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encarte_beirute_site-1 - Vitor Santana

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19 de fevereiro de 2008. No exato momento em que Fidel<br />

Castro renuncia a 49 anos de poder, uma melodia latina reverbera<br />

despretensiosamente em um apartamento em Belo Horizonte.<br />

12 de maio de 2008. Em Havana Vieja, no terraço do Hotel Ambos<br />

Mundos a paisagem parece Beirute. A cidade bombardeada pelo<br />

bloqueio floresce música. No segundo piso, o jazz fortuito de um jovem<br />

trompetista cubano entorpece uma pequena platéia internacional.<br />

13 de maio de 2008. Na porta do velho teatro Karl Marx no Miramar,<br />

uma cantante de la nova trova cubana cumpre exatamente o combinado<br />

ao som de Silvio Rodriguez. Há vida em Havana, há algo em Holguín.<br />

20 de novembro de 2008. Em Santiago de Compostela uma sinuosa<br />

melodia nasce num solitário quarto de hotel galego.<br />

Janeiro de 2009. No vazio de um amuleto,<br />

disfarçado de Orixá, um Dervish aparece sorrateiro<br />

em Moreré, numa ilha da Bahia. Foi prontamente<br />

capturado pelos poucos que se aperceberam da sua presença.<br />

Fevereiro de 2009. Carnaval de chuva e poesia. Num imprevisto<br />

sazonal o apartamento em Belo Horizonte transborda música.<br />

Março chega. Entre fados e tangos Beirute arquiteta-se. Alucinações e verbos<br />

estampam-se em canções. O indizível se articula com uma naturalidade ímpar.<br />

22 de abril de 2009. O Brasil descobre Portugal e Portugal redescobre<br />

o Brasil. Séculos depois, Pero Vaz de Caminha e o navegador sem rumo<br />

reencontram-se no mar de montanhas. Terra Chã é avistada na melodia galega.<br />

01 de maio 2009. Cristóvão Colombo foi o primeiro a chegar a Holguín<br />

mas preferiu não desembarcar. Quinhentos e dez anos depois um grupo de<br />

artistas brasileiros arriscou. O samba ameaçou a segurança da província.


14 de maio de 2009. No Miramar em Havana, o jovem trompetista, la cantante<br />

cubana e o grupo de artistas brasileiros que sobreviveram ao desembarque se<br />

encontram na sala do estúdio Abdala. A melodia latina é socializada em alta fidelidade.<br />

Junho de 2009. O céu chorou em Portugal. Ventos atravessam<br />

o Atlântico em versos mediterrâneos, do Saara à Salé, de<br />

Salé à Minas. O mundo parece pequeno perto da saudade.<br />

21 de Setembro de 2009. Em Córdoba na Espanha, a melodia latina ecoa<br />

novamente, dessa vez em praça pública. Brasil , Cuba, Espanha, Mali e Senegal<br />

dividem o mesmo palco. A África agora é Beirute, Alhambra é Beirute, Castela<br />

é Beirute. O jovem trompetista cubano e o dervish também estiveram por lá.<br />

Novembro de 2009. Alhambra vira Dunya. Dunya vira<br />

Kora. Kora vira Beirute. Beirute vira do<br />

avesso. Beirute está em constante devir.<br />

Fevereiro de 2010. Um bombardeio de<br />

guitarras velozes destrói parte de Beirute. Todos comemoram.<br />

Abril de 2010. As freqüências indesejadas são suprimidas. As desejadas<br />

encorpam-se. A arte e a tecnologia juntas destroem de vez as fronteiras<br />

de Beirute. Almodóvar, Radiohead, Moacir, Caetano, Raul, Edu e Pessoa<br />

sutilmente afloram num mosaico misterioso e familiar. Beirute não é<br />

“world music”, Beirute só carrega uma bandeira, a bandeira do devir.<br />

06 de maio de 2010. Beirute é finalizado. Técnicos, poetas, amigos e<br />

corações palpitam. Na volta ao ponto de origem, a baía da Guanabara<br />

nunca esteve tão nítida. No céu de brigadeiro todos os caminhos<br />

são visíveis. Não foi impressão, o mundo realmente ficou menor.<br />

Flávio Henrique


AMBOS MUNDOS [3:42]<br />

<strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> | Flávio Henrique<br />

Vocal <strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> Violão <strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong><br />

