Baixar material educativo em PDF - Arte na Escola
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Dados Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is de Catalogação <strong>na</strong> Publicação (CIP)<br />
(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)<br />
INSTITUTO ARTE NA ESCOLA<br />
No<strong>em</strong>ia Varela: de barro de vidro de barro / Instituto <strong>Arte</strong> <strong>na</strong> <strong>Escola</strong> ; autoria de<br />
Elaine Schmidlin ; coorde<strong>na</strong>ção de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. – São<br />
Paulo : Instituto <strong>Arte</strong> <strong>na</strong> <strong>Escola</strong>, 2006.<br />
(DVDteca <strong>Arte</strong> <strong>na</strong> <strong>Escola</strong> – Material <strong>educativo</strong> para professor-propositor ; 122)<br />
Foco: FE-A-3/2006 Formação: Processos de Ensi<strong>na</strong>r e Aprender<br />
Contém: 1 DVD ; Glossário ; Bibliografia<br />
ISBN 85-98009-92-X<br />
1. <strong>Arte</strong>s - Estudo e ensino 2. 3. Varela, No<strong>em</strong>ia I. Schmidlin, Elaine II.<br />
Martins, Mirian Celeste III. Picosque, Gisa IV. Título V. Série<br />
Créditos<br />
MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA<br />
Organização: Instituto <strong>Arte</strong> <strong>na</strong> <strong>Escola</strong><br />
Coorde<strong>na</strong>ção: Mirian Celeste Martins<br />
Gisa Picosque<br />
Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação<br />
MAPA RIZOMÁTICO<br />
Copyright: Instituto <strong>Arte</strong> <strong>na</strong> <strong>Escola</strong><br />
Concepção: Mirian Celeste Martins<br />
Gisa Picosque<br />
Concepção gráfica: Bia Fioretti<br />
NOEMIA VARELA: de barro de vidro de barro<br />
CDD-700.7<br />
Copyright: Instituto <strong>Arte</strong> <strong>na</strong> <strong>Escola</strong><br />
Autor deste <strong>material</strong>: Elaine Schmidlin<br />
Revisão de textos: Soletra Assessoria <strong>em</strong> Língua Portuguesa<br />
Diagramação e arte fi<strong>na</strong>l: Jorge Monge<br />
Autorização de imagens: Ludmilla Picosque Baltazar<br />
Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express<br />
Tirag<strong>em</strong>: 200 ex<strong>em</strong>plares
DVD<br />
NOEMIA VARELA: de barro de vidro de barro<br />
Ficha técnica<br />
Gênero: Documentário sobre a arte-educadora No<strong>em</strong>ia Varela,<br />
realizado <strong>em</strong> sua home<strong>na</strong>g<strong>em</strong>.<br />
Palavras-chave: História do ensino de arte; concepções de ensino<br />
de arte; educação estética; experiência estética e estésica;<br />
produtor-artista-pesquisador; atitude lúdica; aquarela.<br />
Foco: Formação: Processos de Ensi<strong>na</strong>r e Aprender.<br />
T<strong>em</strong>a: Percursos de No<strong>em</strong>ia Varela <strong>em</strong> arte, cultura e educação,<br />
a partir da pesquisa de Lucimar Bello Pereira Frange.<br />
Artista abordada: No<strong>em</strong>ia Varela.<br />
Indicação: Formação de educadores e programas de educação<br />
continuada.<br />
Direção: Alexandre Pereira França.<br />
Realização/Produção: LUF 2000 Produções <strong>em</strong> Vídeo,<br />
Uberlândia.<br />
Ano de produção: 2000.<br />
Duração: 12 ’.<br />
Sinopse<br />
O documentário é uma livre criação da artista plástica e professora<br />
Lucimar Bello Pereira Frange, que realizou sua pesquisa<br />
de pós-doutoramento sobre No<strong>em</strong>ia Varela, importante<br />
educadora no cenário brasileiro, por suas experiências de vanguarda<br />
no campo da educação pela arte. Neste documentário,<br />
estão presentes aquarelas, po<strong>em</strong>as, depoimentos, produções<br />
de crianças, paisagens da cidade, assim como imagens da<br />
Escolinha de <strong>Arte</strong> do Recife, fundada por No<strong>em</strong>ia.
