Fisiologia do Exercicio_2005.pdf - Jean Peres
Fisiologia do Exercicio_2005.pdf - Jean Peres
Fisiologia do Exercicio_2005.pdf - Jean Peres
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Revista Brasileira de <strong>Fisiologia</strong> <strong>do</strong> Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 2005<br />
Hipóteses para reidratação antes,<br />
durante e após exercícios<br />
Martins LA, Silva GA<br />
Fundação Municipal de Educação e Cultura de Santa Fé <strong>do</strong><br />
Sul - SP<br />
fi siolubr@yahoo.com.br<br />
Introdução: Quan<strong>do</strong> se pratica exercícios, deve-se ter cuida<strong>do</strong>s,<br />
não só na escolha <strong>do</strong>s alimentos que se come, mas também nos<br />
conteú<strong>do</strong>s e na quantidade de líqui<strong>do</strong>s que se ingere. Durante<br />
uma atividade física, a taxa de transpiração é altamente variável, em<br />
média, perde-se um a <strong>do</strong>is litros de líqui<strong>do</strong> por hora de exercício.<br />
Consideran<strong>do</strong> que há perdas signifi cativas de líqui<strong>do</strong>s e minerais<br />
durante o exercício. É de se esperar que os efeitos nocivos da desidratação<br />
demorem mais para se manifestar, se o indivíduo esteve<br />
bem hidrata<strong>do</strong> antes de exercitar. De acor<strong>do</strong> com Morimoto et<br />
al. (1981): na desidratação progressiva perde-se água de to<strong>do</strong>s os<br />
compartimentos corpóreos, incluin<strong>do</strong> o sangue. Quan<strong>do</strong> se sente<br />
sede a pessoa está com hipohidratação. Para Nadel (1996), durante<br />
a atividade física uma quantidade signifi cativa de calo é gerada<br />
como um subproduto <strong>do</strong> metabolismo energético que mantém os<br />
processos de contração e relaxamento <strong>do</strong>s músculos em atividades.<br />
Com os músculos em atividades a taxa de calor aumenta em até<br />
100X em relação aos músculos, com isso é ativa<strong>do</strong> um sistema que<br />
indica refl exos associa<strong>do</strong>s à perda de calor. Se isso não acontecesse,<br />
e esse calor fosse armazena<strong>do</strong>, a temperatura aumentaria 1°C a<br />
cada 5 a 8 minutos, resultan<strong>do</strong> em hipertermia e colapso em 15<br />
a 20 minutos. Evitan<strong>do</strong>-se assim que o indivíduo entre em super<br />
aquecimento, ocasionan<strong>do</strong> a desidratação o que poderia causar uma<br />
série de complicações. Objetivo: Fazer um levantamento bibliográfi co<br />
de hipóteses de algumas alternativas para substituição das bebidas<br />
isotônicas, antes, durante e após a atividade física. Meto<strong>do</strong>logia:<br />
Utilizou-se como méto<strong>do</strong>, referências bibliográfi cas, livros e artigos.<br />
Resulta<strong>do</strong>s: Do levantamento bibliográfi co realiza<strong>do</strong>, encontrou-se<br />
vários autores que apontaram algumas hipóteses alternativas de soluções<br />
reidratantes. Maham e Stump (2003) citaram algumas bebidas<br />
energéticas já existentes no merca<strong>do</strong> como: coca -cola, refrigerante<br />
diet e suco de laranja. Porém, Bergeron (1998) apontou outras soluções<br />
ricas em nutrientes necessários para a reidratação como: suco<br />
de tomate, refrigerantes, suco de laranja, leite de vaca integral, água<br />
de coco e cerveja. No entanto, Oliveira (1996) também coloca que o<br />
suco de laranja repõe o potássio, cálcio e o magnésio perdi<strong>do</strong> no suor.<br />
Colemam (1997) enfatiza que: as características das bebidas, como<br />
sabor, aroma, acidez, sensação de <strong>do</strong>çura infl uenciam a palatabilidade<br />
e o consumo voluntário de líqui<strong>do</strong>s. As bebidas frias, <strong>do</strong>ces, e de<br />
sabor agradável são preferidas pelos sujeitos que praticam esportes.<br />
Conclusão: De acor<strong>do</strong> com as revisões bibliográfi cas, verifi cou-se que<br />
existem várias hipóteses de bebidas como alternativas de reidratação,<br />
antes durante e após o exercício físico.<br />
Atividade <strong>do</strong> eixo hipotálamo-hipófiseadrenal<br />
durante exercício agu<strong>do</strong> de<br />
natação em ratos wistar<br />
Contarteze RVL*, Mancha<strong>do</strong> FB**; Gobatto CA*, Mello MAR*<br />