Piano Jorge Luis Pacheco [Cuba] Baixo<br />

Acústico Zeca Assunção Trompete<br />

Yasek Manzano [Cuba] Saxofone Alfred<br />

Thompson [Cuba] Bateria Esdra Neném<br />

Ferreira Percussão Marcos Suzano<br />

BEIRUTE [3:21]<br />

<strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> | Flávio Henrique | Thiakov<br />

You´re not about to go under ´em<br />

Wandering over no plans<br />

Bangs around bended bells<br />

Signing a new time started<br />

Falling in holes at the streets of you<br />

There is no time to regret of your thoughts<br />

They´ve caught you<br />

Under your will your own pain<br />

Ah! The h-bomb nearly fell<br />

They kill one, another´s born<br />

Even if all of us gather round<br />

To reach for what some call peace<br />

Bombers win<br />

Sure indeed<br />

But life´s heart won´t stop its beat<br />

Ah! The h-bomb nearly fell<br />

They kill one, another´s born<br />

Voz <strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> Violão <strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong><br />

Guitarra Pedro Sá Baixo Acústico Zeca<br />

Assunção Bateria Esdra Neném Ferreira<br />

Percussão Marcos Suzano Coro Juliana<br />

Perdigão, Pablo Castro, Flávio Henrique


DUNYA [0:48]<br />

<strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> | Flávio Henrique | Zao Sissokho<br />

Voz e Kora Zao Sissokho [Senegal] Violão <strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong><br />

Violão Flávio Henrique<br />

DERVISH [4:13]<br />

<strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> | Flávio Henrique | Brisa Marques<br />

Era um Dervish que encontrei<br />

Rodopiando no sertão<br />

Dançando xote com pegada de tambor<br />

Passei rasteiro<br />

Troquei passo sorrateiro<br />

Fingi ser herói guerreiro<br />

Mas de banda ele me olhou<br />

No seco campo<br />

Descampado sertanejo<br />

Pura sorte no tracejo<br />

Na levada do rodar<br />

Girava o mundo<br />

Lá no fundo do vazio<br />

Sua alma num desvio<br />

Por um fi o eu vi passar<br />

Falou em sânscrito<br />

Cantou em indiano<br />

Poucas frases por engano<br />

Ele disse em português<br />

Pisou na lua<br />

Fez até jejum com Gandhi<br />

Foi de Péricles amante<br />

Quando em Ítaca chegou<br />

Com Zaratustra<br />

Aprendeu fi losofi a<br />

Fez ate fi lantropia<br />

Com uma madre em Calcutá<br />

Lá na Espanha<br />

Em Castela viu Quixote<br />

E seu cavalo que em trote<br />

Batucou o ijexá<br />

Que xote é esse, Dervish?<br />

Que mistura o côco, a salsa e o maxixe<br />

Que groove é esse, Dervish?<br />

Que mistura hardcore e hajneesh<br />

Que onda é essa, Dervish?<br />

Que mistura a cola, a coca e o haxixe<br />

Que coisa é essa, Dervish?<br />

Que mistura, roda a roda e não desiste<br />

Voz <strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> Violão Flávio Henrique Guitarra<br />

Pedro Sá Guitarra Daniel Saavedra Contra-baixo<br />

Adriano Campagnani Bateria Esdra Neném<br />

Ferreira Percussão Marcos Suzano


BANDEIRA [3:34]<br />

<strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> | Flávio Henrique | Brisa Marques<br />

Se te leio quando é chuva, Bandeira<br />

Penso logo nas terras de Portugal<br />

Não é por mal, Bandeira<br />

É que me perco nas ladeiras<br />

À beira do teu embornal<br />

Faço tudo pra não dar, Bandeira<br />

Mas confesso teu mito é meu ritual<br />

E até quarta-feira<br />

Vou brincando com teus versos<br />

E faço o meu carnaval<br />

Nessas terras, Bandeira, ainda é fevereiro<br />

Em tuas letras, espero março chegar<br />

A vida inteira, Bandeira<br />

As tuas palavras eu quero cantar<br />

Voz: <strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> e Fabiana Cozza Violão: <strong>Vitor</strong><br />

<strong>Santana</strong> Cavaquinho: Warley Henrique Baixo<br />

Acústico: Zeca Assunção Bateria: Esdra Neném<br />

Ferreira Percussão: Marcos Suzano Coro: <strong>Vitor</strong><br />

<strong>Santana</strong>, Flávio Henrique e Mariana Nunes<br />

DEVIR [2:43]<br />

<strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> | Helder Quiroga<br />

