a taxa de ganho ponderal e p < 0.0001 para a ração ingerida).<br />

O grupo que teve maior aumento de peso foi o grupo Esteira 1<br />

(aumento em 70% ) e o que apresentou menor aumento ponderal<br />

foi o grupo US (47.76% <strong>do</strong> peso inicial). Os grupos controles (OVX<br />

e Pseu<strong>do</strong>-OVX) apresentaram taxas de ganho ponderais mais baixas<br />

que to<strong>do</strong>s os grupos de exercício físico, indican<strong>do</strong> que provavelmente<br />

o ganho muscular tem infl uência nesta variável e esta não representa<br />

fi dedignamente o aumento de peso por conseqüência da ausência de<br />

hormônios isoladamente. Esses mesmos grupos controles foram os<br />

que apresentaram maior consumo alimentar, 2 gramas a mais por<br />

rata por dia em comparação aos outros grupos. Para uma melhor<br />

elucidação <strong>do</strong> assunto propõe-se diferenciar em um próximo estu<strong>do</strong>,<br />

a massa magra da massa gorda.<br />

Os avanços <strong>do</strong> treinamento intervala<strong>do</strong>:<br />

perspectiva histórica<br />

Sasa Y, Calvo AP, Matthiesen SQ<br />

Universidade Estadual Paulista – UNESP - Rio Claro, SP<br />

yumisachs@yahoo.com.br<br />

Introdução: o méto<strong>do</strong> de treinamento intervala<strong>do</strong> (TI) originou-se<br />

na Alemanha em 1939 pelo fi siologista Woldemar Gerschler<br />

que aplicou uma forma de trabalho evoluída <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> fi nlandês<br />

de treinamento de corridas de fun<strong>do</strong> na qual a resistência obtida<br />

através <strong>do</strong>s percursos longos era potencializada pela introdução<br />

de corridas de velocidade intercaladas com perío<strong>do</strong>s de descansos<br />

ativos e modera<strong>do</strong>s. Em 1952, o TI teve sua concepção científi ca<br />

formulada pelo fi siologista alemão Herbert Reindell em parceria<br />

com Gerschler e, desde então, sofreu constantes modifi cações.<br />

Objetivo e justifi cativa: os avanços tecnológicos tornaram o TI<br />

diferente quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> à sua primeira versão (versão de Gerschler),<br />

desta forma, surge o interesse de investigar o mo<strong>do</strong> como<br />

estas alterações ocorreram ao longo destes anos até a atualidade.<br />

Méto<strong>do</strong>: a partir de revisão bibliográfi ca de aspectos fi siológicos,<br />

este estu<strong>do</strong> visou vincular tais da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s com as datas e os<br />

perío<strong>do</strong>s que acentuaram as respectivas evoluções desse méto<strong>do</strong><br />

de treinamento desde sua criação. Resulta<strong>do</strong>s: o TI foi utiliza<strong>do</strong>,<br />

inicialmente, como méto<strong>do</strong> de treinamento para o desenvolvimento<br />

da resistência anaeróbia lática, os estímulos variavam de 200<br />

a 300m. No fi m da década de 40, foi utiliza<strong>do</strong> para desenvolver,<br />

principalmente, a resistência aeróbia. Os estímulos usa<strong>do</strong>s eram de<br />

200 e 400m, chegan<strong>do</strong> até 70 repetições por sessão de treinamento<br />

com pausa ativa (caminhas e trotes) de aproximadamente 60”.<br />

Já na década de 50, após validação científi ca, foi utiliza<strong>do</strong> tanto<br />

para o desenvolvimento da resistência aeróbia, como anaeróbia<br />

lática e alática. A freqüência cardíaca deveria variar entre 120 e<br />

180bpm para a capacidade cárdio-pulmonar obter máximo <strong>do</strong><br />

seu rendimento. Os estímulos eram de 100 a 200m com duração<br />

máxima de 1min cada, com repetições que podiam chegar a 100<br />

por sessão. A pausa ativa entre os estímulos variava entre 45” a<br />

60”. No fi m da década de 60, as cargas e intervalos eram <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>s<br />

de acor<strong>do</strong> com o sistema energético que se desejava desenvolver,

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