*Universidade Estadual Paulista - UNESP, Rio Claro - SP,<br />
Brasil, ** UNESP e Faculdades Integradas Einstein de<br />
Limeira, Limeira - SP<br />
contarteze@yahoo.com.br<br />
59<br />
É de inteiro conhecimento que, em seres humanos, a atividade<br />
<strong>do</strong> eixo hipotálamo-hipófi se-adrenal (HHA) e suas respostas metabólicas<br />
são proporcionais à intensidade <strong>do</strong> exercício. Por razões<br />
óbvias, um grande número de pesquisas envolven<strong>do</strong> o exercício tem<br />
si<strong>do</strong> conduzi<strong>do</strong> em animais de laboratórios, especialmente o rato.<br />
Entre os ergômetros mais usa<strong>do</strong>s em pesquisas com animais está<br />
a natação. Entretanto, é pouco conheci<strong>do</strong> o efeito da intensidade<br />
<strong>do</strong> exercício de natação na atividade <strong>do</strong> eixo HHA de ratos. Para<br />
estudar os efeitos <strong>do</strong> exercício de natação realiza<strong>do</strong> em diferentes<br />
intensidades no eixo HHA de ratos sedentários, usamos concentrações<br />
séricas <strong>do</strong>s hormônios adrenocorticotrófi co (ACTH) e<br />
corticosterona. Dezoito ratos adapta<strong>do</strong>s ao meio líqui<strong>do</strong> foram<br />
submeti<strong>do</strong>s a 3 testes de 25 minutos (natação) suportan<strong>do</strong> cargas<br />
5,0; 5,5 e 6,0% <strong>do</strong> peso corporal (PC), para obtenção da máxima<br />
fase estável de lactato (MFEL). Após obtenção da MFEL, os animais<br />
foram dividi<strong>do</strong>s em <strong>do</strong>is grupos: M (n = 9), sacrifi ca<strong>do</strong> após 25<br />
minutos de exercício na intensidade MFEL e S (n = 9), sacrifi ca<strong>do</strong><br />
após exercício exaustivo, em intensidade 27% superior a MFEL.<br />
Para comparações, um grupo controle C (n = 10) foi sacrifi ca<strong>do</strong><br />
em repouso. Utilizou-se Anova One Way para identifi car possíveis<br />
diferenças nos parâmetros de estresse (p < 0,05). As concentrações<br />
séricas de ACTH e corticosterona foram signifi cativamente (p <<br />
0,05) superiores após exercício em ambas intensidades quan<strong>do</strong><br />
comparadas ao grupo controle. As concentrações <strong>do</strong> grupo (S) foram,<br />
ainda, maiores <strong>do</strong> que as <strong>do</strong> grupo (M) (tabela I). A atividade <strong>do</strong><br />
eixo hipotálamo-hipófi se-adrenal durante exercício agu<strong>do</strong> de natação<br />
em ratos parece depender da intensidade <strong>do</strong> mesmo, responden<strong>do</strong><br />
com maior atividade às intensidades mais elevadas.<br />
Tabela I - Corticosterona (ng/mL) e hormônio adrenocorticotrófi co<br />
séricos (pg/mL) <strong>do</strong>s animais ao fi nal <strong>do</strong> experimento em repouso (C) e<br />
após sessão aguda de exercício (natação) em intensidade de MFEL (M)<br />
e 27% superior a esta (S).<br />
Grupos ACTH Corticosterona<br />
S (n = 09) 1284,44 ± 361,36 a,* 3845,51 ± 788,83 a,*<br />
M (n = 09) 963,37 ± 420,47 * 2661,26 ± 627,89 *<br />
C (n = 10) 179,32 ± 46,31 467,11 ± 262,12<br />
Resulta<strong>do</strong>s expressos como média ± desvio padrão, com o<br />
número de animais entre parênteses. S = 27% superior a MFEL<br />
(natação), M = MFEL (natação) e C = controle (repouso). * Diferença<br />
signifi cativa em relação ao grupo controle e a ≠M (ANOVA<br />
One Way, p < 0,05).<br />
Apoio fi nanceiro: CAPES & FAPESP.<br />
Efeito <strong>do</strong> uso de analisa<strong>do</strong>r de gases<br />
sobre o desempenho em uma tarefa<br />
anaeróbia<br />
Franchini E, Takito MY, Bertuzzi RCM<br />
Grupo de Pesquisas em <strong>Fisiologia</strong> <strong>do</strong> Exercício da Faculdade<br />
de Educação Física da Universidade Presbiteriana Mackenzie<br />
- Barueri, SP<br />
emersonfranchini@hotmail.com<br />
O uso de analisa<strong>do</strong>res de gases em tarefas anaeróbias tem si<strong>do</strong><br />
realiza<strong>do</strong> com objetivo de estimar a contribuição <strong>do</strong>s sistemas de<br />
transferência de energia nessas tarefas, especialmente <strong>do</strong> metabolismo<br />
aeróbio (Di Prampero e Ferretti, 1999; Gastin, 2001). Contu<strong>do</strong>, al-