2<br />
Trama inventiva<br />
Vida tão cheia de encontros! Vida de educador. Encontros com a<br />
arte, encontros com aprendizes de arte. Às vezes, o encontro é<br />
<strong>na</strong> sala de aula; outras, no mundo do lado de fora. O que representa<br />
para o educador o seu trabalho? Paixão? Diversão? Meio<br />
ou fim? Para alguns, domi<strong>na</strong> sua vida; para outros, confunde-se<br />
com ela. Seja deste ou daquele modo, todo educador t<strong>em</strong> uma<br />
curiosa sensibilidade para o outro. Outro-obra, outro-gente.<br />
Assim, de forma muito pessoal, o educador vai renovando saberes,<br />
experiências, fazeres <strong>educativo</strong>s <strong>em</strong> arte. Na cartografia,<br />
mirar este documentário no território Formação: Processos de<br />
Ensi<strong>na</strong>r e Aprender oferece ao olhar paisagens educativas pintadas<br />
com cores vivas por aqueles que, atuando como professor,<br />
mediador ou artista-educador, educam com arte para a arte.<br />
O passeio da câmera<br />
No silêncio, nosso primeiro contato é com palavras e fotos que,<br />
de certo modo, nos apresentam No<strong>em</strong>ia Varela. Depois, a poética<br />
das imagens nos conduz, por entre pequenos títulos, pelas<br />
várias facetas da arte-educadora. Sua voz recita seus po<strong>em</strong>as<br />
e pensamentos, registrados <strong>em</strong> sua home<strong>na</strong>g<strong>em</strong> pela artista<br />
e professora Lucimar Bello Pereira Frange1 .<br />
Alocado <strong>em</strong> Formação: Processos de Ensi<strong>na</strong>r e Aprender,<br />
este documentário abre espaço para outros territórios, que<br />
pod<strong>em</strong> ser visualizados no mapa potencial.<br />
Sobre No<strong>em</strong>ia Varela<br />
(Macau/RN, 1917)<br />
No<strong>em</strong>ia Varela de barro, de vidro e de barro, é criança, é meni<strong>na</strong><br />
do barro, dos brinquedos e das coleções, da biblioteca e do sorvete<br />
tomado até hoje, com sabor de festa, sabor de encontros. É<br />
meni<strong>na</strong> da cerâmica dos artesãos nordestinos ao visibilizar<strong>em</strong> seus<br />
espaços multiculturais. (...) É cristal lapidado, é sensualidade, é<br />
maturidade, mulher-idade assumida e construída <strong>em</strong> constante<br />
desconstrução para outros construíres.<br />
Lucimar Bello Pereira Frange2
<strong>material</strong> <strong>educativo</strong> para o professor-propositor<br />
NOEMIA VARELA – DE BARRO DE VIDRO DE BARRO<br />
Nascida aos 7 meses, No<strong>em</strong>ia de Araújo Varela é criada no colo<br />
de sua avó mater<strong>na</strong>, sua mãe “Loló”, de qu<strong>em</strong> herda o cofrinho<br />
transparente no qual guarda todas as suas m<strong>em</strong>órias, desejos<br />
e sabores, enfim, sua pessoalidade.<br />
Sua opção de vida a leva, aproximadamente aos 23 anos, a ser<br />
professora, especialmente interessada <strong>em</strong> psicologia junguia<strong>na</strong><br />
e crianças portadoras de deficiências. São elas que lhe mostram<br />
o caminho da arte. Ensi<strong>na</strong>ndo, desenhando e aquarelando,<br />
No<strong>em</strong>ia assume a sua professoralidade3 . O encontro com a<br />
Escolinha de <strong>Arte</strong> do Brasil, no Rio de Janeiro <strong>em</strong> 1949, e as<br />
experiências do Hospital Psiquiátrico Pedro II, <strong>em</strong> Engenho de<br />
Dentro, com a Doutora Nise da Silveira, marcam sua trajetória.<br />
Sua alegria e esperança, ancoradas <strong>em</strong> percursos de inquietação<br />
como arte- educadora, levam-<strong>na</strong> à criação, <strong>em</strong> 1953, da<br />
Escolinha de <strong>Arte</strong> do Recife, <strong>na</strong> Rua do Cupim, 124, no bairro<br />
Graças, instalada <strong>em</strong> um “chalé m<strong>em</strong>oroso”. Até hoje, o chalé<br />
continua recebendo crianças e educadores ávidos por conviver<br />
com a arte e viver experiências estésicas e estéticas.<br />
Alu<strong>na</strong> de Herbert Read e parceira de Augusto Rodrigues, a inventiva<br />
professora se encanta diante da criança e da arte e tor<strong>na</strong>-se<br />
multiplicadora e estudiosa do processo criador e da consciência<br />
estética do Movimento das Escolinhas de <strong>Arte</strong> (MEA) no<br />
Brasil e dos Cursos Intensivos de <strong>Arte</strong>-Educação da Escolinha<br />
de <strong>Arte</strong> do Brasil (Ciae), no período de 1970 a 1980. Com ela,<br />
amigos e irmãos conceituais4 multiplicam as vozes da “educação<br />
criadora”, atentos à formação do professor-aluno <strong>em</strong> uma<br />
proposta de trabalho criativa, orientada e acolhida por um processo<br />
dinâmico de busca pela relação compartilhada de afetos.<br />
Os percursos de No<strong>em</strong>ia são intensos, múltiplos, e pod<strong>em</strong><br />
ser encontrados <strong>em</strong> seus projetos poéticos, revelados por sua<br />
escritura contínua e sist<strong>em</strong>atizada sobre arte, cultura e ensino,<br />
decorrente de suas experiências e vivências com crianças.<br />
Tais percursos estão presentes, também, <strong>em</strong> seus po<strong>em</strong>as e<br />
