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nara lins meira quintão análise dos mecanismos envolvidos na ...

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5. DISCUSSÃO<br />

Por séculos, médicos foram doutri<strong>na</strong><strong>dos</strong> a exami<strong>na</strong>r seus pacientes e classificá-<br />

los com base <strong>na</strong> lesão topográfica e <strong>na</strong> doença subentendida. Mas o que fazer se o<br />

sintoma se tor<strong>na</strong> uma doença? Como mencio<strong>na</strong>do <strong>na</strong> introdução desta tese, apesar<br />

<strong>dos</strong> avanços recentes acerca da elucidação <strong>dos</strong> <strong>mecanismos</strong> envolvi<strong>dos</strong> <strong>na</strong> gênese e<br />

<strong>na</strong> manutenção da dor neuropática, seu tratamento continua sendo um grande desafio.<br />

Evidências experimentais demonstram que a dor de origem neuropática envolve, não<br />

somente, alterações da percepção de diferentes estímulos nociceptivos (estímulo<br />

quente, frio, químico e tátil), mas também interfere <strong>na</strong>s respostas emocio<strong>na</strong>is e<br />

cognitivas do indivíduo. Sabe-se ainda, que a dor de caráter persistente envolve<br />

<strong>mecanismos</strong> complexos no sítio da lesão (neurônio sensorial primário), bem como em<br />

neurônios do sistema nervoso central (medula espinhal e cérebro). Isto explica, em<br />

parte, porque as drogas disponíveis no mercado, atualmente utilizadas para o<br />

tratamento da dor neuropática, não representam cura para o indivíduo, apresentando<br />

ape<strong>na</strong>s eficácia moderada ou mesmo paliativa, com o objetivo de restaurar o sono,<br />

manter as funções e a melhora da qualidade de vida (GALLUZZI, 2005). Além disso,<br />

muitas destas drogas, após o uso prolongado, produzem vários efeitos indesejáveis.<br />

Em virtude das diferentes etiologias e, principalmente, devido a sua<br />

complexidade, os modelos experimentais atualmente disponíveis ainda não<br />

reproduzem completamente as manifestações clínicas da dor neuropática. É provável<br />

que existam importantes variações entre as suas diversas origens e as respostas<br />

observadas <strong>na</strong> clínica entre os pacientes. Os <strong>mecanismos</strong> precisos implica<strong>dos</strong> neste<br />

grupo de doenças e a relação entre estes <strong>mecanismos</strong> e os si<strong>na</strong>is e sintomas<br />

apresenta<strong>dos</strong> pelos pacientes ainda não são bem compreendi<strong>dos</strong>. Provavelmente, um

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