16.04.2013 Views

Fisiologia do Exercicio_2005.pdf - Jean Peres

Fisiologia do Exercicio_2005.pdf - Jean Peres

Fisiologia do Exercicio_2005.pdf - Jean Peres

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Revista Brasileira de <strong>Fisiologia</strong> <strong>do</strong> Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 2005<br />

196/96 <strong>do</strong> Conselho Nacional de Saúde. Aos indivíduos<br />

que voluntariamente aceitaram participar deste estu<strong>do</strong> foi<br />

dada uma explicação verbal sobre os objetivos da pesquisa,<br />

bem como um esclarecimento sobre to<strong>do</strong>s os procedimentos<br />

realiza<strong>do</strong>s. Foi entregue também um termo de consentimento<br />

informa<strong>do</strong> em duas vias, o qual foi assina<strong>do</strong> tanto pelos<br />

pesquisa<strong>do</strong>res quanto pelos colabora<strong>do</strong>res, fi rman<strong>do</strong> assim o<br />

vínculo ético necessário para a realização desta pesquisa.<br />

Procedimentos experimentais<br />

A massa corporal foi medida por uma balança antropométrica<br />

(Indústrias Filizola S.A.) com resolução de 100 gramas,<br />

a estatura foi medida através de um estadiômetro (Cardiomed<br />

Medicina, Sports & Fitness) com resolução de um centímetro<br />

e as <strong>do</strong>bras cutâneas mensuradas através de um adipômetro<br />

com resolução de um milímetro (Cescorf Equipamentos<br />

Antropométricos Ltda). Em seguida os atletas realizaram uma<br />

medição da fl exibilidade através <strong>do</strong> teste de sentar e alcançar,<br />

o qual consiste em o avalia<strong>do</strong> senta<strong>do</strong> com os pés uni<strong>do</strong>s e<br />

joelhos estendi<strong>do</strong>s, pés apoia<strong>do</strong>s no aparato de medição (Banco<br />

de Wells - Cardiomed Medicina, Sports & Fitness), realizar uma<br />

fl exão <strong>do</strong> tronco empurran<strong>do</strong> o curso de marcação o máximo<br />

possível. Não foi permiti<strong>do</strong> nenhum tipo de aquecimento para<br />

evitar a infl uência deste no desempenho <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong><br />

considera<strong>do</strong> o melhor desempenho de duas tentativas.<br />

Por fi m, mas não menos importante, foi coletada uma<br />

gota de sangue <strong>do</strong> lóbulo da orelha antes e outra depois da<br />

realização de um Taolu ou de uma luta de Boxe Chinês. No<br />

caso <strong>do</strong>s luta<strong>do</strong>res de Boxe Chinês a coleta de sangue foi feita<br />

na ponta <strong>do</strong> de<strong>do</strong> indica<strong>do</strong>r, manten<strong>do</strong> o local de coleta protegi<strong>do</strong><br />

pelas luvas. O sangue coleta<strong>do</strong> foi usa<strong>do</strong> para análise da<br />

concentração de lactato através de um lactímetro (Accutrend<br />

Lactate Roche). O acúmulo de lactato sangüíneo foi calcula<strong>do</strong><br />

como sen<strong>do</strong> a subtração <strong>do</strong> valor de lactato pós-exercício pelo<br />

valor de lactato pré-exercício.<br />

Tratamento estatístico<br />

O tratamento estatístico foi realiza<strong>do</strong> pelo programa<br />

SPSS para Win<strong>do</strong>ws versão 12.0, através de uma correlação<br />

produto momento de Pearson assumin<strong>do</strong>-se um nível de<br />

signifi cância de p < 0,05. Quan<strong>do</strong> necessário, os da<strong>do</strong>s serão<br />

Tabela I - Caracterização <strong>do</strong>s atletas.<br />

29<br />

apresenta<strong>do</strong>s através de estatística descritiva composta por<br />

média ± desvio padrão.<br />

Resulta<strong>do</strong>s<br />

Não foi encontrada uma correlação signifi cativa entre a<br />

fl exibilidade e o acúmulo de lactato sangüíneo quan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s<br />

os atletas foram analisa<strong>do</strong>s conjuntamente. Porém, quan<strong>do</strong><br />

o tratamento estatístico foi repeti<strong>do</strong> analisan<strong>do</strong> os atletas<br />

separadamente por modalidade, verifi cou-se uma correlação<br />

negativa (r = -0,92 e p = 0,02) entre a fl exibilidade e o acúmulo<br />

de lactato sangüíneo em luta<strong>do</strong>res de Boxe Chinês, como pode<br />

ser visualiza<strong>do</strong> grafi camente na Figura 1. Não foi encontrada<br />

uma correlação signifi cativa entre estas variáveis nos atletas<br />

que realizaram o Taolu.<br />

Figura 1 - Correlação entre o acúmulo de lactato sangüíneo e a<br />

fl exibilidade em luta<strong>do</strong>res de Boxe Chinês (r = -0,92 e p = 0,02).<br />

Modalidade Tempo de treino (anos) Massa (kg) Estatura (cm) Percentual de gordura (%)<br />

Boxe Chinês 8,60 ± 4,04 71,08 ± 9,05 174,64 ± 5,11 11,29 ± 2,29<br />

Taolu 7,67 ± 4,73 70,70 ± 7,75 171,23 ± 10,17 11,04 ±0 ,97<br />

Tabela II - Resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s no teste de fl exibilidade e na medição de lactato sangüíneo.<br />

A Tabela I apresenta a caracterização <strong>do</strong>s atletas, separa<strong>do</strong>s<br />

por modalidade, no que tange a faixa etária, tempo de<br />

treinamento, massa corporal total, estatura e percentual de<br />

gordura. Não foram encontradas diferenças signifi cativas<br />

nestas variáveis entre os <strong>do</strong>is grupos.<br />

Modalidade Flexibilidade (cm) Lactato pré (mmol/L) Lactato pós (mmol/L) Acúmulo de lactato (mmol/L)<br />

Boxe Chinês 38,00 ± 5,06 2,60 ± 0,86 10,98 ± 2,55 8,38 ± 2,93<br />

Taolu 29,57 ± 14,60 2,27 ± 0,42 13,93 ± 0,86 11,67 ± 0,45

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!