aquarelas que “pintam sua Recife”. Delas, nos fala Lucimar Bello5 :<br />
O Rio-água-des-aguante é força expansiva <strong>na</strong> “retangularidade” das<br />
aquarelas, para além das cidades de papel, mostradas <strong>em</strong> diferentes<br />
3
4<br />
situações de um dia: amanhecer, entardecer, anoitecer. O rio que eu<br />
não vi t<strong>em</strong> luz de <strong>na</strong>scente, amanhece; Pontes do Recife é luz de<br />
poente, entardece; Capibaribe, m<strong>em</strong>ória de infância, pela densidade<br />
de tons saturados, é luz pós-poente, paisag<strong>em</strong>-cidade que anoitece.<br />
As visualidades se estend<strong>em</strong> no po<strong>em</strong>a que ouvimos, ao fi<strong>na</strong>l<br />
do documentário, escrito <strong>em</strong> 1973. O fino papel de seda azul<br />
forma um livreto de textos visuais e verbais – Rendas. São eles<br />
que iniciam e fi<strong>na</strong>lizam o documentário e traz<strong>em</strong> a voz de No<strong>em</strong>ia<br />
Varela 6 , <strong>na</strong> época do documentário, com 84 anos:<br />
Caminhos de renda branca<br />
Andando de mão <strong>em</strong> mão ...<br />
de mão <strong>em</strong> mão andando<br />
a trilha dos passos meus.<br />
Mãos que me cuidaram<br />
rendas que me enfeitaram<br />
Adeus!<br />
Os olhos da arte<br />
O mais fundamental está <strong>em</strong> se arquitetar a formação do arte-educador<br />
a partir do princípio de que deva estar s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> desenvolvimento,<br />
<strong>na</strong> abordag<strong>em</strong> dos fenômenos da arte, da educação, da filosofia,<br />
enfim, do conhecimento teórico e prático que a enriqueça e fale<br />
das conquistas do hom<strong>em</strong> como ser inventivo, fértil <strong>em</strong> sua imagi<strong>na</strong>ção<br />
e capacidade de construir o mundo.<br />
No<strong>em</strong>ia Varela<br />
Conhecer o Movimento Escolinhas de <strong>Arte</strong> (MEA) é conhecer um<br />
pouco da história do ensino da arte no Brasil. Os preceitos acadêmicos,<br />
fortalecidos pela Missão Artística Francesa, trazida <strong>em</strong> 1816<br />
por D. João VI e criadora da Acad<strong>em</strong>ia Imperial de Belas <strong>Arte</strong>s/<br />
AIBA, marcam o percurso deste ensino. Mais tarde, com o<br />
surgimento do movimento denomi<strong>na</strong>do <strong>Escola</strong> Nova, ocorre a valorização<br />
da produção da criança e os horizontes se ampliam.<br />
Uma mostra de trabalhos infantis, realizada no Museu Nacio<strong>na</strong>l<br />
de Belas <strong>Arte</strong>s, traz ao Rio de Janeiro, <strong>em</strong> 1941, o seu<br />
organizador, o crítico de arte Herbert Read, autor de A educação<br />
pela arte e fundador da Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Society for Education<br />
through Art/ InSEA. Suas idéias inovadoras sobre a importância<br />
da arte <strong>na</strong> educação influenciam artistas e educadores brasi-
<strong>material</strong> <strong>educativo</strong> para o professor-propositor<br />
NOEMIA VARELA – DE BARRO DE VIDRO DE BARRO<br />
leiros. Por isso, <strong>em</strong><br />
1948, é fundada a<br />
Escolinha de <strong>Arte</strong> do<br />
Brasil, no Rio de Janeiro,<br />
pelo artista<br />
plástico Augusto<br />
Rodrigues, a professora<br />
gaúcha Lúcia<br />
Alencastro Valentim<br />
e a escultora norteamerica<strong>na</strong>,<br />
Margaret<br />
Spence.<br />
A Escolinha se tor<strong>na</strong><br />
um centro de formação<br />
de professores<br />
de arte, que fun-<br />
No<strong>em</strong>ia Varela <strong>na</strong> Escolinha<br />
Foto: Fabio da Costa Lago<br />
dam e orientam outras unidades no Brasil e <strong>na</strong> América Lati<strong>na</strong>.<br />
Dentre elas, a Escolinha de <strong>Arte</strong> do Recife, tendo No<strong>em</strong>ia Varela<br />
como diretora. No Rio Grande do Sul, escolinhas se espalham<br />
por todo o Estado. As opções de No<strong>em</strong>ia, ligadas à educação<br />
e arte, frutificam ações pedagógicas coletivas, realizadas de<br />
forma inclusiva e atenta às crianças com necessidades especiais,<br />
envolvendo a estética do cotidiano <strong>na</strong>s experiências das<br />
escolinhas, lugares de acontecimentos estéticos e estésicos <strong>em</strong><br />
constante vivência reflexiva.<br />
Do ensino autoritário e acadêmico, centrado no professor, pende-<br />
se para a valorização da produção da criança. Pensadores<br />
como o filósofo da educação John Dewey que valoriza a experiência,<br />
considerando-a também estética, e Viktor Lowenfeld,<br />
um dos primeiros da área a ser traduzido para o português,<br />
também influenciam as ações artísticas <strong>na</strong>s escolas.<br />
Os autores citados fundamentam que a aprendizag<strong>em</strong> não é<br />
ape<strong>na</strong>s intelectual, mas também <strong>em</strong>ocio<strong>na</strong>l, social, perceptiva,<br />
física e psicológica no desenvolvimento infantil. Enfatizam a<br />
necessidade de desenvolver, de modo livre e flexível, a sensibilidade<br />
