16.04.2013 Views

Fisiologia do Exercicio_2005.pdf - Jean Peres

Fisiologia do Exercicio_2005.pdf - Jean Peres

Fisiologia do Exercicio_2005.pdf - Jean Peres

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Revista Brasileira de <strong>Fisiologia</strong> <strong>do</strong> Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 2005<br />

pré-TE, um mês de treinamento equaliza<strong>do</strong>r.<br />

O TE pode ter causa<strong>do</strong> hipóxia tecidual, uma vez que<br />

as cargas iniciaram-se com o valor de 80% de 1 RM e foi<br />

demonstra<strong>do</strong> que valores próximos a 50% da capacidade máxima<br />

de contração muscular isométrica causam oclusão total<br />

<strong>do</strong>s vasos e que a microcirculação e a oferta de O 2 começam<br />

a ser comprometidas com valores em torno de 20% de 1RM,<br />

que era a carga fi nal <strong>do</strong> TE. Sabe-se, ainda, que o exercício<br />

resisti<strong>do</strong> é dependente em maior grau <strong>do</strong> metabolismo anaeróbico<br />

<strong>do</strong> que exercícios cíclicos. De fato, em cicloergômetro,<br />

aproximadamente 9%, 12% e 100% da força voluntária<br />

máxima são exercidas no pedal, relativo às intensidades de<br />

60%, 80% e 100% <strong>do</strong> VO 2 máx, respectivamente. Em contraste,<br />

para a extensão dinâmica <strong>do</strong> joelho, as porcentagens<br />

de 10%, 16% e 27% da força muscular máxima <strong>do</strong> músculo<br />

em repouso eram obtidas 66%, 78% e 100% <strong>do</strong> VO 2 máx.<br />

de pico relativo à uma perna, respectivamente [1]. Fica, pois,<br />

aparente que o exercício contra resistência, já com percentuais<br />

relativamente baixos <strong>do</strong> 1RM, depende em grande parte <strong>do</strong><br />

metabolismo anaeróbio. O TE oferece boa alternativa para<br />

teste de capacidade muscular em exercício resisti<strong>do</strong>, envolven<strong>do</strong><br />

metabolismo especifi co a atividade, que não pode ser<br />

mensura<strong>do</strong> (pelas alterações de marca<strong>do</strong>res bioquímicos) em<br />

testes convencionais em esteira ou bicicleta.<br />

O Ht foi o único indica<strong>do</strong>r positivamente correlaciona<strong>do</strong><br />

ao TE e ambas enzimas (CK e AST) tiveram importantes<br />

contribuições na predição <strong>do</strong> número de repetições desempenhadas<br />

e foram negativamente correlaciona<strong>do</strong>s ao TE.<br />

Uma possível explicação para correlação negativa ao TE é<br />

que indivíduos mais bem condiciona<strong>do</strong>s têm menor aumento<br />

dessas enzimas compara<strong>do</strong>s a indivíduos não acostuma<strong>do</strong>s a<br />

determinada atividade física [16].<br />

O indica<strong>do</strong>r isola<strong>do</strong> mais sensível à exaustão foi a PCO 2 .<br />

Esta, quan<strong>do</strong> associada à PO 2 , Ht, CK-MB e HCO 3 aumentou<br />

o nível preditivo máximo para 92%. Ou seja, da média<br />

de 151 repetições (somatória <strong>do</strong>s 3 exercícios) <strong>do</strong> teste, o erro<br />

padrão é de apenas 8 repetições. Isto sugere que estas variáveis<br />

podem ser utilizadas, individualmente, ou em conjunto, para<br />

avaliarem a intensidade e o volume de exercícios de levantamento<br />

de peso máximo, ou próximo ao máximo.<br />

Conclusão<br />

Assim, pela característica de múltiplas cargas decrescentes<br />

e grande massa muscular envolvida o TE mostra-se útil para<br />

avaliar o desempenho <strong>do</strong> atleta de força e, também, para<br />

sensibilizar indica<strong>do</strong>res sanguíneos <strong>do</strong> estresse sistêmico.<br />

