16.04.2013 Views

PESQUISA-AÇÃO, ANÁLISE CONTINUADA DE ... - CCE

PESQUISA-AÇÃO, ANÁLISE CONTINUADA DE ... - CCE

PESQUISA-AÇÃO, ANÁLISE CONTINUADA DE ... - CCE

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ou seja, “...If the social process is explicitly directed at the negotiation of alternative<br />

understandings or the understanding of a single person, the learning can entail a sense of<br />

ownership rather than mere reproduction” (Breen e Littlejohn, 2000:22).<br />

A negociação capacita os aprendizes a se tornarem agentes no processo de<br />

aprendizagem.<br />

Conforme apontam Breen e Littlejohn (2000), as pesquisas em sala de aula de<br />

línguas mostram que geralmente os alunos são colocados, ou assumem, um papel passivo<br />

no processo ensino-aprendizagem (Chaudron, 1988; Van Lier, 1996, dentre outros). Esse<br />

posicionamento dos alunos é, a meu ver, fruto da estrutura tradicional de ensino vivenciada<br />

por muitos ao longo dos anos. Essa situação de passividade faz com que o aluno espere que<br />

tudo aconteça “de cima para baixo”: ou seja, o aluno “espera” que o professor, o programa,<br />

o currículo, ou a instituição definam o que deve ser aprendido, como deve ser aprendido e<br />

como será feito o processo de avaliação. Dentro dessa visão, assume-se que o aluno não<br />

tem conhecimento prévio suficiente ou capacidade para participar na tomada de decisões<br />

sobre seu processo de aprendizagem. No entanto, conforme mostram Breen e Littlejohn<br />

(2000), a negociação oportuniza um contexto para que o aluno articule, e<br />

conseqüentemente, refine seus propósitos e suas intenções como pontos de referência para a<br />

aquisição de novos conhecimentos.<br />

A negociação pode enriquecer o discurso de sala de aula como recurso para a<br />

aprendizagem da lingua.<br />

A negociação voltada para a linguagem utilizada em sala de aula e para as<br />

dificuldades encontradas pelos alunos com relação à língua propriamente dita são<br />

apontadas por Breen e Littlejohn (2000) como uma forma de enriquecimento da<br />

aprendizagem.<br />

(...) overt negotiation that potentially calls upon the contribuitions of everyone in the group<br />

diversifies the input, extends opportunities for learner output, and allows the exercise of<br />

judgements of appropriacy and accuracy in relation to the language made available for<br />

learning.( Breen e Littlejohn, 2000:26).<br />

Isso significa que a explicitação das dificuldades relacionadas à aprendizagem da<br />

língua feita pelos alunos, para os alunos e para o professor, pode se tornar uma fonte rica<br />

para o processo ensino-aprendizagem.<br />

A negociação pode embasar e ampliar as estratégias pedagógicas do professor.<br />

Finalmente, o último princípio apontado por Breen e Littlejohn (2000:27) diz<br />

respeito ao papel do professor no processo de negociação. Independentemente do contexto<br />

em que o professor atua, os autores apontam para o fato da sala de aula representar um<br />

microcosmo do tipo de sociedade valorizada pelo professor. Portanto, nesse sentido, o<br />

professor traz para o seu trabalho em sala de aula, e para o processo de negociação, suas<br />

concepções sobre ensino-aprendizagem, suas percepções sobre os aprendizes e sobre o<br />

contexto em que o curso está inserido. Conforme Breen e Littlejohn (2000: 27) colocam,<br />

“... negotiation entails that the teacher has the right to negotiate, and how she or he<br />

exercises this right also serves as a model for learner engagement in it.”<br />

Isso significa que o professor deve saber até que ponto a negociação pode ocorrer<br />

dentro das limitações e das potencialidades inerentes ao contexto educacional e cultural em<br />

697

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!