e a conscientização de todos os sentidos (ver, sentir, ouvir,<br />
5
6<br />
Alunos <strong>em</strong> atividade <strong>na</strong><br />
Escolinha<br />
Foto: Fabio da Costa Lago<br />
cheirar, provar), <strong>em</strong> uma interação entre sujeito e meio, promovendo<br />
a auto-expressão a partir da vivência pessoal (o que é<br />
muito diverso do chamado laissez-faire). No entanto, essas<br />
questões são compreendidas de maneira equivocada quando o<br />
ensino de educação artística é impl<strong>em</strong>entado, <strong>na</strong>s décadas de<br />
70 e 80, <strong>na</strong>s escolas brasileiras.<br />
Durante muito t<strong>em</strong>po, criatividade é confundida com livre-expressão.<br />
Os processos cognitivos, <strong>em</strong>ocio<strong>na</strong>is e intelectuais,<br />
entretanto, não acontec<strong>em</strong> <strong>na</strong>s expressões artísticas de forma<br />
automática. “É necessário ensi<strong>na</strong>r a ver, a a<strong>na</strong>lisar, a especular,<br />
a investigar”, já diz A<strong>na</strong> Mae Barbosa7 . Essas considerações<br />
são pertinentes ao momento <strong>em</strong> que a arte é reconhecida<br />
como campo de conhecimento e como linguag<strong>em</strong>, no ensino de<br />
arte cont<strong>em</strong>porâneo. São essas ressonâncias de educadores<br />
inquietos e ousados, como No<strong>em</strong>ia Varela, que nos fundamentam<br />
e desafiam a fazer e ensi<strong>na</strong>r arte, alicerçados <strong>na</strong> cultura a<br />
ser percebida, a<strong>na</strong>lisada e significada.<br />
O passeio dos olhos do professor<br />
O documentário está planejado para ser utilizado <strong>em</strong> projetos que<br />
envolv<strong>em</strong> a formação de educadores. Como educador de educadores,<br />
você pode buscar nele aspectos para provocar o pensar<br />
sobre concepções de ensino de arte. Para isso, inicie um diário de<br />
bordo com suas anotações. Uma pauta do olhar poderá ajudá-lo:
<strong>material</strong> <strong>educativo</strong> para o professor-propositor<br />
NOEMIA VARELA – DE BARRO DE VIDRO DE BARRO<br />
O que lhe parece relevante no trabalho desenvolvido por<br />
No<strong>em</strong>ia Varela? O que parece repercutir o contexto atual do<br />
ensino de arte?<br />
Quais as relações significativas que você pode estabelecer<br />
entre a artista e a educadora No<strong>em</strong>ia Varela?<br />
O que a linguag<strong>em</strong> poética do documentário desperta <strong>em</strong> você?<br />
O documentário provoca quais relações entre educação, filosofia<br />
e arte?<br />
O que seus alunos-professores gostariam de ver no<br />
documentário?<br />
A partir de suas anotações, quais questões você faria <strong>em</strong> uma<br />
pauta do olhar para o passeio dos olhos dos colegas ou de seus<br />
alunos <strong>em</strong> formação? Você pode fazer um mapa do que considera<br />
mais importante para suas proposições pedagógicas.<br />
Percursos com desafios estéticos<br />
Os percursos sugeridos não são seqüenciais e se apresentam<br />
como possibilidade de caminhos a ser<strong>em</strong> trilhados e reinventados<br />
por você como formador de educadores.<br />
O passeio dos olhos dos alunos<br />
Algumas possibilidades:<br />
Valorizar os sentidos e a capacidade criadora é uma proposta<br />
da Escolinha de <strong>Arte</strong>. A construção de bonecos, feitos com<br />
massa, argila, panos ou colag<strong>em</strong>, pode dar vida aos sentimentos<br />
vividos pelos alunos, rel<strong>em</strong>brando a infância. A primeira<br />
conversa sobre essas l<strong>em</strong>branças é um modo de prepará-los<br />
para a exibição do documentário, focalizando, especialmente,<br />
o trecho intitulado: “No<strong>em</strong>ia e a criança que ela ainda é”. O<br />
que esse trecho provoca <strong>em</strong> seus alunos-professores?<br />
Os sabores e cheiros das frutas de sua região, experimentados<br />
concretamente ou ape<strong>na</strong>s l<strong>em</strong>brados, pod<strong>em</strong> se tor<strong>na</strong>r<br />
mais conscientes se você preparar os alunos para a apre-<br />
7
escola<br />
qual FOCO?<br />
agentes<br />
artista, professor<br />
espaços sociais do saber<br />
qual CONTEÚDO?<br />
o que PESQUISAR?<br />
formação de público<br />
educação estética, experiência estética e estésica<br />
sist<strong>em</strong>atização do ensino-aprendizag<strong>em</strong>, registro, reflexões<br />
Mediação<br />
Cultural<br />
percursos <strong>educativo</strong>s<br />
educação estética, história do ensino de arte,<br />
concepções de ensino de arte, escola de arte,<br />
processo lúdico e participativo<br />
artistas-professores, formação<br />
de educadores, pesquisa e estudo<br />
sobre arte, produção teórica,<br />
análise crítica<br />
ensino de arte<br />
professor-propositor<br />
Formação:<br />
Processos de<br />
Ensi<strong>na</strong>r e<br />
Aprender<br />
Zarpando<br />
valorização da produção do aprendiz,<br />
referências culturais, necessidades especiais<br />
aprendiz de arte<br />
ambiência da aula<br />
organização,<br />
ambiente acolhedor<br />
