16.04.2013 Views

nara lins meira quintão análise dos mecanismos envolvidos na ...

nara lins meira quintão análise dos mecanismos envolvidos na ...

nara lins meira quintão análise dos mecanismos envolvidos na ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Atualmente, propõe-se que a gabapenti<strong>na</strong> interage com a subunidade α2δ de ca<strong>na</strong>is de<br />

Ca 2+ dependentes de voltagem, sem agir em receptores GABA ou em ca<strong>na</strong>is de Na +<br />

(HANESCH et al., 2003).<br />

Além do alívio limitado da dor neuropática obtido com estas drogas, o tratamento<br />

se tor<strong>na</strong> ainda mais difícil em função da janela terapêutica ser normalmente estreita e,<br />

principalmente, <strong>dos</strong> efeitos colaterais difíceis de serem tolera<strong>dos</strong> pelos pacientes.<br />

Estima-se que 70 % <strong>dos</strong> pacientes que sofrem de dor crônica apresentam melhora do<br />

quadro com monoterapia tradicio<strong>na</strong>l. Outros 15 % a 20 % respondem satisfatoriamente<br />

a terapias combi<strong>na</strong>das. Isto significa que 10 % a 15 % <strong>dos</strong> pacientes são refratários a<br />

todas as formas de farmacoterapias disponíveis <strong>na</strong> clínica (ILSE, 2002).<br />

Diante deste contexto, a relação entre a etiologia, os <strong>mecanismos</strong> e os sintomas<br />

da dor crônica é bastante complexa. A dor que se manifesta em diversas doenças pode<br />

apresentar <strong>mecanismos</strong> comuns. Por outro lado, um mesmo mecanismo pode ser<br />

responsável por muitos sintomas diferentes. Além disso, o mesmo sintoma em dois<br />

pacientes pode envolver <strong>mecanismos</strong> diferentes. Fi<strong>na</strong>lmente, mais de um mecanismo<br />

pode estar ativado em um único paciente e, ademais, estes <strong>mecanismos</strong> podem<br />

alterar-se no decorrer do processo. Portanto, em pacientes com dor neuropática, é<br />

impossível ainda definir com precisão os <strong>mecanismos</strong> responsáveis pela dor, ape<strong>na</strong>s<br />

com base <strong>na</strong> etiologia ou <strong>na</strong> distribuição e <strong>na</strong>tureza <strong>dos</strong> sintomas. Assim, sem a<br />

identificação e o conhecimento <strong>dos</strong> <strong>mecanismos</strong> celulares e moleculares, uma boa<br />

estratégia de tratamento para pacientes com esse tipo de dor não pode ser adotada<br />

(WOOLF e MANNION, 1999, ATTAL, 2000).<br />

Como normalmente muitas destas drogas têm efeitos muito mais paliativos do<br />

que curativos, existe <strong>na</strong> atualidade, uma grande necessidade de identificar novas<br />

terapias que possam ser úteis no tratamento da dor neuropática. O emprego de

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!