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nara lins meira quintão análise dos mecanismos envolvidos na ...

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mecanismo produz determi<strong>na</strong><strong>dos</strong> sintomas, ou um sintoma pode ser decorrente da<br />

ativação de vários <strong>mecanismos</strong> (HARDEN e COHEN, 2003).<br />

Fica, portanto, evidente que o estabelecimento de novos modelos experimentais<br />

que mimetizem, pelo menos em parte, os sintomas persistentes observa<strong>dos</strong> em<br />

pacientes com dor neuropática, ainda é necessário. Neste estudo, foram avaliadas,<br />

pela pri<strong>meira</strong> vez, as alterações nociceptivas persistentes decorrentes da APB em<br />

camundongos. Cabe ressaltar que to<strong>dos</strong> os experimentos subseqüentes, realiza<strong>dos</strong><br />

para avaliar os <strong>mecanismos</strong> envolvi<strong>dos</strong> <strong>na</strong> gênese e <strong>na</strong> manutenção das respostas<br />

hipernociceptivas induzidas pela APB, foram realiza<strong>dos</strong> utilizando a pata traseira direita<br />

do animal. Isto porque, após a APB, tanto as fibras sensoriais quanto as fibras motoras<br />

são completamente rompidas resultando <strong>na</strong> perda da atividade funcio<strong>na</strong>l da pata<br />

dianteira operada (força de flexão <strong>dos</strong> artelhos). Com isto, os animais não são capazes<br />

de reagir à estimulação térmica ou mecânica.<br />

Em camundongos Swiss, foi demonstrado claramente que a APB produz<br />

hipernocicepção mecânica persistente e pronunciada por até 80 dias após a cirurgia, e<br />

de maneira menos evidente, hipernocicepção térmica (até 10 dias após a cirurgia)<br />

quando avaliada <strong>na</strong> pata traseira direita (QUINTÃO et al., 2006). Como já descrito <strong>na</strong><br />

literatura, as respostas hipernociceptivas mecânicas induzidas pela lesão de nervo<br />

periférico são decorrentes da atividade alterada de fibras Aβ (de baixo limiar),<br />

responsáveis por transmitirem estímulos mecânicos inócuos, que se reorganizam<br />

a<strong>na</strong>tomicamente e passam a mediar a transmissão dolorosa (MACFARLANE et al.,<br />

1997; WOOLF e MANNION, 1999). Já as alterações <strong>na</strong> sensibilidade térmica<br />

envolvem, principalmente, fibras C não-mielinizadas (WOOLF e MANNION, 1999).<br />

Com isto pode-se explicar, em parte, a diferença <strong>na</strong> duração das respostas<br />

hipernociceptivas mecânica e térmica, levando-se em conta que vias distintas estão

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