cin<strong>em</strong>a<br />
desenho animado<br />
Linguagens<br />
Artísticas<br />
Processo de<br />
Criação<br />
ação criadora<br />
artes<br />
visuais<br />
potências criadoras<br />
literatura<br />
poesia<br />
meios<br />
tradicio<strong>na</strong>is<br />
Forma - Conteúdo<br />
Saberes<br />
Estéticos e<br />
Culturais<br />
aquarela, desenho, pintura, modelag<strong>em</strong><br />
t<strong>em</strong>ática<br />
relações entre el<strong>em</strong>entos<br />
da visualidade<br />
figurativa, paisag<strong>em</strong><br />
el<strong>em</strong>entos da<br />
visualidade cor, linha, forma expressiva,<br />
superfície, volume, textura<br />
história da arte cultura popular<br />
movimento,<br />
atmosfera,<br />
composição<br />
política cultural criação de instituições de ensino de arte<br />
sist<strong>em</strong>a simbólico<br />
metáfora, signo<br />
poética pessoal, arte como experiência de vida,<br />
inquietude, infância produtiva<br />
produtor-artista-pesquisador<br />
observação sensível, corpo perceptivo, atitude lúdica, sensibilidade,<br />
afetividade, pensamento visual, ativar sentidos, m<strong>em</strong>ória de infância<br />
repertório pessoal e cultural, imagi<strong>na</strong>ção criadora<br />
projeto poético
10<br />
ciação de suas formas, cores, texturas, odores e sabores.<br />
Depois, inicie a exibição do documentário pelo trecho: “Delícias<br />
no<strong>em</strong>ia<strong>na</strong>s”. A partir da fala de No<strong>em</strong>ia sobre o que<br />
gosta, como os alunos-professores imagi<strong>na</strong>m essa arteeducadora?<br />
O que pod<strong>em</strong> conhecer dela pelos seus gostos?<br />
Vivenciar a linguag<strong>em</strong> da aquarela, com suas cores e transparências,<br />
<strong>em</strong> um espaço amplo, como o pátio da escola,<br />
por ex<strong>em</strong>plo, pode ser um bom começo. Para isso, bastam:<br />
um papel de qualidade, potes com água e pincéis macios.<br />
Proponha que os alunos deix<strong>em</strong> o papel umedecido se impreg<strong>na</strong>r<br />
de cores e ape<strong>na</strong>s dirijam a trajetória que a tinta<br />
teimará <strong>em</strong> traçar. As formas <strong>na</strong>scentes pod<strong>em</strong> gerar paisagens<br />
e figuras, ou ape<strong>na</strong>s manchas. É um bom momento<br />
para a<strong>na</strong>lisar No<strong>em</strong>ia aguadeante, buscando referências<br />
sobre os procedimentos vistos no documentário e iniciando<br />
uma conversa sobre inter-relações entre a artista e a educadora.<br />
Como essas conexões poderão ser visualizadas no<br />
documentário, tanto <strong>em</strong> relação a No<strong>em</strong>ia Varela como <strong>em</strong><br />
relação a Lucimar Bello, também artista-educadora?<br />
Como o trabalho está, aqui, proposto para o estudo de professores,<br />
seria oportuno que eles percebess<strong>em</strong> esse primeiro<br />
momento do trabalho <strong>educativo</strong>, quando se prepara o início de<br />
um projeto, com observação e escuta dos que dele participam,<br />
para pensar sobre os encaminhamentos futuros.<br />
Ampliando o olhar<br />
O documentário é uma livre criação a partir da pesquisa <strong>em</strong><br />
pós-doutorado de Lucimar Bello. Será interessante rever o<br />
documentário por várias vezes para provocar múltiplas leituras.<br />
Por que a artista Lucimar Bello escolheu este modo para<br />
falar de uma arte-educadora? Como ler suas metáforas?<br />
No documentário, crianças amassam, modelam, experimentam<br />
linhas e texturas com estecas <strong>na</strong> argila. Um exercício de<br />
observação pode ser planejado com uma pauta do olhar, previamente<br />
elaborada juntamente com os alunos-professores,
<strong>material</strong> <strong>educativo</strong> para o professor-propositor<br />
NOEMIA VARELA – DE BARRO DE VIDRO DE BARRO<br />
com o objetivo de melhor compreender a processualidade de<br />
uma ação expressiva com a argila. Será interessante elaborar<br />
atividades com grupos de diferentes faixas etárias e também<br />
variar o <strong>material</strong> para o trabalho tridimensio<strong>na</strong>l: argila, massinha<br />
para modelar, massa de farinha. Algumas questões pod<strong>em</strong> ser<br />
norteadoras de seu olhar: como as crianças se aproximam do<br />
<strong>material</strong>? Há algumas com receio ou certo nojo de tocar a<br />
massa? Exploram a tridimensio<strong>na</strong>lidade ou trabalham no plano<br />
bidimensio<strong>na</strong>l? A diferença de <strong>material</strong> provoca diferenças<br />
<strong>na</strong> produção? O que conversam enquanto produz<strong>em</strong>? A análise<br />
da observação pode probl<strong>em</strong>atizar os modos de oferecer e<br />
acompanhar os processos de criação das crianças, estendidos,<br />
depois, às outras linguagens plásticas.<br />
Em seu livro sobre No<strong>em</strong>ia Varela, Lucimar Bello8 comenta sobre<br />
as assi<strong>na</strong>turas: “esses nomes-marcas, variando de posição<br />
nos textos, mostram uma preocupação composicio<strong>na</strong>l por parte<br />
