PESQUISA-AÇÃO, ANÁLISE CONTINUADA DE ... - CCE
PESQUISA-AÇÃO, ANÁLISE CONTINUADA DE ... - CCE
PESQUISA-AÇÃO, ANÁLISE CONTINUADA DE ... - CCE
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
que o curso se insere, o que lhe permitirá estabelecer os limites do que pode, ou não, ser<br />
negociado, tornando o processo de negociação uma solução para as dificuldades inerentes<br />
ao curso. Ainda segundo Breen e Littlejohn (2000), a negociação não é uma abordagem,<br />
um método ou uma técnica. Ela representa uma possibilidade de encaminhamento na<br />
condução do trabalho daqueles professores que acreditam na necessidade de um processo<br />
de tomada de decisões na sala de aula, ou num curso, e que querem atribuir<br />
responsabilidades também aos alunos no, e pelo, processo de aprendizagem.<br />
A negociação, portanto, permeia o processo de Análise Continuada e pode ser<br />
associada à pesquisa-ação.<br />
3. A possibilidade metodológica proposta para este estudo<br />
Kemmis e Mc Taggart (1986: 11-14 apud Burns 2005) propuseram um modelo que<br />
reforça a teoria de Lewin da pesquisa-ação como uma espiral auto-reflexiva. Esse modelo é<br />
composto por quatro momentos, que resumo a seguir:<br />
Planejamento – antecede a ação e é embasado criticamente, pois reconhece as<br />
verdadeiras limitações da pesquisa e os potenciais para ações mais efetivas.<br />
Ação – planejada e controlada, e também criticamente embasada, pois reconhece a<br />
prática como idéias em ação mediadas pelo “esforço” por melhorias materiais,<br />
sociais e políticas.<br />
Observação – traz um posicionamento do pesquisador, pois documenta a ação, seus<br />
efeitos e seu contexto de situação de forma crítica.<br />
Reflexão – avaliativa e descritiva, pois procura entender os processos e os<br />
problemas da ação.<br />
De acordo com Burns (2005), um dos aspectos mais marcantes da pesquisa-ação é<br />
seu caráter repetitivo, ou cíclico por natureza. Com base nesse modelo de Kemmis e Mc<br />
Taggart (1986: 11-14 apud Burns 2005) acima resumido, descrevo um exemplo de uma<br />
pesquisa-ação feita por Riding, Fowell e Levy (1995) para a elaboração de um plano de<br />
curso de graduação sobre comunicação mediada por computadores. Esses autores<br />
desenvolveram a pesquisa-ação em dois ciclos que contemplam os elementos acima,<br />
conforme ilustra o quadro a seguir:<br />
698