Tudo pode se envolver<br />

Meu corpo é só um escudo<br />

Tudo pode acontecer<br />

Sem medo do futuro<br />

Meu coração é um navegador sem rumo,<br />

Com insumo de emoção<br />

Meu maior desejo é ter você,<br />

Sem suas alucinações<br />

Tudo o que você quiser,<br />

Na cama, na fama, no mar<br />

Deixa estar,<br />

Mas vem comigo<br />

Voz: <strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> Violão: <strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong><br />

Guitarra: Pedro Sá Contra-baixo: Adriano<br />

Campagnani Bateria: Esdra Neném Ferreira<br />

KORA [0:28]<br />

Kora: Zao Sissokho [Senegal]


DO SAARA A SALÉ [4:11]<br />

<strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> | Flávio Henrique | Brisa Marques<br />

O céu chorou em Portugal<br />

No ritmo de um fado<br />

Que há muito não se vê<br />

Porque doí<br />

As dores da saudade<br />

Da terra em que nasci<br />

Sem força para sobreviver<br />

O sol secou o matagal<br />

Trincou o chão da foz<br />

De um rio que não vi correr<br />

Quando escorrí<br />

Sorrisos pacientes<br />

Pecados indecentes<br />

Nas paredes do Sertão<br />

A ria, orós, me socorreu<br />

Quando me fi z, num gesto<br />

Objeto de prazer<br />

Senti grata submissão<br />

Aos solos dos desertos<br />

Do Saara a Salé<br />

Me entorpeci<br />

Na pureza das manhãs<br />

Entre caminhos<br />

De Babel e hortelãs<br />

As brancas sombras<br />

Enfeitadas com jardins<br />

Versos e bombas<br />

Inverno em Bombaim<br />

São fl ores falsas<br />

Etéreos cemitérios de sementes<br />

Adultérios de Berlim<br />

Voz: <strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> Violão: Flávio Henrique<br />

Piano: Flávio Henrique Contra-baixo: Adriano<br />

Campagnani Bateria: Esdra Neném Ferreira<br />

Coro: Pablo Castro e Flávio Henrique<br />

*Orós: Nome de um açude do Vale do Jaguaribe,<br />

no Ceará, que transbordou em 1960 destruindo<br />

tudo o que havia a sua volta.


AMOR EM MINÚSCULA [4:25]<br />

<strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> | Brisa Marques<br />

Quero escrever o amor em minúscula<br />

Dividi-lo em partículas inúteis<br />

Num imprevisto sazonal, particular<br />

Articular o impossível, o indizível<br />

Antecipar a estrofe sem lugar<br />

E tornar a fraqueza original<br />

Porque nos traços posso achar os pontos<br />

Desenhar enganos e desabafar<br />

Em linhas tortas, posso achar seus versos<br />

Me estampar de verbos e desalinhar<br />

Te acoberto em plageado desencontro<br />

Preconizando o teu platônico amor<br />

Sufoco o choro, sou novelo, sou novela<br />

Velha chama acende a vela<br />

Que hoje o canto vira dor<br />

Voz: <strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> e Susana Travassos [Portugal]<br />

Violão: <strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> Acordeon: Toninho Ferragutti<br />

Baixo Acústico: Zeca Assunção Bateria: Esdra<br />

Neném Ferreira Percussão: Marcos Suzano<br />

EL TIEMPO Y EL CANTOR [2:53]<br />

<strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> | Murilo Antunes [Ed.Três Pontas]<br />

No quiero olvidarme<br />

De tus besos rojos<br />

Mis manos suplicantes al cielo te ruegam<br />

Mis suenos mis recuerdos,<br />

Siempre con tu semblante<br />

Vestida de Estrellas en el pensamiento<br />

Pisando el suelo que oscurecen las piedras<br />

Lagrimas rosales, contas de rezar<br />

Una paloma que assustaba la noche<br />

Por donde se iban, el tiempo y la dulçura<br />

Una paloma que assustaba la noche<br />

Por donde se iban el tiempo y el cantor<br />

Voz: <strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> e Janaisa [Cuba] Violão: <strong>Vitor</strong><br />

<strong>Santana</strong> Piano: Ernesto Pacheco [Cuba] Baixo<br />

Acústico: Zeca Assunção Bateria: Esdra Neném<br />

Ferreira Percussão: Marcos Suzano


DRIBLE DA VACA [3:22]<br />

<strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> | Celso Viáfora<br />

Zezé, passei pro lado de lá<br />

Ao tropeçar e cair do quarto andar<br />

Vi um rabudo infeliz, com cara de mal<br />

Jogando bola no lodaçal<br />

Vem capiau<br />

Usando o drible da vaca,<br />

Fiz que fui e dei no pé<br />

Deus que assistiu o olé,<br />

Me ofereceu:<br />

Joga no céu<br />

Respondi:<br />

Então traz Zezé<br />

Zezé, é brincadeira mulher<br />

Voz: <strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> Violão: <strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong><br />