do enunciador, fazendo com que os pesos das letras dialogu<strong>em</strong><br />
com os pesos cromáticos, aquarelados e apastelados, colocando<br />
num mesmo nível a escrita e a imag<strong>em</strong>”. Probl<strong>em</strong>atizar a<br />
questão da assi<strong>na</strong>tura é um modo de ampliar o olhar para as<br />
escolhas de lugar, peso e tamanho nos desenhos e pinturas infantis.<br />
Essa pesquisa do olhar ficaria enriquecida se foss<strong>em</strong><br />
envolvidas, também, assi<strong>na</strong>turas de artistas conhecidos, como<br />
a de Albrecht Dürer (1471-1528), que pode ser vista <strong>em</strong> artigo<br />
disponível <strong>em</strong>: (acesso <strong>em</strong> 29 jan. 2006).<br />
Para o aluno criar, é preciso que o professor ensine-o a investigar,<br />
a<strong>na</strong>lisar e ver, a partir de propostas práticas, experiências.<br />
A leitura da própria produção é um ponto importante.<br />
Como ampliar o olhar da criança para a sua própria<br />
produção? De que maneira salientar suas formas expressivas,<br />
seu modo de compor no espaço do suporte, sua maneira<br />
singular de escolher e usar as cores? Essas questões<br />
pod<strong>em</strong> probl<strong>em</strong>atizar a leitura das produções infantis que,<br />
muitas vezes, não são feitas. É muito comum que os trabalhos<br />
sejam ape<strong>na</strong>s guardados <strong>em</strong> pastas e enviados para<br />
11
12<br />
casa no fi<strong>na</strong>l do bimestre ou s<strong>em</strong>estre. Como os alunosprofessores<br />
lê<strong>em</strong> essas produções?<br />
As aquarelas de No<strong>em</strong>ia Varela pod<strong>em</strong> despertar novas leituras<br />
e pesquisas sobre essa linguag<strong>em</strong>. Os alunos pod<strong>em</strong> procurar,<br />
<strong>na</strong> DVDteca <strong>Arte</strong> <strong>na</strong> <strong>Escola</strong>, outros documentários que<br />
tenham o termo aquarela presente <strong>em</strong> seu mapa potencial.<br />
Entre eles, Rubens Matuck: a aquarela no Brasil e Aquarela:<br />
técnica <strong>em</strong> evolução pod<strong>em</strong> ser uma boa maneira de ampliar o<br />
contato com essa linguag<strong>em</strong> visual e a sua história. As to<strong>na</strong>lidades<br />
das cores, a transparência, as ferramentas e suportes<br />
utilizados impulsio<strong>na</strong>m também a experimentação pessoal.<br />
Conhecendo pela pesquisa<br />
O documentário apresenta uma série de desenhos animados. A<br />
alma do desenho animado é o storyboard, ou seja, uma seqüência<br />
de desenhos <strong>em</strong> quadrinhos. Se for possível, marque um<br />
encontro no laboratório de informática de sua escola para acessar<br />
o site: <br />
(acesso <strong>em</strong> 29 jan. 2006). Também seria interessante entrar <strong>em</strong><br />
contato com a produção de um desenho animado. Ao rever a<br />
animação presente no documentário, será possível imagi<strong>na</strong>r<br />
quantos desenhos foram necessários para sua realização?<br />
O documentário apresenta algumas peças da cultura popular.<br />
Esse pode ser um foco para as pesquisas envolvendo a<br />
cultura visual e a estética do cotidiano. Documentários da<br />
DVDteca <strong>Arte</strong> <strong>na</strong> <strong>Escola</strong>, pod<strong>em</strong> aprofundar a investigação.<br />
Quando acontece a valorização da cultura brasileira <strong>em</strong> nossa<br />
história cultural? Qual o papel de Mário de Andrade nessa<br />
valorização? Por que a força expressiva e criativa desses trabalhos<br />
foi valorizada pelo Movimento de Escolinhas de <strong>Arte</strong><br />
no Brasil? Que relações pod<strong>em</strong> ser estabelecidas com o artesa<strong>na</strong>to?<br />
Quais outros documentários têm cultura popular<br />
<strong>em</strong> seu mapa potencial?<br />
As Escolinhas de <strong>Arte</strong> no Brasil oferec<strong>em</strong> um espaço para o<br />
ensino de arte não-formal. Em sua cidade, há algum espaço com
<strong>material</strong> <strong>educativo</strong> para o professor-propositor<br />
NOEMIA VARELA – DE BARRO DE VIDRO DE BARRO<br />
esse tipo de ação? Os alunos-professores pod<strong>em</strong> pesquisá-los,<br />
descobrindo as fundamentações filosóficas e metodológicas.<br />
Qual é o papel da arte no processo da educação inclusiva?<br />
Os pressupostos de No<strong>em</strong>ia Varela, Hele<strong>na</strong> Antipoff e Nise<br />
da Silveira para a educação especial, assim como os<br />
Parâmetros Curriculares para a Educação Especial, pod<strong>em</strong><br />
ser campos de pesquisa para buscar respostas a essa questão.<br />
Que tal ampliá-la com uma reflexão sobre o atendimento<br />
ao público especial <strong>em</strong> museus?<br />
Paulo Freire e No<strong>em</strong>ia Varela têm idéias <strong>em</strong> comum? Alguns<br />
aspectos sobre essa relação pod<strong>em</strong> ser descobertos <strong>na</strong><br />
bibliografia recomendada.<br />
John Dewey foi um filósofo da educação que, aos 72 anos,<br />
escreveu a obra A arte como experiência, da qual só parte<br />