Referências<br />

1. Lewis SF, Fulco CS. A new approach to study muscle fatigue<br />

and factors aff ecting performance during dynamic exercise in<br />

humans. ACSM Exerc Sport Sci Rev 1998;26:91-116.<br />

2. Dangott B, Schultz E, Mozdziak PE. Dietary creatine monohydrate<br />

supplementation increases satellite cell mitotic<br />

21<br />

activity during compensatory hypertrophy. Int J Sports Med<br />

2000;21:13-16.<br />

3. Sothmann MS, Buckworth J, Claytor RP, Cox RH, White-Welkley<br />

JE, Dishman RK. Exercise training and the cross-stressor<br />

adaptation hypothesis. Exerc Sport Sci Rev 1996;24:267-287.<br />

4. Wilmore JK, Costil DL. <strong>Fisiologia</strong> <strong>do</strong> esporte e <strong>do</strong> exercício. 2a<br />

ed. São Paulo: Manole; 2001.<br />

5. Fett CA, Maestá N, Burini RC. Alterações metabólicas, na força e<br />

massa musculares, induzidas por um protocolo de musculação em<br />

atletas sem e com a suplementação de Omega-3 (W-3) ou triglicérides<br />

de cadeia média (TCM). Fit & Perform 2002:1:28-35.<br />

6. Porto M. Efeito da modulação dietética (protéico/glicídica) sobre<br />

a composição corporal de atletas de culturismo em treinamento.<br />

XIII Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental,<br />

26-29/08/1998, Caxambu (MG), p.260, nº 04.060.<br />

7. Nadel ER, Fortney SM, Wenger CB. Effect of hydratation<br />

of circulatory and thermal regulations. J Appl Physiol<br />

1980;49(4):715-21.<br />

8. Fink AS, Heff eran PM, Howell RR. Enzimatic and biochemical<br />

characterization of the avian glycogen body. Comp Biochem<br />

Physiol 1975;50(4):525-530.<br />

9. Sjogaard G. Exercise-induced muscle fatigue the signifi cance of<br />

potassium. Acta Physiol Scand. 1990; 593: 5-63.<br />

10. Edwards RHT, Hill DK. Myothermal and intramuscular pressure<br />

measurements during isometric contractions of the human<br />

quadriceps muscle. J Physiol (Lon<strong>do</strong>n) 1972;224:58P-59P.<br />

11. Brun JF, Bouchahda C, Chaze D, Benhaddad AA, Micallef JP,<br />

Mercier J. Th e para<strong>do</strong>x of hematocrit in exercise physiology:<br />

which is the “normal” range from a hemorheologist’s viewpoint?<br />

Clin Hemorheol Microcirc 2000; 22(4):287-303.<br />

12. Astrand PO, Rodahl K. Textbook of work physiology - Physiological<br />

bases of exercise. New York: McGraw-Hill; 1977.<br />

13. Maughan R, Gleeson M, Greenhaff PL. Biochemistry of exercise<br />

and training. New York: Oxford University Press Inc; 2000.<br />

14. Greenhaf PL, Timmons JA. Interaction between aerobic and<br />

anaerobic metabolism during intense muscle contraction. Exerc<br />

Sport Sci Rev 1998;26:1-30.<br />

15. Powers SK, Howley ET. <strong>Fisiologia</strong> <strong>do</strong> Exercício: teoria e aplicação<br />

ao condicionamento e ao desempenho. 3a ed. São Paulo:<br />

Manole; 2000. p.192-209.<br />

16. Margaritis I, Tessier F, Verdera F, Bermon S, Marconnet P. Muscle<br />

enzyme release <strong>do</strong>es not predict muscle function impairment<br />

after triathlon. J Sports Med Phys Fitness 1999;39:133-9.<br />

17. Koutedakis Y, Raafat A, Sharp NCC, Rosmarin MN, Beard<br />

MJ, Robbins SW. Serum enzyme activities in individuals with<br />

diff erent levels of physical fi tness. J Sport Med Phys Fitness<br />

1993:33:252-57.<br />

18. Schneider CM, Dennehy CA, Rodearmel SJ, Hayward<br />

JR. Eff ects of physical activity on creatine phosphokinase<br />

and the isoenzyme creatine kinase-MB. Ann Emerg Med<br />

1995;25(4):520-4.<br />

19. Apple FS, Tesch PA. CK and LD isozymes in human single muscle<br />

fi bers in trained athletes. J App Physiol 1989;66(6):2717-20.<br />

20. Miller TD, Rogers PJ, Bauer BA, O’brien JF, Squires RW,<br />

Bailey KR, Bove AA. Does exercise training alter myocardial<br />

creatine kinase MB isoenzyme content? Med Sci Sports Exerc<br />

1989;21(4):437-40.<br />

21. SymanskI JD, Mcmurray RG, Silverman LM, Smith BW, SiegeL<br />

AJ. Serum creatine kinase and CK-MB isoenzyme responses to<br />

acute and prolonged swimming in trained athletes. Clin Chim<br />

Acta 1983;129(2):181-7.<br />

22. Horita T, Komi PV, Nicol C, Kyrolainen H. Eff ect of exhausting<br />

strech-shortening cycle exercise on the time course of mechanical<br />

behavior in the drop jump: Possible role of muscle damage. Eur<br />

J Appl Physiol Occup Physiol 1994:79:160-67.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!