Cavaquinho: Warley Henrique Trombone: Leonardo<br />

Brasilino Baixo Acústico: Zeca Assunção Bateria:<br />

Esdra Neném Ferreira Percussão: Marcos Suzano<br />

TERRA CHÃ [3:55]<br />

<strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> | Flávio Henrique | Brisa Marques<br />

Sete vidas, sete léguas<br />

Setecentas primaveras<br />

Sesmarias, caravelas<br />

Santa Cruz encrustada na terra<br />

Cinco estrelas, duas velas<br />

Um caminho de céu e de mar<br />

As mulheres descobertas<br />

Cem pecados, mil quimeras<br />

Paraíso sobre a terra<br />

No teu colo, na areia<br />

Sob a luz da lua cheia<br />

Tantos filhos são feitos no mar<br />

Os mamelucos amarelos<br />

Nossos elos, nossos eixos<br />

Outro feito nos trejeitos de cá<br />

Voz: <strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> Violão: <strong>Vitor</strong> <strong>Santana</strong> Piano:<br />

Jorge Luis Pacheco [Cuba] Trompete: Yasek<br />

Manzano [Cuba] Saxofone: Alfred Tompson [Cuba]<br />

Baixo Acústico: Zeca Assunção Bateria: Esdra<br />

Neném Ferreira Percussão: Marcos Suzano Arranjo<br />

de Sopros: Yasek Manzano [Cuba]


Direção Musical e Arranjos Flávio Henrique Produção Executiva Helder<br />

Quiroga Assistentes de Produção Fernado Libânio e Rafael Guimarães<br />

Gestão Silvia Batista Gravação Estúdio Via Sonora | Belo Horizonte .<br />

Brasil | Abdala Stúdio | Havana . Cuba | Gravação por Demerval Filho<br />

Selo +Brasil Música Mixagem Duda Mello Masterização Ricardo Garcia<br />

. Magic Master Making Of Cris Azzi e Helder Quiroga Projeto Gráfico<br />

Fred Paulino e Rafael Maia Ilustrações Eduardo Damasceno Fotos<br />

Fernando Libânio e Marcelo Albert Agradecimentos Aos meus parceiros<br />

de arte e vida Flávio Henrique, Brisa Marques [especial e afetivo], Helder<br />

Quiroga, Thiakov, Murilo Antunes e Celso Viáfora. Aos músicos Neném,<br />

Zeca Assunção, Marcos Suzano, Adriano Campagnani, Pedro Sá, Toninho<br />

Ferragutti, Warley Henrique, Leonardo Brasilino, Daniel Saavedra, Juliana<br />

Perdigão, Pablo Castro. Aos músicos Yasek Manzano, Alfred Thompson,<br />

Jorge Luis Pacheco e Janaisa. À Associación Hermanos Saíz [Cuba] em nome<br />

de Luis Morlote e Brian. À Susana Travassos e João Pires pelas reconstruções<br />

das pontes líricas e ibéricas que [re] ligam Brasil e Portugal. À Zao Sissokho<br />

e Ibrahima Gaye pelo elo afro-Beirute senegalês. À Contato e ao Helder<br />

pelo apoio e amizade e pela tomada do Quartel de Moncada da Cultura e<br />

Juventude em Belo Horizonte [e agora no mundo]. Aos meus patrocinadores<br />

Vivo, Ambev e Hermes Pardini. À Marina Abelha, Fernando Libânio e Rafael<br />

Guimarães. À Fernanda, Fabian, Malu, Lucas, Chloé, Renata e Ven. Aos<br />

meus pais Nilmário e Stael pelo carinho e pelo caminho sempre à esquerda.<br />

Realizado entre fev/09 e mai/10 em Belo Horizonte, Havana e Rio de Janeiro<br />

C o n t a t o s p a r a s h ow s [ 3 1 ] 9 3 6 8 1 8 8 8 . [ 3 1 ] 3 3 4 4 4 4 2 8<br />

c o n t a t ov i t o r s a n t a n a @ g m a i l . c o m . w w w. v i t o r s a n t a n a . c o m


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Apoio . Parceria .

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