foi traduzida para o português. Seu conceito de experiência<br />
estética, presente <strong>em</strong> qualquer atividade huma<strong>na</strong> que envolva<br />
a cognição, a <strong>em</strong>oção e a vida prática, precisa ser<br />
estudado, apesar de toda a influência que o ensino de arte recebeu<br />
de suas idéias. Um autor cont<strong>em</strong>porâneo, chamado Jorge<br />
Larrosa, toca a questão da experiência por um outro viés. Ambos<br />
fortalec<strong>em</strong> o conceito de que ape<strong>na</strong>s o que nos toca pode<br />
nos transformar. Probl<strong>em</strong>atize o conceito e a idéia comum de<br />
“transmissão de conhecimentos”, de “passar experiências”.<br />
Desvelando a poética pessoal<br />
A poética pessoal de um professor revela-se pelas suas seleções,<br />
pelo seu gosto, pelos projetos que inventa, pelas coisas<br />
que escreve. A partir do documentário, os alunos-professores<br />
pod<strong>em</strong> levantar as suas próprias histórias, o seu projeto<br />
poético e estabelecer relações com a história do ensino de arte<br />
<strong>em</strong> sua região, expressando-se com textos verbais e visuais.<br />
Amarrações de sentidos: portfólio<br />
Um mapa de questões e caminhos percorridos, a partir deste<br />
documentário, pode ajudar os alunos-professores a compreen-<br />
13
14<br />
der<strong>em</strong> o conceito de rizoma que fundamenta este <strong>material</strong><br />
<strong>educativo</strong>, feito especialmente para o ensino de arte inventivo.<br />
O portfólio também é uma das metodologias valorizadas, como<br />
possibilidade de aprofundar o olhar sobre tudo o que foi estudado,<br />
avaliando o processo vivido.<br />
Pode ser interessante a criação de um s<strong>em</strong>inário composto por comunicações<br />
s<strong>em</strong>elhantes às de um congresso para apresentação<br />
dos trabalhos plásticos e os trabalhos dos alunos. Tais s<strong>em</strong>inários<br />
pod<strong>em</strong> ser compl<strong>em</strong>entados por mesas-redondas sobre o ensino<br />
de arte, pautadas <strong>em</strong> questões que intrigaram os professores.<br />
Valorizando a processualidade<br />
A avaliação da escolha deste documentário e as questões que<br />
foram probl<strong>em</strong>atizadas pod<strong>em</strong> ser o início de uma boa conversa<br />
com seus alunos-professores <strong>na</strong> percepção de alguns caminhos<br />
compartilhados por vocês. Com eles, levante aspectos do<br />
que foi mais significativo, daquilo que estudaram, e o que poderia<br />
ter sido realizado de outro modo.<br />
Você pode, ainda, encontrar <strong>na</strong> DVDteca <strong>Arte</strong> <strong>na</strong> <strong>Escola</strong> outros<br />
documentários para ampliar algumas questões levantadas.<br />
Fica o convite!<br />
Glossário<br />
Educação através da arte – “A arte deve ser a base da educação. (...) o<br />
que tenho <strong>em</strong> mente não é meramente a ‘educação artística’ como tal,<br />
que deveria ser denomi<strong>na</strong>da, mais propriamente, por educação visual ou<br />
plástica; a teoria a desenvolver abrange todos os modos de auto-expressão,<br />
literária e poética (verbal), assim como musical e auditiva, e forma<br />
uma abordag<strong>em</strong> integral da realidade que deveria chamar-se de educação<br />
estética – a educação daqueles sentidos <strong>em</strong> que se baseiam a consciência<br />
e, fi<strong>na</strong>lmente, a inteligência e raciocínio do indivíduo humano. É ape<strong>na</strong>s <strong>na</strong><br />
medida <strong>em</strong> que estes sentidos se relacio<strong>na</strong>m harmoniosa e habitualmente<br />
com o mundo exterior que se constrói uma perso<strong>na</strong>lidade integrada”. Fonte:<br />
READ, Herbert. A educação pela arte. São Paulo: Martins Fontes, 1982,<br />
p. 13 e 20. (A primeira edição é de 1958).<br />
Educação criadora – “A criatividade precisa ser alimentada por um tipo especial<br />
de ambiente. A atmosfera de ‘vale tudo’ parece exercer uma influência tão<br />
negativa quanto o meio autoritário, onde os indivíduos estão completamente
<strong>material</strong> <strong>educativo</strong> para o professor-propositor<br />
NOEMIA VARELA – DE BARRO DE VIDRO DE BARRO<br />
domi<strong>na</strong>dos. A criatividade merece ser amparada, mas, ao mesmo t<strong>em</strong>po, precisa<br />
ser orientada para caminhos socialmente aceitáveis. (...) As experiências<br />
artísticas proporcio<strong>na</strong>m uma excelente oportunidade para reforçar o pensamento<br />
criador e propiciar os meios pelos quais os jovens pod<strong>em</strong> desenvolver suas<br />
representações imagi<strong>na</strong>tivas e origi<strong>na</strong>is s<strong>em</strong> censura.” Fonte: LOWENFELD,<br />
Viktor; BRITTAIN, W. Lambert. Desenvolvimento da capacidade criadora. São<br />
Paulo: Mestre Jou, 1977, p. 66. (A primeira edição é de 1947).<br />
Pessoalidade – termo utilizado por Lucimar Bello, no sentido de uma pessoa<br />
<strong>em</strong> sua inteireza, “jeitos de ser, ancorados <strong>em</strong> momentos anteriores e<br />
<strong>em</strong> momentos posteriores (“passados” e “futuros”), vontades, desejos,<br />
sentimentos, maneiras de vestir, gesticular, enfim, a pessoa com todas as<br />
suas vozes expressivas, culturais, situacio<strong>na</strong>is e contextuais”. Fonte:<br />
FRANGE, Lucimar Bello Pereira. <strong>Arte</strong>, cultura e educação: diversos olhares.<br />
Conversa terceiro-milênicas com Paulo Freire e No<strong>em</strong>ia Varela. In:<br />
CORRÊA, Ayrton Dutra (org.). Ensino de artes: múltiplos olhares. Ijuí:<br />
Editora Unijuí, 2004, p. 196.<br />
Bibliografia<br />
AZEVEDO, Fer<strong>na</strong>ndo Antônio Gonçalves. Movimento Escolinhas de <strong>Arte</strong>:<br />
<strong>em</strong> ce<strong>na</strong> No<strong>em</strong>ia Varela e A<strong>na</strong> Mae Barbosa. Dissertação (Mestrado).<br />
<strong>Escola</strong> de Comunicações e <strong>Arte</strong>s da Universidade de São Paulo - ECA/<br />
USP, São Paulo, 2001.<br />
BARBOSA, A<strong>na</strong> Mae. John Dewey e o ensino de arte no Brasil. São Paulo:<br />
Cortez, 2001.<br />
___ (org.). Inquietações e mudanças no ensino de arte. São Paulo: Cortez, 2002.<br />
DEWEY, John. A arte como experiência. São Paulo: Abril Cultural, 1974,<br />
p. 163-246. (Os pensadores, 15).<br />
ESCOLINHA de <strong>Arte</strong> do Brasil. Brasília: INEP, 1980. (Estudos e pesquisas, 6).<br />
FRANGE, Lucimar Bello Pereira. No<strong>em</strong>ia Varela e a arte. Belo Horizonte: C/<strong>Arte</strong>, 2001.<br />
___. <strong>Arte</strong>, cultura e educação: diversos olhares. Conversa terceiro-milênicas<br />
com Paulo Freire e No<strong>em</strong>ia Varela. In: CORRÊA, Ayrton Dutra (org.).<br />
Ensino de artes: múltiplos olhares. Ijuí: Editora Unijuí, 2004.<br />
LARROSA, Jorge. Pedagogia profa<strong>na</strong>: danças, piruetas e mascaradas. Belo<br />
Horizonte: Autêntica, 2000.<br />
Bibliografia de arte para crianças<br />
ABRAMOVICH, Fanny. Que raio de professora sou eu? São Paulo: Scipione, 1996.<br />
BARROS, Manoel de. Exercícios de ser criança. Rio de Janeiro:<br />
Salamandra, 1999.<br />
COELHO, Marcelo. A professora de desenho e outras histórias. São Paulo:<br />
Companhia das Letrinhas, 1995.<br />
15
16<br />
VARELA, No<strong>em</strong>ia. Igarassu vista pelas crianças. Recife: Escolinha de <strong>Arte</strong><br />
do Recife, 1974. Texto do poeta Mauro Mota.<br />
ZIRALDO. Uma professora muito maluquinha. São Paulo: Melhoramentos, 1995.<br />
Seleção de endereços sobre arte <strong>na</strong> rede internet<br />
Os sites abaixo foram acessados <strong>em</strong> 25 jan. 2006.<br />
ESCOLINHAS DE ARTE. Disponível <strong>em</strong>: .<br />
___. Disponível <strong>em</strong>: <br />
(procure o título: História do movimento de arte-educação no Brasil).<br />
VARELA, No<strong>em</strong>ia. Disponível <strong>em</strong>: .<br />
Notas<br />
1 O pós-doutorado foi realizado junto ao Centro de Pesquisas Sócios<strong>em</strong>ióticas<br />
da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/PUC, sob<br />
orientação da Prof.ª Dr.ª A<strong>na</strong> Cláudia de Oliveira e gerou o livro: No<strong>em</strong>ia<br />
Varela e a arte, publicado pela C/<strong>Arte</strong> <strong>em</strong> 2001.<br />
2 Lucimar Bello Pereira FRANGE, <strong>Arte</strong>, cultura e educação: diversos olhares.<br />
Conversa terceiro-milênicas com Paulo Freire e No<strong>em</strong>ia Varela. In:<br />
CORRÊA, Ayrton Dutra (org.). Ensino de artes: múltiplos olhares, p. 212.<br />
3 Termo criado por Marcos Villela que estuda os “processos de formação,<br />
aventuras e desventura <strong>na</strong> constituição de uma professoralidade com<br />
momentos de fala, de evasão, de fluxo para fora e momentos de escuta,<br />
de entrada, de fluxos para dentro e, ainda, momentos de espera, de desenho,<br />
de silêncio”. PEREIRA, Marcos Villela, A estética da professoralidade:<br />
um estudo interdiscipli<strong>na</strong>r sobre a subjetividade do professor. Tese (Doutorado).<br />
Pontifícia Universidade Católica – PUC, São Paulo, 1996.<br />
4 Entre eles, pod<strong>em</strong>os citar: Anísio Teixeira, Augusto Rodrigues, Herbert<br />
Read, John Cage, Nise da Silveira, Hele<strong>na</strong> Antipoff, Margaret Spence, A<strong>na</strong><br />
Mae Barbosa, Cecília Conde, Lúcia Freire, Mauro Sá Rego Costa, Vania<br />
Granja, Maria Hele<strong>na</strong> Novaes, Dolores Coni Campos, Sebastião Pedrosa,<br />
Lucimar Bello Pereira Frange, Bartolomeu Campos Queiroz, Yara<br />
Rodrigues, Ceci Curado, Olga Blinder, Sylvio Rabello, Lúcia Valentim,<br />
Heitor dos Prazeres, Sílvio Caldas, Paulinho da Viola, Miguel José Wisnik.<br />
5 Lucimar Bello Pereira FRANGE, <strong>Arte</strong>, cultura e educação: diversos olhares.<br />
Conversa terceiro-milênicas com Paulo Freire e No<strong>em</strong>ia Varela. In:<br />
CORRÊA, Ayrton Dutra (org.). Ensino de artes: múltiplos olhares, p. 32.<br />
6 Ibid., p. 129.<br />
7 BARBOSA, A<strong>na</strong> Mae. Teoria e prática da educação artística. São Paulo:<br />
Cultrix, 1995, p. 46.<br />
8 Lucimar Bello Pereira FRANGE, No<strong>em</strong>ia Varela e a arte, p. 99.